Considerado pelos fãs como «o maior ícone da música romântica portuguesa», Tony Carreira está de regresso aos discos com «O Homem Que Sou», o 14º álbum de estúdio que já chegou às lojas.O novo trabalho é composto por 14 temas e, logo ao primeiro, o cantor responde às acusações de plágio de que foi alvo há uns meses. Em «Deixem-me Cantar», Tony Carreira diz: «Não são palavras que o tempo desfaz/iguais àquelas que li nos jornais/que me amordaça o peito/e me tiram o brilho nos olhos».A faixa de abertura, Tony fala de «mentiras que alguém inventou/de quem deseja e nunca lá chegou» e deixa a promessa de continuar a cantar para quem o ama, sem nunca desistir.Recorde-se que em Agosto foi tornado público na imprensa que Tony Carreira era suspeito de plagiar várias canções de autores estrangeiros, nomeadamente «Después de Ti Qué?», um original do mexicano Rudy Perez.Polémicas à parte, o novo disco do cantor romântico é apresentado pelo single «Porque É Que Vens» e conta também com um dueto entre Tony Carreira e o italiano Toto Cutogno em «A Cantar».O disco está disponível em dois formatos, uma versão CD+DVD e outra limitada e especial para os fãs: uma caixa metálica que inclui o disco, três postais autografados e uma t-shirt.
VOLTAMOS A DITADURA 34 ANOS DEPOIS DO 25 DE ABRIL DE 1974 !... A DITADURA " JOSE SOCRATES "
domingo, 28 de dezembro de 2008
domingo, 30 de novembro de 2008
Filme "Amália" estreia ainda este ano
A vida da diva do fado Amália Rodrigues vai ser adaptada ao cinema numa biografia que pretende "reflectir a força de um mito", disse à agência Lusa o produtor Manuel da Fonseca, da Valentim de Carvalho Filmes.
Manuel da Fonseca acaba de chegar de Cannes, onde esteve a apresentar o projecto da longa-metragem no Festival Internacional de Cinema, acompanhado pela actriz Sandra Barata Belo, que irá encarnar o papel da fadista na longa-metragem "Amália".
O filme, uma biografia ficcionada, terá realização de Carlos Coelho da Silva, o mesmo que rodou "O crime do Padre Amaro", argumento de Pedro Marta Santos e do escritor João Tordo e deverá chegar aos cinemas portugueses no final deste ano.
A rodagem decorrerá sobretudo em Lisboa - uma cidade que "é um fantástico décor", disse Manuel da Fonseca - a partir de 9 de Junho.
A produção ficará a cargo da Valentim de Carvalho Filmes e da RTP, que irá transmitir posteriormente o filme num formato de série com dois episódios.
O orçamento, que ronda os cerca de três milhões de euros, é suportado em grande parte por investidores privados, sem o apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual.
"Amália é uma figura universal e tem um estatuto que ultrapassa as fronteiras portuguesas, está editada em todo o mundo e o fado é hoje um género de valor muito importante, que se encaixa na world music", justificou Manuel da Fonseca.
A este argumento, o produtor junta ainda o facto da fadista ser "um dos mais ricos patrimónios da Valentim de Carvalho", editora pela qual lançou os seus discos.
De acordo com Manuel da Fonseca, será apenas Sandra Barata Belo a interpretar Amália no filme desde a juventude até à idade adulta.
Amália Rodrigues morreu a 6 de Outubro de 1999.
Manuel da Fonseca acaba de chegar de Cannes, onde esteve a apresentar o projecto da longa-metragem no Festival Internacional de Cinema, acompanhado pela actriz Sandra Barata Belo, que irá encarnar o papel da fadista na longa-metragem "Amália".
O filme, uma biografia ficcionada, terá realização de Carlos Coelho da Silva, o mesmo que rodou "O crime do Padre Amaro", argumento de Pedro Marta Santos e do escritor João Tordo e deverá chegar aos cinemas portugueses no final deste ano.
A rodagem decorrerá sobretudo em Lisboa - uma cidade que "é um fantástico décor", disse Manuel da Fonseca - a partir de 9 de Junho.
A produção ficará a cargo da Valentim de Carvalho Filmes e da RTP, que irá transmitir posteriormente o filme num formato de série com dois episódios.
O orçamento, que ronda os cerca de três milhões de euros, é suportado em grande parte por investidores privados, sem o apoio do Instituto do Cinema e Audiovisual.
"Amália é uma figura universal e tem um estatuto que ultrapassa as fronteiras portuguesas, está editada em todo o mundo e o fado é hoje um género de valor muito importante, que se encaixa na world music", justificou Manuel da Fonseca.
A este argumento, o produtor junta ainda o facto da fadista ser "um dos mais ricos patrimónios da Valentim de Carvalho", editora pela qual lançou os seus discos.
De acordo com Manuel da Fonseca, será apenas Sandra Barata Belo a interpretar Amália no filme desde a juventude até à idade adulta.
Amália Rodrigues morreu a 6 de Outubro de 1999.
sábado, 8 de novembro de 2008
Morreu Milu - A primeira diva do cinema português faleceu esta madrugada
Maria de Lurdes de Almeida Lemos, conhecida sob o nome artístico Milu, morreu esta madrugada, no Hospital de Cascais. Aos 82 anos, aquela que foi considerada a primeira diva do cinema português, não terá resistido a uma infecção pulmonar.
Desde criança que sonhava com o mundo do espectáculo e, aos 16 anos, depois de já ter concretizado o desejo de cantar na rádio, estreou-se em cinema com o papel principal no filme O Costa do Castelo. A partir daí foram só sucessos, tendo a sua carreira atingido o auge nas décadas de 40 e 50.
Em Maio do ano passado, a artista foi homenageada pelo seu trabalho no mundo do cinema e, inclusivamente, condecorada pela Ordem Militar de Santiago e Espada, distinção que lhe foi entregue pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.“Sinto-me feliz, porque fui alguém nesta terra e queria ter sido ainda mais”, confessou a actriz na altura.
Milu deixa-nos filmes como A Menina da Rádio, O Grande Elias ou Kilas, O Mau da Fita, e canções como A minha casinha, Lisboa à Noite e Cantigas da Rua.
O funeral realizar-se-á amanhã, por volta das 16 horas, altura em que o corpo sairá da Igreja São João do Estoril em direcção ao cemitério da Galiza.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Fernando Meirelles filma Saramago
O realizador brasileiro Fernando Meirelles, autor do filme Cidade de Deus, vai adaptar ao cinema o romance de José Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira.
A ideia para esta adaptação vem de longe, de 1997, quando Fernando Meirelles, então ainda um realizador praticamente desconhecido, tentou comprar os direitos de Ensaio Sobre a Cegueira (escrito em 1995). Na altura, segundo conta a Folha de São Paulo, Saramago não aceitou, argumentando que não teria muito sentido transformar em imagens uma história sobre a cegueira. Anos depois, o escritor acabou por vender os direitos à produtora canadiana Rhombus Media e, ironia do destino, caberá a Meirelles a direcção de Blindness - assim se irá chamar o filme falado em inglês.
"Voltou para as minhas mãos", comentou o realizador na apresentada oficial do filme, no Festival de Toronto. Trata-se de uma co-produção entre o Brasil (O2, a produtora de Meirelles), Canadá, Reino Unido e Japão. Niv Fichman, produtor do lado canadiano, contou que o escritor português foi seduzido pela ideia de se tratar de uma co-produção internacional, sem uma "voz dominante", além de uma promessa de que o filme não cairia nas mãos de um grande estúdio de Hollywood, relata a Folha.
A primeira versão do argumento, pronta há já dois anos, é assinada pelo guionista, actor e realizador canadiano Don McKellar, que não se deixou intimidar pela prosa do escritor nobelizado: "A acção do livro é muito simples e clara. A linguagem é muito oral", disse. "Se eu apenas recontar a história, transformando os cegos em zombies, o filme será um erro, parecerá um filme de terror. Isto não seria fiel à obra. O tem essencial do livro é a dignidade humana e como, na nossa sociedade, os artifícios para mantê-la são frágeis.
"O elenco de Blindness ainda não foi escolhido mas já se sabe que o filme vai custar 20 milhões de dólares (15,7 milhões de euros). A rodagem decorrerá no próximo ano nos arredores de Toronto e São Paulo e a estreia está prevista para 2008.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Camacho Costa inspira artistas medíocres
O actor Camacho Costa que, recentemente, foi alvo das atenções da comunicação social ao anunciar ao mundo que lutava contra um cancro, tem servido de inspiração para outros artistas medíocres, dando palestras de Norte a Sul do país em que explica aos colegas como podem seguir o seu exemplo e conseguir uma projecção nunca antes alcançada.
Aos 57 anos, o ponto mais alto da carreira de Camacho Costa como actor foi a sua participação na série de "humor" "Malucos do Riso", transmitida pela SIC, desempenhando papéis inesquecíveis tais como: aquele homenzinho estranho que tem um supermercado e atende os clientes com rimas, aquele homenzinho estranho que faz de cigano num tribunal ou ainda aquele homenzinho estranho sentado debaixo de um sobreiro a falar com pronúncia do Alentejo. Para além disso, foram várias as participações em revistas à portuguesa e em algumas peças de "teatro de autor" em que era necessário um actor para interpretar um homenzinho estranho. Também trabalhou como crítico de cinema e chegou a limpar o rabo com folhas de alface ao primeiro-ministro Vasco Gonçalves uma ou outra vez. O seu imenso curriculum é sobejamente conhecido por todos nos dias que correm. E porquê? Porque, no preciso momento, em que o actor tornou pública a doença que infelizmente o aflige, deu início a uma insuportável onda de piedadezinha asquerosa que o visado aproveitou em seu benefício como se fosse a coisa mais normal do mundo tratarem-no de "grande figura do teatro nacional" para cima. Seguiram-se as entrevistas, homenagens e até uma entrevista editada em livro.
E é precisamente este o tema das palestras que, brevemente, darão origem a um livro com o título "De nódoa a astro coitadinho-O método Camacho Costa". Não são apenas os aspirantes a homenzinhos irritantes com queixo proeminente, sem dentes e que tratam todas as pessoas do sexo feminino (e uma ou duas do sexo masculino) por "minha querida" que podem beneficiar as suas carreiras com este método revolucionário e já houve outros artistas mais ou menos famosos da nossa praça a pô-lo em prática. Ildeberto Beirão, colega de Camacho nos "Malucos do Riso", um ex-serralheiro com problemas de mau hálito e líbido exagerada, anunciou ao mundo que padecia de uma forma potencialmente letal de sífilis e, quinze dias depois, a Câmara Municipal da Moita inaugurava um parque infantil com o seu nome naquela pitoresca localidade ribeirinha. "Desde que comecei a usar o método Camacho Costa, a minha carreira tem evoluído muito," afirmou Ildeberto entre arrotos.
Outros nomes do mundo do espectáculo que já recorreram a este método infalível foram o cantor Vítor Espadinha, o humorista Badaró e o multifacetado imitador de vozes Fernando Pereira que, desde que revelou ao mundo ser hermafrodita, conseguiu ressuscitar a sua carreira. Também o outrora popular Avô Cantigas admite ser um seguidor do método, referindo que "se não tivesse dotado a personagem de um cancro da próstata fictício, há muito que teria pendurado a peruca." Num futuro próximo, Camacho Costa planeia abrir um instituto para instruir artistas na aplicação do seu método. O ICCTPM (Instituto Camacho Costa Tenham Peninha de Mim) será alojado numa ala do palácio de São Bento gentilmente cedida pelo governo como prova da gratidão de todo um país pelos bons momentos que Camacho Costa nos deu ao longo de anos infindáveis. A inauguração está prevista para Abril, mês dedicado a Camacho Costa em todo o país com homenagens, fogo de artifício e colóquios sobre o actor. Simultaneamente, será lançada uma colecção de miniaturas representando as personagens mais populares de Camacho Costa nos "Malucos do Riso" esculpidas em massapão comestível.
sábado, 13 de setembro de 2008
Homenagem a Camilo de Oliveira
Será em Setembro que virá o espectáculo que comemora os 60 anos de carreira do actor. A data já está, finalmente, agendada. Será no sábado, dia 13 de Setembro que Camilo de Oliveira será homenageado pela SIC. Com produção da CBV, "Camilo: Hoje e Sempre" esteve inicialmente agendado para Julho, mês em que o actor fez 75 anos, mas foi adiada e chegará agora em Setembro. Nesta festa esperam-se muitos convidados que recordarão momentos vividos por Camilo de Oliveira e muitos dos outros sucessos que esteve envolvido nos vários canais de televisão.
Depois deste espectáculo, que deverá ter lugar no Teatro Tivoli, em Lisboa, o humorista deverá dedicar-se à sua nova série, "Camilo, o Presidente", a estrear na SIC no primeiro trimestre de 2009. Esta produção, de 26 episódios, tem por base a corporação de bombeiros e a rivalidade entre duas vilas: Fanecas de Cima e Fanecas de Baixo.
Depois deste espectáculo, que deverá ter lugar no Teatro Tivoli, em Lisboa, o humorista deverá dedicar-se à sua nova série, "Camilo, o Presidente", a estrear na SIC no primeiro trimestre de 2009. Esta produção, de 26 episódios, tem por base a corporação de bombeiros e a rivalidade entre duas vilas: Fanecas de Cima e Fanecas de Baixo.
Camilo de Oliveira - Prepara programa original:
O popular actor, que desde o dia 1 de Julho trabalha em exclusivo com a SIC, já entregou na estação de Carnaxide o projecto de ‘Camilo, o Presidente’, original que quer estrear, "sem pressas", entre Janeiro e Março de 2009.Sobre o contrato de dois anos assinado coma SIC, e sem querer revelar números por ser "deselegante", o actor – que foi também sondado pela TVI – adiantou apenas: "As condições são óptimas, mais vantajosas do que as que tinha celebrado anteriormente com a SIC. É um contrato muito bonito, graças a Deus."
O guião de ‘Camilo, o Presidente’, está a ser escrito por dois actores do Teatro Independente de Oeiras, Lourenço Henriques e Filipe de Avis, mas tem o cunho de Camilo de Oliveira:"A ideia é deles, a escrita também, mas o trabalho tem a minha mão, a minha linha de trabalho, até para me identificar com o que faço", explica o comediante.
Neste trabalho, em que Camilo promete ser "popular, mas não popularucho", "divertido, mas com nível", porque o texto é "cuidadosamente tratado", volta a não haver "lugar para os palavrões". O facto de poder estrear durante o primeiro trimestre de 2009 dá a Camilo de Oliveira a garantia de regressar "com um bom trabalho".
A história deste original, produzido pela CVB, a nova produtora de Piet-Hein Bakker, gira em torno de duas corporações de bombeiros rivais e de duas vilas, ‘Faneca de Cima’ e ‘Faneca de Baixo’. "Há situações incríveis que podem ocorrer numa corporação de bombeiros", vai já avisando Camilo de Oliveira. Paula Marcelo, mulher do actor, deverá integrar, como habitualmente, o elenco desta nova série.
O popular actor, que desde o dia 1 de Julho trabalha em exclusivo com a SIC, já entregou na estação de Carnaxide o projecto de ‘Camilo, o Presidente’, original que quer estrear, "sem pressas", entre Janeiro e Março de 2009.Sobre o contrato de dois anos assinado coma SIC, e sem querer revelar números por ser "deselegante", o actor – que foi também sondado pela TVI – adiantou apenas: "As condições são óptimas, mais vantajosas do que as que tinha celebrado anteriormente com a SIC. É um contrato muito bonito, graças a Deus."
O guião de ‘Camilo, o Presidente’, está a ser escrito por dois actores do Teatro Independente de Oeiras, Lourenço Henriques e Filipe de Avis, mas tem o cunho de Camilo de Oliveira:"A ideia é deles, a escrita também, mas o trabalho tem a minha mão, a minha linha de trabalho, até para me identificar com o que faço", explica o comediante.
Neste trabalho, em que Camilo promete ser "popular, mas não popularucho", "divertido, mas com nível", porque o texto é "cuidadosamente tratado", volta a não haver "lugar para os palavrões". O facto de poder estrear durante o primeiro trimestre de 2009 dá a Camilo de Oliveira a garantia de regressar "com um bom trabalho".
A história deste original, produzido pela CVB, a nova produtora de Piet-Hein Bakker, gira em torno de duas corporações de bombeiros rivais e de duas vilas, ‘Faneca de Cima’ e ‘Faneca de Baixo’. "Há situações incríveis que podem ocorrer numa corporação de bombeiros", vai já avisando Camilo de Oliveira. Paula Marcelo, mulher do actor, deverá integrar, como habitualmente, o elenco desta nova série.
FESTA DE CARREIRA NO DIA 21
Entretanto, está em contagem decrescente a gala que a SIC vai realizar no dia 21 no Teatro Tivoli, em Lisboa, para comemorar os 60 anos de carreira e os 75 anos de vida do popular actor, exclusivo da estação desde 1 de Julho.
Na primeira fila da plateia do Tivoli, Camilo de Oliveira quer ver sentadas, no dia 21, as pessoas que mais ama: a mulher, a actriz Paula Marcelo, e os dois filhos. E ainda "os amigos mais chegados e, claro, o público", diz. A festa, e não a homenagem, expressão com a qual Camilo não simpatiza por lhe soar a efeméride, celebra os 60 anos de carreira que o actor assinala no dia 21 de Julho e o aniversário, no dia 23.
Camilo de Oliveira, que confessou ao CM desconhecer que convidados vão marcar presença na gala, "por ser surpresa", disse apenas saber que o espectáculo vai "juntar a nova geração de actores e outra mais antiga".
Entretanto, está em contagem decrescente a gala que a SIC vai realizar no dia 21 no Teatro Tivoli, em Lisboa, para comemorar os 60 anos de carreira e os 75 anos de vida do popular actor, exclusivo da estação desde 1 de Julho.
Na primeira fila da plateia do Tivoli, Camilo de Oliveira quer ver sentadas, no dia 21, as pessoas que mais ama: a mulher, a actriz Paula Marcelo, e os dois filhos. E ainda "os amigos mais chegados e, claro, o público", diz. A festa, e não a homenagem, expressão com a qual Camilo não simpatiza por lhe soar a efeméride, celebra os 60 anos de carreira que o actor assinala no dia 21 de Julho e o aniversário, no dia 23.
Camilo de Oliveira, que confessou ao CM desconhecer que convidados vão marcar presença na gala, "por ser surpresa", disse apenas saber que o espectáculo vai "juntar a nova geração de actores e outra mais antiga".
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Mais uma medalha de prata para Portugal por equipas BC1/BC2
Portugal conquistou hoje a medalha de prata no torneio de boccia por equipas BC1/BC2 dos Jogos Paralímpicos Pequim2008, com os atletas lusos a perderem com a Grã-Bretanha no jogo decisivo por 8-4.
Com a prata alcançada por Cristina Gonçalves, Fernando Ferreira, João Paulo Fernandes e António Marques, Portugal fecha a sua participação no boccia com cinco medalhas (uma de ouro, três de prata e uma de bronze). Depois de no torneio individual de BC1, João Paulo Fernandes ter renovado o título de campeão paralímpico, numa final que disputou contra António Marques, que arrecadou a prata, Portugal conquistou hoje mais três medalhas.Em pares BC3, Armando Costa, Mário Peixoto e Eunice Raimundo chegaram ao bronze depois de venceram uma representação da Tailândia, enquanto em pares BC4, Bruno Valentim e Fernando Pereira conquistaram a medalha de prata, após terem perdido com uma dupla brasileira. Nos Jogos Paralímpicos Atenas2004, Portugal conquistou seis medalhas no torneio de boccia, mais uma do que as conseguidas em Pequim.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Morreu Bill Meléndez, a "voz" do Snoopy
O animador mexicano Bill Meléndez, vencedor de um Emmy e conhecido por ser a voz do cão animado Snoopy e ao seu pássaro Woodstock, morreu aos 91 anos, anunciou hoje a sua editora Amy Goldsmith.
A mesma fonte acrescentou que o artista morreu terça-feira no Hospital St. Jhn's de Santa Mónica, na Califórnia, Estados Unidos. José Cuauhtémoc Meléndez, nascido a 15 de Novembro de 1916 em Sonora (México) começou a sua carreira em 1938 nos estúdios de Walt Disney, trabalhando em filmes como "Pinóquio", "Fantasia", "Dumbo" e nas animações de Mickey Mouse e Donald Duck. Melendez participou também na criação de Bugs Bunny, Daffy Duck e Porky Pig nos estúdios Warner Bros, tendo em 1948 dado início à carreira de director e produtor de anúncios publicitários de televisão. Nessa altura fez parte da equipa que ganhou o Óscar de 1951 para melhor curta-metargem animada com "Gerald McBoing Boing" e começou uma frutífera relação com o criador de Snoopy, Charles M. Schultz, que resultou em mais de 60 episódios de animação de 30 minutos de duração, cinco espeiciais de uma hora, quatro filmes e cerca de 400 anúncios.
sábado, 23 de agosto de 2008
OURO E PRATA
Ouro e Prata – o melhor de sempre
Com uma medalha de ouro e outra de prata, a Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008 alcança o melhor resultado de sempre, situando-se no fim da jornada de hoje em 40.º lugar do medalheiro geral da competição.
A medalha de Nelson Évora é a 22.ª da história portuguesa, a quarta de ouro, depois de Carlos Lopes (1984), Rosa Mota (1988) e Fernanda Ribeiro (1996).
Nestes casos, as restantes medalhas alcançadas em simultâneo foram de bronze (duas em 1984 e uma em 1996), pelo que a conjugação de ouro e prata coloca Portugal nos primeiros 50 países dos Jogos, à frente da Argentina, Índia, México, Tunísia, Hungria, Suécia, Lituânia, Áustria, Croácia, Grécia, Argélia, Colômbia, Sérvia, Chile, África do Sul, Egipto, Israel ou Marrocos – para citar apenas países dos 72 que já alcançaram medalhas. A dois dias do final das competições, há 133 países sem qualquer medalha conquistada.
Ana Cabecinha melhor de sempre:
Na jornada de hoje, realce ainda para Ana Cabecinha e para a dupla Afonso Domingos-Bernardo Santos, que conquistaram mais dois diplomas, graças a 8.ºs lugares, respectivamente nos 20 km Marcha e na Classe Star, da Vela. Ana Cabecinha obteve a melhor classificação de sempre da Marcha portuguesa e bateu um recorde nacional com sete anos.
E nesta prova, Vera Santos alcançou a 10.ª posição. Susana Feitor, pela quinta vez nos Jogos Olímpicos, não conseguiu concluir a prova.Afonso Domingos repete o Diploma conquistado na Classe 49er nos Jogos de Sydney de 2000.
Canoagem ficou nas meias-finais:
Hoje, nas provas de Canoagem, Emanuel Silva (K1), Teresa Portela (K1) e Helena Rodrigues-Beatriz Gomes (K2) não conseguiram ultrapassar as meias-finais respectivas, embora no sector feminino tivessem sido registados os melhores resultados de sempre, por uma equipa de atletas muito jovens e com apenas um ano de experiência internacional.
Arsenyi Lavrentyev classificou-se em 22.º na prova de Maratona em Águas Abertas.
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domingo, 17 de agosto de 2008
19 de Agosto - Aniversário da Quarta Aparição de Nossa Senhora em Fátima
A 19 de Agosto de 1917, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13 as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.
Em Vila Nova de Ourém, os Três Pastorinhos foram submetidos a múltiplos interrogatórios e ameaçados com violentos castigos. Por fim, foram entregues aos pais.
No Domingo seguinte, 19 de Agosto, Nossa Senhora apareceu-lhes nos Valinhos e pediu-lhes que continuassem a ir à Cova da Iria no dia 13 e que rezassem o terço todos os dias.
"Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas", disse Nossa Senhora.
Em Vila Nova de Ourém, os Três Pastorinhos foram submetidos a múltiplos interrogatórios e ameaçados com violentos castigos. Por fim, foram entregues aos pais.
No Domingo seguinte, 19 de Agosto, Nossa Senhora apareceu-lhes nos Valinhos e pediu-lhes que continuassem a ir à Cova da Iria no dia 13 e que rezassem o terço todos os dias.
"Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas", disse Nossa Senhora.
O programa para a Peregrinação deste ano é o seguinte:
11:00 - Missa internacional, na Basílica.
21:30 - Rosário e procissão, aos Valinhos, com início na Capelinha (levar pilhas eléctricas em vez de velas).
22:00 - Rosário, na Capelinha (para os peregrinos que não podem ir aos Valinhos).
O actual monumento celebrativo desta aparição (na foto acima) foi construído a expensas dos católicos húngaros e inaugurado a 12 de Agosto de 1956. A branca imagem de Nossa Senhora de Fátima é obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva.
11:00 - Missa internacional, na Basílica.
21:30 - Rosário e procissão, aos Valinhos, com início na Capelinha (levar pilhas eléctricas em vez de velas).
22:00 - Rosário, na Capelinha (para os peregrinos que não podem ir aos Valinhos).
O actual monumento celebrativo desta aparição (na foto acima) foi construído a expensas dos católicos húngaros e inaugurado a 12 de Agosto de 1956. A branca imagem de Nossa Senhora de Fátima é obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva.
Peregrinação de 12 e 13 de Agosto
D. Zacarias Kamwenho, arcebispo de Lubango, Angola, presidiu à Peregrinação de 12 e 13 de Agosto no Santuário de Fátima, momento que integrou a Peregrinação do Migrante e do Refugiado.
Na Missa internacional da manhã do dia 13, durante a oração dos fiéis, em Fátima rezou-se "pelos emigrantes e suas famílias, para que o Senhor esteja sempre ao seu lado e superem assim os obstáculos e as dificuldades materiais e espirituais que encontrarem".
Na Missa internacional da manhã do dia 13, durante a oração dos fiéis, em Fátima rezou-se "pelos emigrantes e suas famílias, para que o Senhor esteja sempre ao seu lado e superem assim os obstáculos e as dificuldades materiais e espirituais que encontrarem".
Durante a homilia, D. Zacarias Kamwenho sublinhou a importância à atenção aos fenómenos que dão origem aos fluxos migratórios.
«A religião verdadeira, diríamos no nosso contesto da Peregrinação Internacional das Migrações, é estarmos atentos aos fenómenos que provocam as migrações, como sejam as alterações climáticas do planeta, a pobreza, a intolerância politica, ou, como diz o Papa na sua mensagem para este dia, estarmos atentos “ao processo da globalização em curso no mundo, que traz consigo uma exigência de mobilidade que estimula também numerosos jovens a emigrar e a viver longe de suas famílias e dos seus países.” Todos conhecemos as consequências de tais situações, a maior das quais é a chamada “dificuldade da dupla pertença” que, não encontrando apoio nas próprias comunidades e por vezes nas Instituições Sociais, esvaziam os jovens dos seus valores mais sagrados», afirmou o Arcebispo de Lubango.
Sempre com o propósito da sensibilização para o bom acolhimento aos emigrantes, D. António Vitalino Dantas, Bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, durante a Eucaristia da noite de Vigília, no dia 12, focou as raízes cristãs que caracterizam a hospitalidade do continente europeu.
«Foram os valores cristãos, personalizados em Cristo, o Mestre, o Salvador e Senhor, que deram a verdadeira unidade à Europa, mesmo quando esta teve de vencer graves crises, guerras e conflitos. Fátima foi um ponto alto dessa história, pois a Senhora da Mensagem transmitiu aos pastorinhos os valores fundamentais do Evangelho, a conversão e a oração, para que houvesse paz entre as nações. Esta velha Europa precisa, hoje, de ser recordada das suas raízes cristãs e do seu dever de praticar a hospitalidade, para que abra as suas portas e colabore com os filhos dos países mais pobres que chegam às suas fronteiras, não como malfeitores, mas como pessoas, com dignidade igual à nossa, à procura de trabalho e de melhores condições de vida que nos seus países de origem, como o fizeram e continuam a fazer tantos europeus por esse mundo fora», disse o prelado.
Tema do Mês: "Aquele que revela um segredo perde a confiança" (Sir 27,16)
Tema da Peregrinação Nacional das Migrações: "Jovens Migrantes Protagonistas da Esperança"
«A religião verdadeira, diríamos no nosso contesto da Peregrinação Internacional das Migrações, é estarmos atentos aos fenómenos que provocam as migrações, como sejam as alterações climáticas do planeta, a pobreza, a intolerância politica, ou, como diz o Papa na sua mensagem para este dia, estarmos atentos “ao processo da globalização em curso no mundo, que traz consigo uma exigência de mobilidade que estimula também numerosos jovens a emigrar e a viver longe de suas famílias e dos seus países.” Todos conhecemos as consequências de tais situações, a maior das quais é a chamada “dificuldade da dupla pertença” que, não encontrando apoio nas próprias comunidades e por vezes nas Instituições Sociais, esvaziam os jovens dos seus valores mais sagrados», afirmou o Arcebispo de Lubango.
Sempre com o propósito da sensibilização para o bom acolhimento aos emigrantes, D. António Vitalino Dantas, Bispo de Beja e presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, durante a Eucaristia da noite de Vigília, no dia 12, focou as raízes cristãs que caracterizam a hospitalidade do continente europeu.
«Foram os valores cristãos, personalizados em Cristo, o Mestre, o Salvador e Senhor, que deram a verdadeira unidade à Europa, mesmo quando esta teve de vencer graves crises, guerras e conflitos. Fátima foi um ponto alto dessa história, pois a Senhora da Mensagem transmitiu aos pastorinhos os valores fundamentais do Evangelho, a conversão e a oração, para que houvesse paz entre as nações. Esta velha Europa precisa, hoje, de ser recordada das suas raízes cristãs e do seu dever de praticar a hospitalidade, para que abra as suas portas e colabore com os filhos dos países mais pobres que chegam às suas fronteiras, não como malfeitores, mas como pessoas, com dignidade igual à nossa, à procura de trabalho e de melhores condições de vida que nos seus países de origem, como o fizeram e continuam a fazer tantos europeus por esse mundo fora», disse o prelado.
Tema do Mês: "Aquele que revela um segredo perde a confiança" (Sir 27,16)
Tema da Peregrinação Nacional das Migrações: "Jovens Migrantes Protagonistas da Esperança"
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Nelson Évora: «Inesquecível experiência»
Comentário de Nelson Évora à experiência pessoal de porta-bandeira de Portugal na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008:
«Vivi uma experiência inesquecível, ao transportar a bandeira do nosso país naquele estádio magnífico perante mais de 90 mil pessoas. Inesquecível!
«Vi muita gente a acenar para nós, a tirar-nos fotos, vi também muitas bandeiras portuguesas nas bancadas, o que nos transmite uma boa sensação de nos sentirmos apoiados.
«Entre a Missão reinou sempre a boa disposição e a alegria, num ambiente muito agradável.
«Toda a gente está bem disposta e bem preparada para os Jogos. Agora é preciso total concentração para que cada um consiga dar o melhor em cada prova»
Uma noite inesquecível
Os membros da Missão voltaram à Aldeia após a Cerimónia de Abertura num processo algo demorado de transferência por autocarro. A maioria dirigiu-se ao restaurante principal para comentar as emoções da noite e finalmente conseguir cear.
A ida para a Aldeia processou-se às 19h40, no lugar 175 do desfile, tendo ficado em espera durante cerca de duas horas no Pavilhão National Indoor, onde decorrerão as provas de Ginástica e de Trampolins – o que permitiu a Ana Rente e Diogo Ganchinho, últimos atletas portugueses chegados à Aldeia, tomarem contacto com o palco da sua competição.
«Vivi uma experiência inesquecível, ao transportar a bandeira do nosso país naquele estádio magnífico perante mais de 90 mil pessoas. Inesquecível!
«Vi muita gente a acenar para nós, a tirar-nos fotos, vi também muitas bandeiras portuguesas nas bancadas, o que nos transmite uma boa sensação de nos sentirmos apoiados.
«Entre a Missão reinou sempre a boa disposição e a alegria, num ambiente muito agradável.
«Toda a gente está bem disposta e bem preparada para os Jogos. Agora é preciso total concentração para que cada um consiga dar o melhor em cada prova»
Uma noite inesquecível
Os membros da Missão voltaram à Aldeia após a Cerimónia de Abertura num processo algo demorado de transferência por autocarro. A maioria dirigiu-se ao restaurante principal para comentar as emoções da noite e finalmente conseguir cear.
A ida para a Aldeia processou-se às 19h40, no lugar 175 do desfile, tendo ficado em espera durante cerca de duas horas no Pavilhão National Indoor, onde decorrerão as provas de Ginástica e de Trampolins – o que permitiu a Ana Rente e Diogo Ganchinho, últimos atletas portugueses chegados à Aldeia, tomarem contacto com o palco da sua competição.
No pavilhão foi servido um snack e muitos líquidos, mas todas as delegações lamentaram não terem tido acesso a mais imagens do espectáculo que decorria ao lado, no estádio Ninho de Pássaro.
Os portugueses conviveram sobretudo com os suíços e com os sérvios, que estavam instalados perto, podendo alguns tirar fotos com os tenistas Roger Federer e Novak Djokovic.
No trajecto do Pavilhão para o Estádio a Missão de Portugal seguia já à frente da delegação da Coreia do Sul, o que permitiu ao treinador de Tiro com Arco e de Nuno Pombo, Myung Lee, conviver um pouco e tirar também fotografias com os seus compatriotas. Myung Lee participa nos Jogos Olímpicos pela quinta vez (duas pela Coreia do Sul, duas pela Arábia Saudita e uma por Portugal)
Quer no caminho para o estádio, ladeado por milhares de voluntários surpreendidos pelo cachecol de Portugal, com a designação do país em caracteres de mandarim, o desfile foi recebido com muito entusiasmo, que contagiou todos os membros da Missão.
Provas começam oito horas depois da Cerimónia
As provas começam para os portugueses às 9h00 de sábado, com Manuel Vieira da Silva a entrar em acção na primeira qualificativa de Tiro com Armas de Caça. Os atletas das provas de sábado, à excepção de João Costa que viu o desfile na bancada, permaneceram na Aldeia.
Os portugueses conviveram sobretudo com os suíços e com os sérvios, que estavam instalados perto, podendo alguns tirar fotos com os tenistas Roger Federer e Novak Djokovic.
No trajecto do Pavilhão para o Estádio a Missão de Portugal seguia já à frente da delegação da Coreia do Sul, o que permitiu ao treinador de Tiro com Arco e de Nuno Pombo, Myung Lee, conviver um pouco e tirar também fotografias com os seus compatriotas. Myung Lee participa nos Jogos Olímpicos pela quinta vez (duas pela Coreia do Sul, duas pela Arábia Saudita e uma por Portugal)
Quer no caminho para o estádio, ladeado por milhares de voluntários surpreendidos pelo cachecol de Portugal, com a designação do país em caracteres de mandarim, o desfile foi recebido com muito entusiasmo, que contagiou todos os membros da Missão.
Provas começam oito horas depois da Cerimónia
As provas começam para os portugueses às 9h00 de sábado, com Manuel Vieira da Silva a entrar em acção na primeira qualificativa de Tiro com Armas de Caça. Os atletas das provas de sábado, à excepção de João Costa que viu o desfile na bancada, permaneceram na Aldeia.
No pavilhão foi servido um snack e muitos líquidos, mas todas as delegações lamentaram não terem tido acesso a mais imagens do espectáculo que decorria ao lado, no estádio Ninho de Pássaro.
Os portugueses conviveram sobretudo com os suíços e com os sérvios, que estavam instalados perto, podendo alguns tirar fotos com os tenistas Roger Federer e Novak Djokovic.
No trajecto do Pavilhão para o Estádio a Missão de Portugal seguia já à frente da delegação da Coreia do Sul, o que permitiu ao treinador de Tiro com Arco e de Nuno Pombo, Myung Lee, conviver um pouco e tirar também fotografias com os seus compatriotas. Myung Lee participa nos Jogos Olímpicos pela quinta vez (duas pela Coreia do Sul, duas pela Arábia Saudita e uma por Portugal)
Quer no caminho para o estádio, ladeado por milhares de voluntários surpreendidos pelo cachecol de Portugal, com a designação do país em caracteres de mandarim, o desfile foi recebido com muito entusiasmo, que contagiou todos os membros da Missão.
Provas começam oito horas depois da Cerimónia
As provas começam para os portugueses às 9h00 de sábado, com Manuel Vieira da Silva a entrar em acção na primeira qualificativa de Tiro com Armas de Caça. Os atletas das provas de sábado, à excepção de João Costa que viu o desfile na bancada, permaneceram na Aldeia.
Os portugueses conviveram sobretudo com os suíços e com os sérvios, que estavam instalados perto, podendo alguns tirar fotos com os tenistas Roger Federer e Novak Djokovic.
No trajecto do Pavilhão para o Estádio a Missão de Portugal seguia já à frente da delegação da Coreia do Sul, o que permitiu ao treinador de Tiro com Arco e de Nuno Pombo, Myung Lee, conviver um pouco e tirar também fotografias com os seus compatriotas. Myung Lee participa nos Jogos Olímpicos pela quinta vez (duas pela Coreia do Sul, duas pela Arábia Saudita e uma por Portugal)
Quer no caminho para o estádio, ladeado por milhares de voluntários surpreendidos pelo cachecol de Portugal, com a designação do país em caracteres de mandarim, o desfile foi recebido com muito entusiasmo, que contagiou todos os membros da Missão.
Provas começam oito horas depois da Cerimónia
As provas começam para os portugueses às 9h00 de sábado, com Manuel Vieira da Silva a entrar em acção na primeira qualificativa de Tiro com Armas de Caça. Os atletas das provas de sábado, à excepção de João Costa que viu o desfile na bancada, permaneceram na Aldeia.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Zeca Afonso
Seria cruel, eu não falar deste grande cantor e artista, homem de grande carisma e convicções fortes, daqueles que não se intimidou a homens do regime, lutou sempre pelo seu ideal, coisa que muita gente não o faz, admiro pessoas que lutam por uma coisa em que acreditam, eu sou um pouco assim, nunca viro a cara a luta.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), mais conhecido por José Afonso ou Zeca Afonso, foi um cantor e compositor português. Não obstante o seu trabalho com o fado de Coimbra e a música tradicional, José Afonso ficou indelevelmente associado à música de intervenção, através da qual criticava o Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974.
Foi criado pela tia Gé e pelo tio Xico, numa casa situada no Largo das Cinco Bicas, em Aveiro, até aos 3 anos (1932), altura em que foi viver com os pais e irmãos, que estavam em Angola havia 2 anos.
A relação física com a natureza causou-lhe uma profunda ligação ao continente africano que se reflectirá pela sua vida fora. As trovoadas, os grandes rios atravessados em jangadas, a floresta esconderam-lhe a realidade colonial. Só anos mais tarde saberá o quão amarga é essa sociedade, moldada por influências do apartheid.
Em 1937, volta para Aveiro onde é recebido por tias do lado materno, mas parte no mesmo ano para Moçambique, onde se reencontra com os pais e irmãos em Lourenço Marques (agora Maputo), com quem viverá pela última vez até 1938, data em que vai viver com o tio Filomeno, em Belmonte.
O tio Filomeno era, na altura, presidente da câmara de Belmonte. Lá, completou a instrução primária e viveu o ambiente mais profundo do Salazarismo, de que seu tio era admirador. Ele era pro-franquista e pro-hitleriano e levou-o a envergar a farda da Mocidade Portuguesa. «Foi o ano mais desgraçado da minha vida», confidenciou Zeca.
Zeca Afonso vai para Coimbra em 1940 e começa a cantar por volta do quinto ano no Liceu D. João III. Os tradicionalistas reconheciam-no como um bicho que canta bem. Inicia-se em serenatas e canta em «festarolas de aldeia». O fado de Coimbra, lírico e tradicional, era principalmente interpretado por si.
Os meios sociais miseráveis do Porto, no Bairro do Barredo, inspiraram-lhe para a sua balada «Menino do Bairro Negro». Em 1958, José Afonso grava o seu primeiro disco "Baladas de Coimbra". Grava também, mais tarde, "Os Vampiros" que, juntamente com "Trova do Vento que Passa" (um poema de Manuel Alegre, musicado e cantado por Adriano Correia de Oliveira) se torna um dos símbolos de resistência antifascista da época. Foi neste período (1958-1959) professor de Francês e de História na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça.
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica. Será certamente recordado como um resistente que conseguiu trazer a palavra de protesto antifascista para a música popular portuguesa e também pelas suas outras músicas, de que são exemplo as suas baladas.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), mais conhecido por José Afonso ou Zeca Afonso, foi um cantor e compositor português. Não obstante o seu trabalho com o fado de Coimbra e a música tradicional, José Afonso ficou indelevelmente associado à música de intervenção, através da qual criticava o Estado Novo, regime de ditadura vigente em Portugal entre 1933 e 1974.
Foi criado pela tia Gé e pelo tio Xico, numa casa situada no Largo das Cinco Bicas, em Aveiro, até aos 3 anos (1932), altura em que foi viver com os pais e irmãos, que estavam em Angola havia 2 anos.
A relação física com a natureza causou-lhe uma profunda ligação ao continente africano que se reflectirá pela sua vida fora. As trovoadas, os grandes rios atravessados em jangadas, a floresta esconderam-lhe a realidade colonial. Só anos mais tarde saberá o quão amarga é essa sociedade, moldada por influências do apartheid.
Em 1937, volta para Aveiro onde é recebido por tias do lado materno, mas parte no mesmo ano para Moçambique, onde se reencontra com os pais e irmãos em Lourenço Marques (agora Maputo), com quem viverá pela última vez até 1938, data em que vai viver com o tio Filomeno, em Belmonte.
O tio Filomeno era, na altura, presidente da câmara de Belmonte. Lá, completou a instrução primária e viveu o ambiente mais profundo do Salazarismo, de que seu tio era admirador. Ele era pro-franquista e pro-hitleriano e levou-o a envergar a farda da Mocidade Portuguesa. «Foi o ano mais desgraçado da minha vida», confidenciou Zeca.
Zeca Afonso vai para Coimbra em 1940 e começa a cantar por volta do quinto ano no Liceu D. João III. Os tradicionalistas reconheciam-no como um bicho que canta bem. Inicia-se em serenatas e canta em «festarolas de aldeia». O fado de Coimbra, lírico e tradicional, era principalmente interpretado por si.
Os meios sociais miseráveis do Porto, no Bairro do Barredo, inspiraram-lhe para a sua balada «Menino do Bairro Negro». Em 1958, José Afonso grava o seu primeiro disco "Baladas de Coimbra". Grava também, mais tarde, "Os Vampiros" que, juntamente com "Trova do Vento que Passa" (um poema de Manuel Alegre, musicado e cantado por Adriano Correia de Oliveira) se torna um dos símbolos de resistência antifascista da época. Foi neste período (1958-1959) professor de Francês e de História na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça.
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica. Será certamente recordado como um resistente que conseguiu trazer a palavra de protesto antifascista para a música popular portuguesa e também pelas suas outras músicas, de que são exemplo as suas baladas.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Eunice Muñoz faz 80 anos!!!
Em ano de comemoração de aniversário redondo, Eunice Muñoz (nascida a 30 de Julho de 1928) é reconhecida entre as maiores actrizes portuguesas, num percurso firmado em grande medida no teatro, mas também no cinema.
É a evocação da sua obra no cinema que a Cinemateca propõe, assinalando a data em seis sessões que dão a ver títulos significativos do seu trabalho.
Quer nos anos 40, dirigida por Leitão de Barros, Henrique Campos e Caetano Bonucci, quer nos anos 80, sob a direcção de Fernando Lopes e João Botelho.
Precoces, os primeiros passos de Eunice Muñoz nos palcos foram dados ainda em criança, no Ribatejo, onde vivia com a família.
Depois de se ter mudado para Lisboa, aos 13 anos fez um teste no Teatro Nacional, obtendo um papel em Vendaval, de Virgínia Vitorina.
Em 1943, a Maria em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, foi o papel da sua revelação.
O cinema surgiu três anos mais tarde, com CAMÕES em que protagonizou o principal papel feminino, Beatriz da Silva, despeitada personagem imaginária apaixonada pelo poeta.
Na década seguinte, Eunice continuou a representar em cinema, compondo uma série de jovens e temperamentais papeis dramáticos (UM HOMEM DO RIBATEJO e RIBATEJO, de Henrique Campos; NÃO HÁ RAPAZES MAUS, de Garcia Maroto; A MORGADINHA DOS CANAVIAIS, de Caetano Bonucci) mas também na comédia (OS VIZINHOS DO RÉS-DO-CHÃO, de Alejandro Perla).
Em 1955, e de novo durante uma década, o seu caminho inflectiu, reforçadamente, na direcção do teatro.
Foi este o ano da sua consagração como Joana d'Arc numa peça que, em grande parte pelo fulgurante êxito da sua interpretação, recebeu variadíssimos prémios.
De então em diante, somou grandes clássicos e autores portugueses num vasto e variado repertório teatral cujo reconhecimento generalizado, de crítica e de público, não parou de crescer, conhecendo um êxito impar com a sua composição como protagonista de Mãe Coragem, em 1986.
Nos anos 1960, regressou ao cinema com Manuel de Guimarães em O TRIGO E O JOIO a partir do romance homónimo de Fernando Namora (1965), voltando então a repetir um longo período de concentração nos palcos e afastamento das câmaras.
Em 1980, Lauro António dirigiu-a em MANHÃ SUBMERSA, Manoel de Oliveira em LISBOA, CAPITAL CULTURAL (1983), José Nascimento em REPÓRTER X (1986), Fernando Lopes em MATAR SAUDADES (1987) e João Botelho em TEMPOS DIFÍCEIS (1988).
Eunice Muñoz tornou-se entretanto presença regular da ficção portuguesa televisiva, desde que protagonizou, com uma imensa popularidade, A Banqueira do Povo.
Continua a fazer cinema e teatro.
É a evocação da sua obra no cinema que a Cinemateca propõe, assinalando a data em seis sessões que dão a ver títulos significativos do seu trabalho.
Quer nos anos 40, dirigida por Leitão de Barros, Henrique Campos e Caetano Bonucci, quer nos anos 80, sob a direcção de Fernando Lopes e João Botelho.
Precoces, os primeiros passos de Eunice Muñoz nos palcos foram dados ainda em criança, no Ribatejo, onde vivia com a família.
Depois de se ter mudado para Lisboa, aos 13 anos fez um teste no Teatro Nacional, obtendo um papel em Vendaval, de Virgínia Vitorina.
Em 1943, a Maria em Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, foi o papel da sua revelação.
O cinema surgiu três anos mais tarde, com CAMÕES em que protagonizou o principal papel feminino, Beatriz da Silva, despeitada personagem imaginária apaixonada pelo poeta.
Na década seguinte, Eunice continuou a representar em cinema, compondo uma série de jovens e temperamentais papeis dramáticos (UM HOMEM DO RIBATEJO e RIBATEJO, de Henrique Campos; NÃO HÁ RAPAZES MAUS, de Garcia Maroto; A MORGADINHA DOS CANAVIAIS, de Caetano Bonucci) mas também na comédia (OS VIZINHOS DO RÉS-DO-CHÃO, de Alejandro Perla).
Em 1955, e de novo durante uma década, o seu caminho inflectiu, reforçadamente, na direcção do teatro.
Foi este o ano da sua consagração como Joana d'Arc numa peça que, em grande parte pelo fulgurante êxito da sua interpretação, recebeu variadíssimos prémios.
De então em diante, somou grandes clássicos e autores portugueses num vasto e variado repertório teatral cujo reconhecimento generalizado, de crítica e de público, não parou de crescer, conhecendo um êxito impar com a sua composição como protagonista de Mãe Coragem, em 1986.
Nos anos 1960, regressou ao cinema com Manuel de Guimarães em O TRIGO E O JOIO a partir do romance homónimo de Fernando Namora (1965), voltando então a repetir um longo período de concentração nos palcos e afastamento das câmaras.
Em 1980, Lauro António dirigiu-a em MANHÃ SUBMERSA, Manoel de Oliveira em LISBOA, CAPITAL CULTURAL (1983), José Nascimento em REPÓRTER X (1986), Fernando Lopes em MATAR SAUDADES (1987) e João Botelho em TEMPOS DIFÍCEIS (1988).
Eunice Muñoz tornou-se entretanto presença regular da ficção portuguesa televisiva, desde que protagonizou, com uma imensa popularidade, A Banqueira do Povo.
Continua a fazer cinema e teatro.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Morreu a fadista Fernanda Baptista
A fadista e actriz Fernanda Baptista, de 89 anos, faleceu esta madrugada, no hospital de Cascais, onde se encontrava internada.
O corpo da fadista estará em câmara ardente, na Basílica da Estrela, a partir das 16.00 horas. As exéquias fúnebres têm início pelas 10:00 horas de sábado, seguindo o funeral para o Cemitério de Queluz.
Além do "Fado da carta" (João Nobre/Amadeu do Vale), a fadista criou vários outros êxitos e foi primeira figura de várias operetas e revistas, entre elas, "Chuva de mulheres" e "Fonte luminosa".
A sua estreia na revista deu-se em 1945, em "Banhos de sol", mas no início da década de 1940 já integrara o cartaz do Café Luso.
O êxito alcançado levou-a a deixar a profissão de costureira que exercia.
"Saudades de Júlia Mendes", "Fui ao baile", "Trapeiras de Lisboa", "Pedrinha da rua", "Fado toureiro" ou "Fado das sombras" foram alguns dos seus êxitos.
A sua última presença em palco foi no musical "Canção de Lisboa", de Filipe la Féria, em 2005.
A fadista foi alvo de várias homenagens, nomeadamente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, da Câmara de Lisboa e, em 2003, foi condecorada com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
Ao longo de mais de 65 anos de carreira artística, a fadista e actriz actuou em cerca de 50 revistas e operetas e realizou várias digressões, tendo actuado nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Angola.
Portugalmusica com este testo faz uma sentida homenagem a GRANDE FADISTA FERNANDA BAPTISTA a quem Portugal deve muito na divulgação da cultura Portuguesa pelo mundo fora.Portugalmusica da as condelências a familia.
sábado, 5 de julho de 2008
Queiroz confirmado no fim-de-semana para a Selecção Nacional
Carlos Queiroz espera resolver a situação com o Manchester United nas próximas horas, o que na prática significa que quando viajar para Portugal já deverá poder assumir oficialmente que será o substituto de Luiz Felipe Scolari no comando da Selecção Nacional.
O eleito para suceder a Luiz Felipe Scolari tem passado dias de expectativa e, por vezes, de alguma angústia aguardando pela decisão dos patrões do Manchester United. Uma decisão que, com o passar do tempo, gerou alguma incerteza, que, está prestes a terminar. O tempo escasseia - o treinador viaja para Portugal amanhã, para estar presente, na segunda-feira, na abertura da sua escola -, mas a espera já não será muito longa, uma vez que hoje todo o processo poderá ser concluído.
Queiroz expôs aos responsáveis do clube os seus pontos de vista e sublinhou que pretende uma saída digna e pacífica. Juntou a esses argumentos a vontade de não recusar o convite para dirigir a Selecção Nacional.
Pelo meio, teve de aguentar a pressão diária que lhe foi feita por Alex Ferguson, pouco disposto a compreender as razões do seu homem de confiança e ainda menos a concordar com a saída. Tudo isto, naturalmente, sem deixar de continuar a trabalhar com o plantel, bem como com as escolinhas do clube.
Perante este cenário, não é de estranhar a pressa do treinador em ver o processo concluído. Só que a realidade do Manchester United é muito diferente da de qualquer clube português: a ausência dos proprietários - são norte-americanos - e as férias de vários responsáveis têm impedido a realização de uma reunião onde o assunto possa ser defitivamente discutido e resolvido.
A verdade é que o futuro do eleito de Gilberto Madail para liderar Portugal nas campanhas para o Mundial'2010 e para o Euro'2012 está dependente da referida reunião e, obviamente, das condições que lhe forem apresentadas para a sua saída, pela segunda vez, do Manchester United. Um outro problema que também se coloca é o de que não existe na equipa técnica do Manchester quem possa substituir Queiroz nas funções que desempenha, uma questão que também estará em cima da mesa...
Ainda assim, as decisões estão por horas, porque os ingleses também sentem necessidade de não prolongar este cenário de instabilidade, que não beneficia ninguém...
A última palavra virá do outro lado do Atlântico, onde estão os Glazer, proprietários do Manchester United e quem verdadeiramente decide. E de lá os sinais que chegam são positivos para as pretensões de Carlos Queiroz. Ou seja, tudo se conjuga para que, o técnico responda afirmativamente ao convite do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e ainda antes do prazo que por este lhe foi colocado.
sábado, 28 de junho de 2008
Presidente do Governo Regional Madeira - Dr. Alberto João Jardim desafia Sócrates
José Sócrates queria FECHAR O JORNAL DA OPOSIÇÃO "O JORNAL DA MADEIRA!" Dr. Alberto João Jardim garante que "Jornal da Madeira" continuará a sair todos os dias independentemente da nova lei ser aprovada, mesmo que para isso seja necessário mudar a designação daquele diário regional.
Os subsídios atribuídos pelo Governo Regional ao "Jornal da Madeira" ascenderam aos 34 milhões de euros. Sócrates quer impedir que o Governo, os Governos Regionais e as autarquias detenham órgãos de comunicação social, mas Jardim não está minimamente preocupado.
"O Governo Regional tem formas de actuar que permitam que o 'Jornal da Madeira' esteja nas ruas todos os dias mesmo que não se chame 'Jornal da Madeira'", garantiu Jardim a um órgão de comunicação local, na chegada ao Porto Santo.
O presidente do Governo Regional da Madeira classificou de "patifaria" a proposta de lei que, a ser aprovada, que proíbe o Governo, os Governos Regionais e as autarquias de serem proprietários de órgãos de comunicação social. "Toda a gente percebe que é uma medida contra o 'Jornal da Madeira' e contra o Governo Regional, é uma atitude que eu classifico de pulhice".
Pedido de inconstitucionalidade a caminho
Na Assembleia da República, Sócrates já pode contar com um pedido de inconstitucionalidade por parte de alguns deputados social-democratas. "Os deputados do PSD eleitos pela Madeira vão pedir a inconstitucionalidade da proposta de lei", disse ao Expresso o assessor de imprensa de Alberto João Jardim.
Depois da alteração da Lei do Tabaco na Madeira, aprovada pela Assembleia Legislativa Regional, poderá estar para breve a adaptação da lei sobre a concentração da comunicação social, se esta for aprovada pela Assembleia da República.
Contribuintes pagam 6.200 euros por dia ao JM
Nos últimos 15 anos, os subsídios do Governo Regional ao JM ascenderam aos 34 milhões de euros. Em 2007, as verbas afectas àquele órgão regional da imprensa escrita rondou os 3,1 milhões de euros, sendo a média diária por edição de 6.200 euros.
Diploma de Lisboa com parecer favorável dos Açores acerta em cheio na Madeira.
O diploma intitulado 'Proposta de Lei do Pluralismo e da não Concentração nos Meios de Comunicação Social', que foi aprovado em Conselho de Ministros na semana passada, visa impedir que o Governo, os Governos Regionais e as autarquias detenham órgãos de comunicação social, com excepção feita ao serviço público de rádio e televisão.
A proposta de lei mereceu o parecer favorável dos Açores e acertou em cheio na Madeira. Apesar do parecer desfavorável do executivo madeirense, a proposta de lei passou no Conselho de Ministros e segue para a Assembleia da República. Se o diploma for aprovado, o Jornal da Madeira ficará numa situação de ilegalidade o que poderá obrigar Jardim a abdicar daquele órgão de imprensa escrita.
sábado, 7 de junho de 2008
Portugal-Turquia, 2-0 (ficha)
Portugal venceu a Turquia por 2-0 na estreia na fase final do Euo-2008. Pepe e Raul Meireles marcaram em Genebra o golo que coloca a Selecção Nacional na liderança do Grupo A. No outro jogo, a Rep. Checa venceu a Suíça por 1-0. O central do Real Madrid introduziu a bola na baliza na primeira parte, mas dessa vez o árbitro assinalou fora-de-jogo. Aos 61 minutos valeu: a passe de Nuno Gomes, Pepe empurrou a bola para a baliza e apontou o golo que garantiu a vitória de Portugal. A fechar a partida, Raul Meireles fez o segundo, depois de um grande pormenor de João Moutinho. A Selecção entrou bem no Euro 2008 e a vantagem foi mais dilatada, se tivessem dado certo oportunidades como a de Ronaldo à trave ou duas de Nuno Gomes, uma ao poste e outra à trave.
Portugal-Turquia, 2-0 (destaques)
Pepe - Foi dos últimos a chegar ao núcleo duro da selecção nacional mas não mais perdeu a confiança de Luiz Felipe Scolari. Compreendiam-se as eventuais reservas quanto à sua titularidade, mas ver Pepe a comandar aquela defesa, com uma beleza pouco digna para a posição de central, arregala a vista. Pelo ar, pelo chão, o luso-brasileiro varreu tudo com uma vassoura imaculada, como que chegando ao ponto de passar um abrilhantador logo a seguir. Festejou um golo anulado por fora-de-jogo tangencial mas vingou-se na etapa complementar. Foi por lá fora, serviu Ronaldo, recebeu de novo, furou até mais não, tabela em Nuno Gomes e força até ao fim. Brilhante.
Nuno Gomes - Travou duelo pouco equilibrado com o gigante Çetin, mas comprovou toda a sua valia na etapa complementar. Para os críticos, basta lembrar a participação de Nuno Gomes em três lances capitais. Bola no poste, assistência para o golo de Pepe, mais uma bola na trave. É pouco?
Cristiano Ronaldo - Demorou a entrar no jogo, quem sabe até por estratégia. O primeiro livre, por exemplo, foi marcado por Simão Sabrosa, com o jogador sobre quem recaem todos os focos a afastar-se da bola, graciosamente. Esse simples momento iludiu o adversário turco e, na oportunidade seguinte, lá veio a arte de um dos melhores (para quando a consagração?) jogadores do Mundo. Livre descaído para a directa, tudo à espera do cruzamento, e saiu bomba rasteira, daquelas traiçoeiras. Volkan sacudiu para o poste, mas o génio saiu da lâmpada e foi espalhando o pânico, mesmo com meio-mundo atrás de si.
Deco - Inteligência suprema ao serviço do colectivo, o luso-brasileiro comprovou a necessidade de uma participação ao mais alto nível no Campeonato da Europa. Com fome de bola, Deco volta a transpirar qualidade por todos os poros quando a exigência cresce. Artista para os grandes palcos e grandes jogos, o médio pautou o ritmo da selecção nacional, promoveu as desejadas variações de flanco e travou um duelo interessante com um conterrâneo, Mehmet Aurélio, o brasileiro da Turquia.
Simão Sabrosa - Excelente nos desequilíbrios pelo flanco esquerdo, sobretudo na primeira meia-hora. A bola ia para a direita, Cristiano Ronaldo chamava a atenção de um molho de jogadores turcos e, de repente, o pânico surgia do lado contrário. Estratégia clara de Scolari, confiando em Simão para partir para cima do adversário e chegar à área. Importante, ainda, nas bolas paradas. Aliás, o entendimento com Deco nesse tipo de lances permitiu um cruzamento perfeito para Pepe, num golo invalidado por posição irregular. Útil.
Mehmet Aurélio - Nascido no Brasil, Aurélio foi adoptado pela nação turca e justifica a presença naquele sector intermediário. Agora conhecido como Mehmet, Aurélio é, como se dizia, uma espécie de Paulo Assunção. Trinco à moda antiga, daqueles que não precisam de dar mais de dois toques na bola. Estuda o adversário e vai à procura da melhor posição para destruir sem esforço. Esteve a bom nível, mas não conseguiu suster a enxurrada lusa.
Nihat - É um avançado chato, muito chato mesmo. Não pára quieto por um segundo, vai a todas, insiste quando as coisas lhe correm bem e fica revoltado com o Mundo quando algo foge ao seu controlo. Se perde a bola, corre atrás e ainda aproveita para mandar umas bocas ao árbitro, para ver se depois tem melhor sorte. Ainda tentou arrancar uma grande penalidade, mas pagou pela má fama anterior. Ainda assim, desconcertante.
Euro 2008: Portugal estreia-se hoje com a Turquia
Portugal estreia-se hoje no Euro 2008 frente à Turquia, em Genebra (19h45, hora de Lisboa), depois de a anfitriã Suíça e a República Checa, também inseridas no Grupo A, darem o pontapé de saída da competição, em Basileia, a partir das 17h00. A equipa comandada por Luiz Felipe Scolari, que nunca falhou a passagem à segunda fase de um Campeonato Europeu, vai tentar repetir a tendência, embora nem sempre tenha ganho o primeiro jogo, como aconteceu no Euro 2004, com a Grécia (derrota por 2-1), que viria a sagrar-se campeã, betendo Portugal novamente na final (1-0). A história atribui o favoritismo à selecção portuguesa, que, em seis confrontos com a congénere turca, obteve cinco triunfos e apenas uma derrota, que data de 1955, num particular que corresponde ao primeiro jogo entre ambas. No último encontro entre portugueses e turcos, nos quartos-de-final do Euro 2000, a equipa portuguesa venceu por 2-0, com golos de Nuno Gomes, um dos capitães da selecção agora presente no Europeu da Áustria e Suíça. Sem problemas físicos, Portugal deverá apresentar o mesmo onze que defrontou a Geórgia no último jogo de preparação (vitória por 2-0), ou seja, Ricardo na baliza, Bosingwa, Pepe, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira na defesa, um meio-campo com Petit, João Moutinho e Deco e o ataque entregue a Cristiano Ronaldo, Simão e Nuno Gomes. Por seu turno, a Turquia deverá alinhar com Sabri, Zan, Servet e Balta, à frente de Volkan, um meio-campo com Marco Aurélio, Altintop e Emre e um ataque com Arda, Tuncay e Nihat. No encontro de abertura do Euro 2008, em Basileia, a anfitriã Suíça defronta a República Checa, procurando a primeira vitória em fases finais de europeus, depois de ter somado dois empates e quatro derrotas nas duas participações anteriores, embora venha de uma presença positiva no Mundial 2006 (oitavos-de-final). O capitão checo Tomas Ujfalusi recuperou da lesão e vai poder actuar na partida com a Suíça, que também deverá ter no seu onze Barnetta e Muller, igualmente recuperados. A equipa suíça poderá ser comandada pelo adjunto Michel Pont, uma vez que a mulher do seleccionador Kobi Kuhn está hospitalizada em Zurique, em coma induzido, depois de uma crise epiléptica.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Arrepio à chegada na Suiça
"Agarrar a oportunidade"
Hugo Almeida demonstrou satisfação pela época realizada ao serviço do Werder Bremen e explicou não saber para quem será a titularidade no onze português na estreia frente à Turquia, embora reconhecendo muita experiência em Nuno Gomes. “O Nuno é um jogador experiente e já deu muitas alegrias a Portugal. E a experiência é importante em fases finais. A mim compete-me fazer tudo para jogar e, quando tiver a minha oportunidade, vou fazer tudo para continuar a merecer a oportunidade”, esclareceu. Ainda assim, Hugo Almeida explicou ter “características diferentes” de Hélder Postiga e Nuno Gomes, os outros dois pontas-de-lança, e até assumiu que a qualidade dos extremos (Cristiano Ronaldo, Simão, Nani e Quaresma) favorecem o jogo de um avançado mais fixo na ala. O internacional luso, determinante com um golo na vitória sobre a Arménia (1-0), em Leiria, o penúltimo da fase de qualificação, disse ainda ser fundamental vencer o jogo com a Turquia, sábado, na estreia do Euro e afastou qualquer favoritismo luso no grupo A de acesso aos quartos-de-final do torneio. “Há maior nervosismo no jogo inaugural. Mas a Turquia não é fácil. Agora, se vencermos, vamos encarar as outras partidas de forma mais relaxada e tranquila”, explicou. “Nós, portugueses, fazemos com que Portugal seja grande" Os portugueses, apesar de viverem no país pequeno, conseguem tornar a nação grandiosa, disse hoje Pepe, em Neuchatel, na Suíça, no 15º dia de preparação para o Euro2008. “Nós, portugueses, fazemos com que Portugal seja grande, apesar de ser um país pequeno. Mas domingo, a recepção feita pelos adeptos demonstrou a força de Portugal”, disse. O jogador, questionado a propósito da recepção incrível dos portugueses, em Neuchatel, explicou que os adeptos “confiam na equipa” e revelou que os jogadores têm uma “vontade tremenda em retribuir tanta euforia”. “Senti um friozinho miudinho, porque estamos a defender uma pátria. Mas temos de separar a euforia da responsabilidade que temos. Eu, particularmente, estou a preparar-me para que a euforia não me influencie”, contou. Pepe falou ainda da sempre polémica questão do hino nacional, afirmando ser mais importante ter um “sentimento intenso” por Portugal. “Mais importante que saber o hino é sentir. E eu tenho um sentimento muito grande por Portugal. Nunca falei com Luiz Felipe Scolari e Deco sobre isso (são os dois também brasileiros de nacionalidade), porque eles não sabem o que sinto”, concluiu. Também Hugo Almeida considerou a recepção de “momento muito comovente” e admitiu mesmo ter sentido um “grande arrepio”. “Ainda não começámos o Euro e parecia que tínhamos sido campeões. Mostra a força que Portugal tem e, também por isso, temos de dar alegrias ao povo”, afirmou Hugo Almeida, enaltecendo ainda as condições do estádio La Maladière, local dos treinos da equipa. “A união é a base do sucesso”Questionado por várias vezes sobre o alegado interesse do Real Madrid no “7” da selecção portuguesa, Pepe afirmou que Cristiano Ronaldo está apenas preocupado com a participação no Europeu, apesar de reconhecer a sua importância na equipa. “O Cristiano é o melhor do Mundo, neste momento e para mim. É um profissional exemplar e um grande jogador. Mas não adianta estar a insistir. A selecção portuguesa vale pelo seu todo”, sublinhou. Pepe disse que todos os jogadores “estão aqui para defender uma nação” e considerou que Ronaldo não está nada preocupado com o seu futuro. “Ele (Cristiano) sabe quais as suas responsabilidades, tal como todos nós. É um jogador importante para nós, mas a união é a base do sucesso”, assegurou. O jogador desvalorizou as potenciais entradas duras que sejam feitas sobre Cristiano Ronaldo durante o Europeu e aplaudiu a escolha dos cinco capitães de equipa, a propósito da saída de Luís Figo ou outros “veteranos” da equipa das “quinas”. “O Figo tem sido um jogador muito importante para a selecção, mas temos outras referências. Os capitães foram escolhas e a selecção está bem servida a esse nível”, concluiu. “Determinação, confiança e seriedade”Pepe revelou ainda enorme “determinação, confiança e seriedade” para o Euro e enalteceu a qualidade da selecção lusa. “Estamos um bocado ansiosos. Eu, particularmente, porque é a minha primeira competição. Mas sabemos das nossas responsabilidades”, disse. O defesa central afastou a possibilidade de ter já garantida a titularidade, depois da inclusão no onze de sábado com a Geórgia, em Viseu, mas não teve dúvidas em considerar Ricardo Carvalho um dos elementos em destaque na equipa lusa. “Todos os jogadores têm de demonstrar trabalho e qualidade diariamente. Há uma vaga em aberto para mim, Fernando Meira e Bruno Alves. O mister sabe o que quer para a selecção”. Considerando que o nome dos jogadores ou os clubes em que alinham não influenciam o comportamento dos adversários, Pepe falou ainda da Turquia, primeira adversária na fase de grupos, sábado em Genebra. “Pressionam muito a zona na qual está a bola. Estamos a preparar bem esse jogo, porque temos de virar o jogo muitas vezes. Outra opção é arriscar o um para um e os cruzamentos”, afirmou. O internacional português disse ainda que a Suíça, “porque joga em casa”, necessita de trabalhos especiais na preparação, revelando ainda que os jogadores anfitriões são “rápidos” e fazem transições difíceis de gerir. Integrado no Grupo A, Portugal estreia-se no Campeonato Europeu a 07 de Junho, frente à Turquia, defrontando depois a República Checa, a 11, e a anfitriã Suíça, a 15.
Hugo Almeida demonstrou satisfação pela época realizada ao serviço do Werder Bremen e explicou não saber para quem será a titularidade no onze português na estreia frente à Turquia, embora reconhecendo muita experiência em Nuno Gomes. “O Nuno é um jogador experiente e já deu muitas alegrias a Portugal. E a experiência é importante em fases finais. A mim compete-me fazer tudo para jogar e, quando tiver a minha oportunidade, vou fazer tudo para continuar a merecer a oportunidade”, esclareceu. Ainda assim, Hugo Almeida explicou ter “características diferentes” de Hélder Postiga e Nuno Gomes, os outros dois pontas-de-lança, e até assumiu que a qualidade dos extremos (Cristiano Ronaldo, Simão, Nani e Quaresma) favorecem o jogo de um avançado mais fixo na ala. O internacional luso, determinante com um golo na vitória sobre a Arménia (1-0), em Leiria, o penúltimo da fase de qualificação, disse ainda ser fundamental vencer o jogo com a Turquia, sábado, na estreia do Euro e afastou qualquer favoritismo luso no grupo A de acesso aos quartos-de-final do torneio. “Há maior nervosismo no jogo inaugural. Mas a Turquia não é fácil. Agora, se vencermos, vamos encarar as outras partidas de forma mais relaxada e tranquila”, explicou. “Nós, portugueses, fazemos com que Portugal seja grande" Os portugueses, apesar de viverem no país pequeno, conseguem tornar a nação grandiosa, disse hoje Pepe, em Neuchatel, na Suíça, no 15º dia de preparação para o Euro2008. “Nós, portugueses, fazemos com que Portugal seja grande, apesar de ser um país pequeno. Mas domingo, a recepção feita pelos adeptos demonstrou a força de Portugal”, disse. O jogador, questionado a propósito da recepção incrível dos portugueses, em Neuchatel, explicou que os adeptos “confiam na equipa” e revelou que os jogadores têm uma “vontade tremenda em retribuir tanta euforia”. “Senti um friozinho miudinho, porque estamos a defender uma pátria. Mas temos de separar a euforia da responsabilidade que temos. Eu, particularmente, estou a preparar-me para que a euforia não me influencie”, contou. Pepe falou ainda da sempre polémica questão do hino nacional, afirmando ser mais importante ter um “sentimento intenso” por Portugal. “Mais importante que saber o hino é sentir. E eu tenho um sentimento muito grande por Portugal. Nunca falei com Luiz Felipe Scolari e Deco sobre isso (são os dois também brasileiros de nacionalidade), porque eles não sabem o que sinto”, concluiu. Também Hugo Almeida considerou a recepção de “momento muito comovente” e admitiu mesmo ter sentido um “grande arrepio”. “Ainda não começámos o Euro e parecia que tínhamos sido campeões. Mostra a força que Portugal tem e, também por isso, temos de dar alegrias ao povo”, afirmou Hugo Almeida, enaltecendo ainda as condições do estádio La Maladière, local dos treinos da equipa. “A união é a base do sucesso”Questionado por várias vezes sobre o alegado interesse do Real Madrid no “7” da selecção portuguesa, Pepe afirmou que Cristiano Ronaldo está apenas preocupado com a participação no Europeu, apesar de reconhecer a sua importância na equipa. “O Cristiano é o melhor do Mundo, neste momento e para mim. É um profissional exemplar e um grande jogador. Mas não adianta estar a insistir. A selecção portuguesa vale pelo seu todo”, sublinhou. Pepe disse que todos os jogadores “estão aqui para defender uma nação” e considerou que Ronaldo não está nada preocupado com o seu futuro. “Ele (Cristiano) sabe quais as suas responsabilidades, tal como todos nós. É um jogador importante para nós, mas a união é a base do sucesso”, assegurou. O jogador desvalorizou as potenciais entradas duras que sejam feitas sobre Cristiano Ronaldo durante o Europeu e aplaudiu a escolha dos cinco capitães de equipa, a propósito da saída de Luís Figo ou outros “veteranos” da equipa das “quinas”. “O Figo tem sido um jogador muito importante para a selecção, mas temos outras referências. Os capitães foram escolhas e a selecção está bem servida a esse nível”, concluiu. “Determinação, confiança e seriedade”Pepe revelou ainda enorme “determinação, confiança e seriedade” para o Euro e enalteceu a qualidade da selecção lusa. “Estamos um bocado ansiosos. Eu, particularmente, porque é a minha primeira competição. Mas sabemos das nossas responsabilidades”, disse. O defesa central afastou a possibilidade de ter já garantida a titularidade, depois da inclusão no onze de sábado com a Geórgia, em Viseu, mas não teve dúvidas em considerar Ricardo Carvalho um dos elementos em destaque na equipa lusa. “Todos os jogadores têm de demonstrar trabalho e qualidade diariamente. Há uma vaga em aberto para mim, Fernando Meira e Bruno Alves. O mister sabe o que quer para a selecção”. Considerando que o nome dos jogadores ou os clubes em que alinham não influenciam o comportamento dos adversários, Pepe falou ainda da Turquia, primeira adversária na fase de grupos, sábado em Genebra. “Pressionam muito a zona na qual está a bola. Estamos a preparar bem esse jogo, porque temos de virar o jogo muitas vezes. Outra opção é arriscar o um para um e os cruzamentos”, afirmou. O internacional português disse ainda que a Suíça, “porque joga em casa”, necessita de trabalhos especiais na preparação, revelando ainda que os jogadores anfitriões são “rápidos” e fazem transições difíceis de gerir. Integrado no Grupo A, Portugal estreia-se no Campeonato Europeu a 07 de Junho, frente à Turquia, defrontando depois a República Checa, a 11, e a anfitriã Suíça, a 15.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Aparições de Fátima
A peregrinação do 13 de Maio será uma das maiores dos últimos anos. Nossa Senhora de Fátima é como é conhecida, na religião católica romana, a Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo, pelos católicos ou outras pessoas que acreditam na sua aparição durante meses seguidos para três crianças em Fátima, localidade portuguesa, em 1917. A aparição é associada também a Nossa Senhora do Rosário, ou a combinação dos dois nomes, dando origem a Nossa Senhora do Rosário de Fátima, pois segundo os relatos, Nossa Senhora do Rosário teria sido o nome pelo qual ela se haveria identificado. História Três crianças, Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), afirmaram ter visto a Virgem Maria em 13 de Maio de 1917 (comemoram-se este ano os 90 anos das Aparições) quando apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria. Segundo relatos posteriores aos acontecimentos, por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, as crianças teriam visto uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, teriam decidido ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão teria iluminado o espaço, e teriam visto em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos penderia um terço branco. Segundo os fiéis, a Senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses. Assim, teriam assistido a outras aparições no mesmo local em 13 de Junho, 13 de Julho e 13 de Setembro. Em Agosto a aparição terá ocorrido no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho. A 13 de Outubro, estavam presentes alguns milhares de pessoas, e a aparição terá dito às crianças "eu sou a Senhora do Rosário" e terá pedido que fizessem ali uma capela em sua honra (que actualmente é a parte central do Santuário de Fátima). Alguns dos presentes afirmaram observar um milagre que teria sido prometido às três crianças em Julho e Setembro. Segundo uns, o Sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra. Segundo outros, o Sol movia-se para cima e para baixo. Segundo outros ainda, o Sol dançou. Tal fenómeno inexplicável foi testemunhado por muitas pessoas, até mesmo distantes do lugar da aparição (como é o caso do escritor Afonso Lopes Vieira), e o relato foi mesmo publicado na imprensa, por um jornalista que ali se deslocara. Contudo, outros houve que nada viram, como é o caso do escritor António Sérgio, que esteve presente no local e testemunhou que nada se passara de extraordinário com o Sol. Não há de facto quaisquer registos astronómicos do fenómeno, e nada observaram milhões de pessoas que à mesma hora nada assinalaram noutros pontos de observação de Portugal e da Europa. Lúcia terá afirmado também que a Guerra terminara naquele preciso instante, o que não aconteceu, o que não é geralmente mencionado em relatos recentes. Posteriormente, sendo Lúcia religiosa doroteia, Nossa Senhora ter-lhe-à aparecido novamente na Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13 para 14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Anos mais tarde, Lúcia contou ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, teria já aparecido um anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência, e afirmando ser o "Anjo de Portugal". Este anjo ensinou aos pastorinhos duas orações, conhecidas por Orações do Anjo, que entraram na piedade popular e são utilizadas sobretudo na adoração eucarística dos católicos.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
«Apito Final»: todas as decisões da Comissão Disciplinar
Boavista desce de divisão, F.C. Porto perde seis pontos, Pinto da Costa suspenso dois anos
Apito Final: decisão do Conselho de Justiça passível de recurso para os tribunais
Uma eventual decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aos recursos dos clubes no processo "Apito Final" ainda é passível de recurso para os tribunais administrativos, afirma o especialista de direito desportivo José Manuel Meirim.Os clubes, no caso de uma decisão negativa do CJ, "têm ainda aberta a via judiciária normal. Podem ir para os tribunais administrativos, interpor desde logo uma providência cautelar", explicou o jurista. No dia em que foram conhecidas as sanções aplicadas pela Comissão Disciplinar da Liga no processo que resultou das certidões extraídas do processo judicial "Apito Dourado", Meirim explicou ainda que o recurso para os tribunais administrativos terá "efeitos suspensivos.Esta suspensão, "terá efeitos suspensivos até ao momento em que em o tribunal venha a apreciar uma declaração de interesse público apresentada pela FPF", chamando a si as decisão.A Comissão Disciplinar da Liga anunciou a punição do FC Porto com a perda de seis pontos e do seu presidente, Pinto da Costa, com uma suspensão por dois anos, por tentativa de corrupção. O Boavista foi condenado à descida de divisão e João Loureiro, antigo presidente da SAD, foi suspenso por quatro anos, por coacção consumada sobre equipas de arbitragem. A União de Leiria, já despromovida à Liga de Honra por ser última classificada, foi punida com subtracção de três pontos e o seu presidente, João Bartolomeu, suspenso por um ano, por corrupção na forma tentada. A CD condenou ainda cinco árbitros a penas de suspensão por corrupção consumada: Augusto Duarte a seis anos, Jacinto Paixão a quatro anos, o já retirado Martins dos Santos a três anos e José Chilrito e Manuel Quadrado a dois anos e meio cada. Todos os implicados podem agora recorrer das decisões para o Conselho de Justiça da FPF, o qual não tem um prazo definido para deliberar. A Comissão Disciplinar da Liga tornou esta sexta-feira públicas as decisões em relação aos sete processos disciplinares abertos na sequência da investigação dos tribunais civis conhecida como Apito Dourado. Do processo que na justiça desportiva foi apelidado de Apito Final, ressalta sobretudo a condenação do Boavista à descida de divisão. Apesar disso, é necessário sublinhar que todas estas decisões ainda não são definitivas, uma vez que todas elas são passíveis de recurso para o Conselho de Justiça da Federação.
Recorde agora todas as decisões da Comissão Disciplinar:
Apito Final: decisão do Conselho de Justiça passível de recurso para os tribunais
Uma eventual decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aos recursos dos clubes no processo "Apito Final" ainda é passível de recurso para os tribunais administrativos, afirma o especialista de direito desportivo José Manuel Meirim.Os clubes, no caso de uma decisão negativa do CJ, "têm ainda aberta a via judiciária normal. Podem ir para os tribunais administrativos, interpor desde logo uma providência cautelar", explicou o jurista. No dia em que foram conhecidas as sanções aplicadas pela Comissão Disciplinar da Liga no processo que resultou das certidões extraídas do processo judicial "Apito Dourado", Meirim explicou ainda que o recurso para os tribunais administrativos terá "efeitos suspensivos.Esta suspensão, "terá efeitos suspensivos até ao momento em que em o tribunal venha a apreciar uma declaração de interesse público apresentada pela FPF", chamando a si as decisão.A Comissão Disciplinar da Liga anunciou a punição do FC Porto com a perda de seis pontos e do seu presidente, Pinto da Costa, com uma suspensão por dois anos, por tentativa de corrupção. O Boavista foi condenado à descida de divisão e João Loureiro, antigo presidente da SAD, foi suspenso por quatro anos, por coacção consumada sobre equipas de arbitragem. A União de Leiria, já despromovida à Liga de Honra por ser última classificada, foi punida com subtracção de três pontos e o seu presidente, João Bartolomeu, suspenso por um ano, por corrupção na forma tentada. A CD condenou ainda cinco árbitros a penas de suspensão por corrupção consumada: Augusto Duarte a seis anos, Jacinto Paixão a quatro anos, o já retirado Martins dos Santos a três anos e José Chilrito e Manuel Quadrado a dois anos e meio cada. Todos os implicados podem agora recorrer das decisões para o Conselho de Justiça da FPF, o qual não tem um prazo definido para deliberar. A Comissão Disciplinar da Liga tornou esta sexta-feira públicas as decisões em relação aos sete processos disciplinares abertos na sequência da investigação dos tribunais civis conhecida como Apito Dourado. Do processo que na justiça desportiva foi apelidado de Apito Final, ressalta sobretudo a condenação do Boavista à descida de divisão. Apesar disso, é necessário sublinhar que todas estas decisões ainda não são definitivas, uma vez que todas elas são passíveis de recurso para o Conselho de Justiça da Federação.
Recorde agora todas as decisões da Comissão Disciplinar:
Boavista SAD: - Descida de divisão - Multa de 180 mil euros
F.C. Porto SAD: - Subtracção de seis pontos na actual edição da BWIN Liga (2007/08) - Multa de 150 mil euros
U. Leiria SAD: - Subtracção de três pontos na actual edição da BWIN Liga (2007/08) - Multa de 4 mil euros
Pinto da Costa: - Suspensão de dois anos - Multa de 10 mil euros
João Loureiro: - Suspensão de quatro anos - Multa de 25 mil euros
João Bartolomeu: - Suspensão de um ano - Multa de 40 mil euros
Árbitro Augusto Duarte: - Suspensão de seis anos
Árbitro Jacinto Paixão: - Suspensão de quatro anos
Árbitro Martins dos Santos: - Suspensão de três anos
Árbitros assistentes José Chilrito e Manuel Quadrado: - Suspensão de dois anos e meio
Árbitro assistente Bernardino Silva: - Suspensão de dois anos e meio
quarta-feira, 30 de abril de 2008
1 de Maio dia do Trabalhador
O primeiro 1º de Maio em Portugal e no mundo
1 de Maio de 1886. Manifestação operária em Chicago termina com mortes e detenções. Três anos depois nascia o Dia do Trabalhador.
No século XIX, a pujança da “Revolução Industrial” conduziu à sujeição dos trabalhadores a condições desumanas de laboração. A necessidade de se produzir o máxima ao mais baixo custo não respeitava idades nem sexos. As organizações sindicais eram incipientes e perseguidas pelas autoridades policiais.
Em 1864 é criada a Primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, em Londres. A iniciativa surge num contexto de união entre líderes sindicais e activistas socialistas com vista a dar voz às lutas dos trabalhadores e às nações oprimidas. A esta associação se chamou mais tarde a Primeira Internacional Socialista que duraria sete anos. As divisões ideológicas entre as várias facções (sindicalistas, anarquistas, socialistas, republicanos e democratas radicais, entre outras) puseram fim à agremiação, mas deixaram mais explícitas as reivindicações e propostas pelas quais os trabalhadores se deveriam debater. A redução da jornada de trabalho para as 10 horas diárias era uma delas.
Os objectivos saídos desta Internacional tiveram eco no IV Congresso da American Federation of Labor, em Novembro de 1884. As negociações, sucessivamente falhadas com as entidades patronais, fizeram das cidades operárias um barril de pólvora pronto a explodir. Até que, em 1886, no dia 1 de Maio, teve início uma greve geral com a adesão de mais de 1 milhão de trabalhadores em todo o território norte-americano. A reacção a esta paralisação foi violenta.
Na cidade de Chicago a repressão policial foi especialmente dura. Ao quarto dia de manifestações (dia 4 de Maio) explodiu uma bomba entre a multidão matando dezenas de trabalhadores e alguns polícias. Deste incidente resultou a prisão de oito líderes do movimento. Quatro foram condenados à morte por enforcamento e os restantes a prisão perpétua. Em 1890, o Congresso americano vota a lei que estabelece a jornada de oito horas de trabalho e três anos mais tarde, depois da reabertura do processo que levou à condenação dos oito operários, conclui-se que a bomba que explodiu em Chicago tinha sido colocada pela própria polícia.
O luto fortaleceu a luta
Três anos depois da condenação dos que ficaram conhecidos como os “Mártires de Chicago” as repercussões sentiram-se na Europa. Assim, em 1889, a Segunda Internacional Socialista decidiu, em Paris, proclamar o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador em memória dos que morreram em Chicago.
Curiosos são os títulos de alguns jornais americanos a propósito das manifestações dos trabalhadores. O “Chicago Tribune” dizia na altura: “A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social”. O New York Tribune seguia a mesma linha: “Estes brutos só compreendem a força, uma força que possam recordar por várias gerações”. De sublinhar que nos EUA o chamado Labor Day festeja-se a 3 de Setembro e não a 1 de Maio.
Em Portugal
A decisão da Comuna de Paris, de decretar o 1º de Maio como o Dia Internacional do Trabalhador teve repercussões no nosso país. Diz-nos José Mattoso (in História de Portugal, vol. 5), que houve um reforço da luta do movimento operário português em finais do séc. XIX sendo "em torno da associação e da greve que gravita o próprio movimento operário". Entre 1852 e 1910 realizaram-se 559 greves no nosso país. A subida dos salários, a diminuição da jornada de trabalho e a melhoria das condições de laboração eram as principais exigências dos operários.
Mas, segundo o mesmo autor, o movimento operário alcançava grande força quando "aquelas (associações) a que hoje chamaríamos propriamente «sindicatos» se juntavam com as recreativas, as de socorros mútuos e os centros políticos". Tal ficou demonstrado no 1º de Maio de 1900 que juntou em Lisboa cerca de 40 mil pessoas, numa altura em que "as classes médias ainda viam as organizações de trabalhadores com alguma simpatia".
Durante a I República não se deixou de festejar o Dia do Trabalhador, mas sublinhe-se que um dos primeiros diplomas aprovados, com a instituição do novo regime, dizia respeito ao estabelecimento dos feriados nacionais e destes não constava o dia do trabalhador. Em 1933 é decretada a "unicidade sindical" e o "controle governamental dos sindicatos" esmorecendo um movimento operário que só ganharia novo ânimo na década de 40. Durante o Estado Novo as manifestações no Dia do Trabalho (e não do Trabalhador) eram organizadas e controladas pelo Estado.
O primeiro 1º de Maio celebrado em Portugal depois do 25 de Abril foi a maior manifestação alguma vez organizada no país. Só na cidade de Lisboa juntaram-se mais de meio milhão de pessoas. Para muitos, foi a forma dos portugueses demonstrarem a sua adesão ao 25 de Abril, que uma semana antes restituía ao país a democracia.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
QUE VIVA 25 DE ABRIL !
A Revolução de Abril pôs fim à ditadura fascista e à guerra colonial, restituiu a liberdade aos portugueses,
consagrou direitos essenciais dos trabalhadores e dos cidadãos, promoveu mudanças positivas nos valores e mentalidades, impulsionou transformações
económicas e sociais progressistas, abriu caminho à construção de um Portugal democrático.
A política de direita conduzida por sucessivos governos conduziu à destruição sistemática de grandes conquistas de Abril como as nacionalizações e a reforma agrária, recuperou o domínio económico e político do grande capital, enfraqueceu a soberania e a independência nacionais e de novo acentuou desigualdades e injustiças sociais.
Mas os grandes valores da Revolução de Abril criaram profundas raízes na sociedade portuguesa e continuam a inspirar a luta dos trabalhadores e de todos os cidadãos que acreditam que é possível e necessária uma sociedade mais participada, mais justa e mais democrática.
Celebrar hoje os 34 anos da Revolução de Abril significa não esquecer os crimes e a opressão da ditadura fascista e recusar as tentativas de branqueamento e desculpabilização do fascismo e da sua história.
É contrariar o conformismo, a passividade e a perda de memória.
É celebrar o que foi a luta contra a ditadura e as guerras coloniais e o carácter libertador do 25 de Abril.
É valorizar a modernidade e actualidade dos valores e do projecto libertador da Revolução de Abril como elemento indispensável de uma viragem á esquerda na política portuguesa que inscreva no futuro de
Portugal uma efectiva democracia política, económica, cultural e social.
48 anos de ditadura fascista
A não esquecer:
Supressão das liberdades de expressão, de reunião, manifestação e associação.
Proibição de partidos políticos, da liberdade sindical e do direito de greve.
Censura e repressão pela polícia política (só no período de 1932 a 1951, registadas 20 552 prisões políticas).
Perseguições, torturas e prisão de opositores activos à ditadura fascista 13 anos de guerras coloniais, com 10 000 mortos e 30 000 feridos entre os portugueses e muitos milhares de vítimas entre os povos das ex-colónias.
Uma sociedade vigiada, marcada pelo obscurantismo e pelo condicionamento da vida cultural.
Feroz exploração dos trabalhadores e atraso económico e social.
Domínio da economia nacional por 7 grandes grupos monopolistas.
O domínio da economia e da sociedade portuguesa pelos monopolistas e latifundiários aliados ao capital estrangeiro,
afinal os grandes beneficiários da ditadura fascista, fez com que
Portugal chegasse ao 25 de Abril de 1974 como o país mais atrasado da Europa.
A emigração de milhão e meio de portugueses entre 1961 e 1973, que deixaram o país em busca lá fora do trabalho e da liberdade que cá lhes era negado, constitui a mais pungente denúncia da brutalidade e injustiça da ditadura que então existia em Portugal.
Fruto de uma prolongada sementeira de luta e de resistência.
O levantamento militar dirigido pelos heróicos capitães do MFA (Movimento das Forças Armadas) que derrubou o regime fascista e abriu a estrada da liberdade e da democracia, não foi um acontecimento isolado. A iniciativa militar culminou décadas de resistência e de luta contra o fascismo. Foi imediatamente apoiada por um amplo e entusiástico levantamento popular em todo o País, com destaque para as inesquecíveis manifestações do 1º Maio, que constituiu factor decisivo para consolidar a vitória
sobre o regime fascista e assegurar a democracia nascente.
25 de Abril e 1º Maio são tão inseparáveis na celebração da vitória da democracia, como são inseparáveis o contributo dos militares do MFA e da participação massiva dos trabalhadores e do povo português na Revolução de Abril.
terça-feira, 22 de abril de 2008
25 de Abril de 1974
Antecedentes:
A Guerra do Ultramar, um dos precedentes para a revolução na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, foi implementado em Portugal um regime autoritário de inspiração fascista. Em 1933 o regime é remodelado, auto - denominado - se Estado Novo e Oliveira Salazar passou a controlar o país, não mais abandonando o poder até 1968, quando este lhe foi retirado por incapacidade, na sequência de uma queda em que sofreu lesões cerebrais. Foi substituído por Marcelo Caetano que dirigiu o país até ser deposto no 25 de Abril de 1974.Sob o governo do Estado Novo, Portugal foi sempre considerado uma ditadura, quer pela oposição, quer pelos observadores estrangeiros quer mesmo pelos próprios dirigentes do regime. Formalmente, existiam eleições, mas estas foram sempre contestadas pela oposição, que sempre acusaram o governo de fraude eleitoral e de desrespeito pelo dever de imparcialidade.O Estado Novo possuía uma polícia política, a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), uma evolução da ex. - PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), mais tarde DGS (Direcção-Geral de Segurança), que perseguia os opositores do regime. De acordo com a visão da história dos ideólogos do regime, o país manteve uma política baseada na manutenção das colónias do "Ultramar", ao contrário da maior parte dos países europeus que então desfaziam os seus impérios coloniais. Apesar da contestação nos fóruns mundiais, como na ONU, Portugal manteve uma política de força, tendo sido obrigado, a partir do início dos anos 60, a defender militarmente as colónias contra os grupos independentistas em Angola, Guiné e Moçambique.Economicamente, o regime manteve uma política de condicionamento industrial que resultava no monopólio do mercado português por parte de alguns grupos industriais e financeiros (a acusação de plutocracia é frequente). O país permaneceu pobre até à década de 1960, o que estimulou a emigração. Notou-se, contudo, um ligeiro desenvolvimento económico a partir desta década.o Marcelismo e as Relações Internacionais portuguesas nos anos que antecederam o derrube do Estado Novo: o mito do "orgulhosamente sós"Nos inícios dos anos 1970 o regime autoritário do Estado Novo continuava a pesar sob Portugal. O seu fundador, António Oliveira Salazar, foi destituído em 1968 por incapacidade e veio a falecer em 1970, sendo substituído por Marcelo Caetano na direcção do regime. Qualquer tentativa de reforma política foi impedida pela própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política (PIDE). O regime exilava-se, envelhecido num mundo ocidental em plena efervescência social e intelectual de finais de década de 60, obrigando Portugal a defender pelas forças das armas o Império Português, instalado no imaginário dos ideólogos do regime. Para tal, o país viu-se obrigado a investir grandes esforços numa guerra colonial de pacificação, atitude que contrastava com o resto das potências coloniais que tratavam de assegurar-se da saída do continente africano da forma mais conveniente.O contexto internacional não era favorável ao regime salazarista/marcelista. Com o auge da Guerra Fria, as nações dos blocos Capitalista e Comunista apoiaram e financiaram as guerrilhas das colónias portuguesas, numa tentativa de as atrair para a influência americana ou soviética. A intransigência do regime e mesmo o desejo de muitos colonos de continuarem sob o domínio português, atrasaram o processo de descolonização por quase 20 anos, no caso de Angola e Moçambique. Ao contrário de outras Potências Coloniais Europeias, Portugal mantinha laços fortes e duradouros com as suas colónias africanas. Para muitos portugueses um Império Colonial era necessário para um poder e influência contínuos. Contrastando com Inglaterra e França, os colonizadores portugueses casaram e constituíram família entre os colonos nativos. Apesar das constantes objecções em fóruns nacionais, como a ONU, Portugal manteve as suas colónias como parte integral de Portugal, sentindo-se portanto obrigado a defendê-las militarmente de grupos armados de influência comunista, particularmente após a anexação unilateral e forçada dos enclaves portugueses de Goa, Damão e Diu, em 1991. Em quase todas as colónias portuguesas africanas – Moçambique, Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde – surgiram movimentos independentistas, que acabaram por se manifestar sob a forma de guerrilhas armadas. Excepto no caso da Guiné, estas guerrilhas foram facilmente contidas pelas forças portuguesas, apesar dos diversos embargos ao armamento militar fornecido a Portugal. No entanto, os vários conflitos forçaram Salazar e o seu sucessor Caetano a gastar uma maior parte do orçamento de Estado na administração colonial e despesas militares, sendo que cedo Portugal viu-se um pouco isolado do resto do Mundo Após a ascensão de Caetano ao poder, a guerra colonial tornou-se num forte motivo de discussão e num assunto muito focado por parte das forças anti - regime. Muitos estudantes e manifestantes contra a guerra foram forçados a abandonar o país para escapar à prisão e tortura. Economicamente, o regime mantinha a sua política de Corporativismo, o que resultou na concentração da economia portuguesa nas mãos de meia dúzia de industriais. No entanto, a economia crescia fortemente, especialmente após 1950 e Portugal foi mesmo confunda dor da EFTA, OCDE e NATO. A Administração das colónias custava a Portugal um aumento percentual anual no seu orçamento e tal contribuiu para o empobrecimento da Economia Portuguesa, pois o dinheiro era desviado de investimentos infraestruturais na metrópole. Até 1960 o país continuou relativamente pobre, o que estimulou a emigração, após a Segunda Guerra Mundial, para países em rápido crescimento e de escassa mão-de-obra da Europa Ocidental, como França ou Alemanha. Para muitos o Governo português estava envelhecido, sem resposta aparente para um mundo em grande mudança cultural e intelectual.A guerra colonial gerou conflitos entre a sociedade civil e militar, tudo isto ao mesmo tempo que o modelo económico imposto pelo regime fazia com que o país permanecesse pobre, gerando uma forte emigração. Em Fevereiro de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime a destituir o general António Spínola e os seus apoiantes, quando tentava modificar o curso da política colonial portuguesa, que se revelava demasiado dispendiosa para o país. Nesse momento, em que são reveladas as divisões existentes no seio da elite do regime, o MFA, movimento secreto e clandestino, decide levar adiante uma revolução. O movimento nasce secretamente em 1973 da conspiração de alguns oficiais do exército, primeiramente preocupados com questões profissionais.
Preparação:
Monumento em Grândola a primeira reunião clandestina de capitães foi realizada em Bissau, em 21 de Agosto de 1973. Uma nova reunião, em 9 de Setembro de 1973 no Monte Sobral (Alcáçovas) dá origem ao Movimento das Forças Armadas. No dia 5 de Março de 1974 é aprovado o primeiro documento do movimento: "Os Militares, as Forças Armadas e a Nação". Este documento é posto a circular clandestinamente. No dia 14 de Março o governo demite os generais Spínola e Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, alegadamente, por estes se terem recusado a participar numa cerimónia de apoio ao regime. No entanto, a verdadeira causa da expulsão dos dois Generais foi o facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar. No dia 24 de Março a última reunião clandestina decide o derrube do regime pela força.
Movimentações militares durante a Revolução:
Ver cronologia completa de eventos em Cronologia da Revolução dos Cravos. No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.O golpe militar do dia 25 de Abril teve a colaboração de vários regimentos militares que desenvolveram uma acção concertada.No Norte, uma força do CICA 1 liderada pelo Tenente-Coronel Carlos Azeredo toma o Quartel-General da Região Militar do Porto. Estas forças são reforçadas por forças vindas de Lamego. Forças do BC9 de Viana do Castelo tomam o Aeroporto de Pedras Rubras. Forças do CIOE tomam a RTP e o RCP no Porto. O regime reagiu, e o ministro da Defesa ordenou a forças sedeadas em Braga para avançarem sobre o Porto, no que não foi obedecido, já que estas já tinham aderido ao golpe.À Escola Prática de Cavalaria, que partiu de Santarém, coube o papel mais importante: a ocupação do Terreiro do Paço. As forças da Escola Prática de Cavalaria eram comandadas pelo então Capitão Salgueiro Maia. O Terreiro do Paço foi ocupado às primeiras horas da manhã. Salgueiro Maia moveu, mais tarde, parte das suas forças para o Quartel do Carmo onde se encontrava o chefe do governo, Marcelo Caetano, que ao final do dia se rendeu, fazendo, contudo, a exigência de entregar o poder ao General António de Spínola, que não fazia parte do MFA, para que o "poder não caísse na rua". Marcelo Caetano partiu, depois, para a Madeira, rumo ao exílio no Brasil.A revolução, apesar de ser frequentemente qualificada como "pacífica", resultou, contudo, na morte de 4 pessoas, quando elementos da polícia política dispararam sobre um grupo que se manifestava à porta das suas instalações na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa.
Cravo:
O cravo tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974; Com o amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, apoiando os soldados revoltosos; alguém (existem várias versões, sobre quem terá sido, mas uma delas é que uma florista contratada para levar cravos para a abertura de um hotel, foi vista por um soldado que pôs um cravo na espingarda, e em seguida todos o fizeram), começou a distribuir cravos vermelhos pelos soldados, que depressa os colocaram nos canos das espingardas.
Consequências:
Mural na Chamusca, com uma dedicatória ao 25 de Abril no dia seguinte, forma-se a Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta entre a esquerda e a direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.A guerra colonial acabou e, durante o PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
VIDA DE TONY CARREIRA EM LIVRO
O cantor Tony Carreira lançou recentemente uma autobiografia onde revela que quer gravar um fado de Amália, escolhe o seu melhor concerto de sempre e desvenda que, por vontade do pai, teria sido mecânico.
Coincidindo com os vinte anos de palco, Tony Carreira lançou o livro "A vida que eu escolhi", disponibilizado por altura do seu último concerto no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.
O livro foi escrito pelo jornalista Rui Pedro Brás e reproduz as dezenas de horas de "conversas informais" que o autor teve com o cantor romântico. "Eu já tinha feito vários trabalhos sobre o Tony e propus-lhe há um ano fazermos uma autobiografia", disse o autor à agência Lusa, sublinhando que foi apenas um "intermediário" na narração da história do artista.
No entender de Rui Pedro Brás, a vida de Tony Carreira "está repleta de experiências maravilhosas e interessantes", mas o livro dá conta ainda "dos sacrifícios, da família que ficou para segundo plano, da vida complicada que teve".
Ao longo de quase 200 páginas, Tony Carreira partilha o lado mais pessoal e íntimo, a infância passada em Armadouro, onde pastou cabras e viveu longe dos pais, a adolescência em Paris, para onde os pais emigraram e onde nasceu a paixão pela música. As suas histórias são ilustradas por várias fotografias, a maioria retratos de família, do casamento, dos filhos, dos concertos e reproduções de capas de discos.
Os fãs do cantor ficarão ainda a saber como é que surgiu um dos seus grandes êxitos - "Ai destino, ai destino" - como é que conheceu a mulher com quem está casado há 23 anos e os obstáculos que ultrapassou para chegar ao patamar dos mais bem sucedidos cantores românticos da actualidade.
"Não me sinto um ídolo, um cantor que arrasta multidões, alguém que soma discos de platina e enche salas pelo mundo inteiro", diz Tony Carreira. "Sinto-me o mesmo menino que, já mais de trinta anos, abandonou a sua terra em busca de sonho", conclui o cantor. Veja aqui o vídeo da música com o mesmo nome da sua autobiografia.
Mais sobre a vida que Tony escolheuTony Carreira nasceu António Antunes numa casa humilde em Armadouro, na Beira Baixa. O pai emigrou para França poucos dias de nascer e foi o avô António - a quem dedica o livro - que mais o marcou na infância. Diz que era um miúdo reguila, guloso por bolachas Maria e que na adolescência, já em França, se sentiu completamente desenraizado em relação aos rapazes do seu tempo. Trabalhou numa fábrica de enchidos para ganhar dinheiro, mas ainda hoje confessa que detestava o que fazia.
Apesar de hoje esgotar salas de espectáculos e vender milhares de discos, Tony Carreira conta que nem sempre teve sucesso, que fez discos maus e que sacrificou a vida pessoal e a educação dos filhos por causa da vida artística. É por isso que dá mais valor à família e não renega as origens humildes: "Quando não temos nada, aprendemos a dar valor aos mais pequenos prazeres da vida".
Cumpridos os vinte anos, Tony Carreira diz que quer continuar a fazer discos e mostrá-los ao vivo num estádio de futebol e numa digressão acústica em salas pequenas, para estar mais perto do público. Num dos próximos álbuns, é provável que Tony Carreira inclua a primeira canção que se lembra de ter ouvido, o fado "Lágrima", interpretado por Amália Rodrigues. Para ele é "a canção mais bonita do mundo".
Apesar de hoje esgotar salas de espectáculos e vender milhares de discos, Tony Carreira conta que nem sempre teve sucesso, que fez discos maus e que sacrificou a vida pessoal e a educação dos filhos por causa da vida artística. É por isso que dá mais valor à família e não renega as origens humildes: "Quando não temos nada, aprendemos a dar valor aos mais pequenos prazeres da vida".
Cumpridos os vinte anos, Tony Carreira diz que quer continuar a fazer discos e mostrá-los ao vivo num estádio de futebol e numa digressão acústica em salas pequenas, para estar mais perto do público. Num dos próximos álbuns, é provável que Tony Carreira inclua a primeira canção que se lembra de ter ouvido, o fado "Lágrima", interpretado por Amália Rodrigues. Para ele é "a canção mais bonita do mundo".
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