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quinta-feira, 24 de abril de 2008

QUE VIVA 25 DE ABRIL !


A Revolução de Abril pôs fim à ditadura fascista e à guerra colonial, restituiu a liberdade aos portugueses,
consagrou direitos essenciais dos trabalhadores e dos cidadãos, promoveu mudanças positivas nos valores e mentalidades, impulsionou transformações
económicas e sociais progressistas, abriu caminho à construção de um Portugal democrático.
A política de direita conduzida por sucessivos governos conduziu à destruição sistemática de grandes conquistas de Abril como as nacionalizações e a reforma agrária, recuperou o domínio económico e político do grande capital, enfraqueceu a soberania e a independência nacionais e de novo acentuou desigualdades e injustiças sociais.
Mas os grandes valores da Revolução de Abril criaram profundas raízes na sociedade portuguesa e continuam a inspirar a luta dos trabalhadores e de todos os cidadãos que acreditam que é possível e necessária uma sociedade mais participada, mais justa e mais democrática.
Celebrar hoje os 34 anos da Revolução de Abril significa não esquecer os crimes e a opressão da ditadura fascista e recusar as tentativas de branqueamento e desculpabilização do fascismo e da sua história.
É contrariar o conformismo, a passividade e a perda de memória.
É celebrar o que foi a luta contra a ditadura e as guerras coloniais e o carácter libertador do 25 de Abril.
É valorizar a modernidade e actualidade dos valores e do projecto libertador da Revolução de Abril como elemento indispensável de uma viragem á esquerda na política portuguesa que inscreva no futuro de
Portugal uma efectiva democracia política, económica, cultural e social.

48 anos de ditadura fascista
A não esquecer:


Supressão das liberdades de expressão, de reunião, manifestação e associação.
Proibição de partidos políticos, da liberdade sindical e do direito de greve.
Censura e repressão pela polícia política (só no período de 1932 a 1951, registadas 20 552 prisões políticas).
Perseguições, torturas e prisão de opositores activos à ditadura fascista 13 anos de guerras coloniais, com 10 000 mortos e 30 000 feridos entre os portugueses e muitos milhares de vítimas entre os povos das ex-colónias.
Uma sociedade vigiada, marcada pelo obscurantismo e pelo condicionamento da vida cultural.
Feroz exploração dos trabalhadores e atraso económico e social.
Domínio da economia nacional por 7 grandes grupos monopolistas.
O domínio da economia e da sociedade portuguesa pelos monopolistas e latifundiários aliados ao capital estrangeiro,
afinal os grandes beneficiários da ditadura fascista, fez com que
Portugal chegasse ao 25 de Abril de 1974 como o país mais atrasado da Europa.
A emigração de milhão e meio de portugueses entre 1961 e 1973, que deixaram o país em busca lá fora do trabalho e da liberdade que cá lhes era negado, constitui a mais pungente denúncia da brutalidade e injustiça da ditadura que então existia em Portugal.
Fruto de uma prolongada sementeira de luta e de resistência.
O levantamento militar dirigido pelos heróicos capitães do MFA (Movimento das Forças Armadas) que derrubou o regime fascista e abriu a estrada da liberdade e da democracia, não foi um acontecimento isolado. A iniciativa militar culminou décadas de resistência e de luta contra o fascismo. Foi imediatamente apoiada por um amplo e entusiástico levantamento popular em todo o País, com destaque para as inesquecíveis manifestações do 1º Maio, que constituiu factor decisivo para consolidar a vitória
sobre o regime fascista e assegurar a democracia nascente.
25 de Abril e 1º Maio são tão inseparáveis na celebração da vitória da democracia, como são inseparáveis o contributo dos militares do MFA e da participação massiva dos trabalhadores e do povo português na Revolução de Abril.

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