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sábado, 7 de junho de 2008

Portugal-Turquia, 2-0 (ficha)


Portugal venceu a Turquia por 2-0 na estreia na fase final do Euo-2008. Pepe e Raul Meireles marcaram em Genebra o golo que coloca a Selecção Nacional na liderança do Grupo A. No outro jogo, a Rep. Checa venceu a Suíça por 1-0. O central do Real Madrid introduziu a bola na baliza na primeira parte, mas dessa vez o árbitro assinalou fora-de-jogo. Aos 61 minutos valeu: a passe de Nuno Gomes, Pepe empurrou a bola para a baliza e apontou o golo que garantiu a vitória de Portugal. A fechar a partida, Raul Meireles fez o segundo, depois de um grande pormenor de João Moutinho. A Selecção entrou bem no Euro 2008 e a vantagem foi mais dilatada, se tivessem dado certo oportunidades como a de Ronaldo à trave ou duas de Nuno Gomes, uma ao poste e outra à trave.


Portugal-Turquia, 2-0 (destaques)

Pepe - Foi dos últimos a chegar ao núcleo duro da selecção nacional mas não mais perdeu a confiança de Luiz Felipe Scolari. Compreendiam-se as eventuais reservas quanto à sua titularidade, mas ver Pepe a comandar aquela defesa, com uma beleza pouco digna para a posição de central, arregala a vista. Pelo ar, pelo chão, o luso-brasileiro varreu tudo com uma vassoura imaculada, como que chegando ao ponto de passar um abrilhantador logo a seguir. Festejou um golo anulado por fora-de-jogo tangencial mas vingou-se na etapa complementar. Foi por lá fora, serviu Ronaldo, recebeu de novo, furou até mais não, tabela em Nuno Gomes e força até ao fim. Brilhante.
Nuno Gomes - Travou duelo pouco equilibrado com o gigante Çetin, mas comprovou toda a sua valia na etapa complementar. Para os críticos, basta lembrar a participação de Nuno Gomes em três lances capitais. Bola no poste, assistência para o golo de Pepe, mais uma bola na trave. É pouco?
Cristiano Ronaldo - Demorou a entrar no jogo, quem sabe até por estratégia. O primeiro livre, por exemplo, foi marcado por Simão Sabrosa, com o jogador sobre quem recaem todos os focos a afastar-se da bola, graciosamente. Esse simples momento iludiu o adversário turco e, na oportunidade seguinte, lá veio a arte de um dos melhores (para quando a consagração?) jogadores do Mundo. Livre descaído para a directa, tudo à espera do cruzamento, e saiu bomba rasteira, daquelas traiçoeiras. Volkan sacudiu para o poste, mas o génio saiu da lâmpada e foi espalhando o pânico, mesmo com meio-mundo atrás de si.
Deco - Inteligência suprema ao serviço do colectivo, o luso-brasileiro comprovou a necessidade de uma participação ao mais alto nível no Campeonato da Europa. Com fome de bola, Deco volta a transpirar qualidade por todos os poros quando a exigência cresce. Artista para os grandes palcos e grandes jogos, o médio pautou o ritmo da selecção nacional, promoveu as desejadas variações de flanco e travou um duelo interessante com um conterrâneo, Mehmet Aurélio, o brasileiro da Turquia.
Simão Sabrosa - Excelente nos desequilíbrios pelo flanco esquerdo, sobretudo na primeira meia-hora. A bola ia para a direita, Cristiano Ronaldo chamava a atenção de um molho de jogadores turcos e, de repente, o pânico surgia do lado contrário. Estratégia clara de Scolari, confiando em Simão para partir para cima do adversário e chegar à área. Importante, ainda, nas bolas paradas. Aliás, o entendimento com Deco nesse tipo de lances permitiu um cruzamento perfeito para Pepe, num golo invalidado por posição irregular. Útil.
Mehmet Aurélio - Nascido no Brasil, Aurélio foi adoptado pela nação turca e justifica a presença naquele sector intermediário. Agora conhecido como Mehmet, Aurélio é, como se dizia, uma espécie de Paulo Assunção. Trinco à moda antiga, daqueles que não precisam de dar mais de dois toques na bola. Estuda o adversário e vai à procura da melhor posição para destruir sem esforço. Esteve a bom nível, mas não conseguiu suster a enxurrada lusa.
Nihat - É um avançado chato, muito chato mesmo. Não pára quieto por um segundo, vai a todas, insiste quando as coisas lhe correm bem e fica revoltado com o Mundo quando algo foge ao seu controlo. Se perde a bola, corre atrás e ainda aproveita para mandar umas bocas ao árbitro, para ver se depois tem melhor sorte. Ainda tentou arrancar uma grande penalidade, mas pagou pela má fama anterior. Ainda assim, desconcertante.

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