Dois milhões de pobres em Portugal
Dois milhões de pobres em Portugal – Números têm vindo a agravar-se nos últimos anos
Segundo os últimos números, e apesar de todos os recursos canalizados nos últimos anos para o combate à pobreza, há em Portugal cerca de dois milhões de pobres, número que continuará a aumentar nos próximos anos. É verdade que há estagnação económica, e há desemprego. Mas a estagnação só por si não pode ser responsável por aumento da pobreza, e o desemprego é ainda baixo quando comparado com a média da União Europeia, e em particular quando comparado com a vizinha Espanha. Então como explicar este crescente número de pobres em Portugal? Segundo noticiou ontem a SIC notícias, a causa para o aumento da pobreza em Portugal é a imigração.
Em Portugal existem legalizados cerca de 500 000 imigrantes, número que não inclui os imigrantes ilegais (em número indeterminado), os imigrantes naturalizados (os imigrantes de países de expressão Portuguesa têm direito à nacionalidade Portuguesa ao fim de seis anos de permanência em Portugal) nem os filhos dos imigrantes. Todos estes são potenciais pobres resultantes do fenómeno da imigração. O número estimado de novos imigrantes que entram em Portugal todos os anos não deverá andar longe dos 100 000.
Seja qual for o valor exacto, é uma grande quantidade de imigrantes que todos os anos chegam a Portugal. A grande maioria destes imigrantes é pobre, alguns são mesmo muito pobres, e todos os anos este número é adicionado ao número dos pobres já existentes em Portugal. Por mais que alguns sectores retrógrados da sociedade tentem esconder o facto, a verdade é por demasiado evidente: Cada imigrante pobre que entra em Portugal, é mais um pobre a viver em Portugal.
Contudo os focos de pobreza introduzida pela imigração em Portugal não afectam apenas imigrantes. O fenómeno é em tudo análogo ao que ocorre com a introdução de um cubo de gelo num copo de água. Através dos mecanismos de redistribuição de calor o cubo de gelo acaba eventualmente por se derreter, ao passo que toda a água arrefece. Com a imigração passa-se um fenómeno semelhante, os mecanismos de redistribuição de riqueza permitirão aos imigrantes gradualmente melhorar a sua condição económica, mas isso é feito às custas da degradação das condições de vida da restante população. A imigração não aumenta o rendimento capital (riqueza produzida por habitante), antes pelo contrário reduz esse rendimento, pela a riqueza disponível por habitante é menor e o país como um todo empobrece.
A população de um país mais atingida pela chegada de imigrantes é precisamente aquela que à partida já era a mais desfavorecida. Os imigrantes são em geral tão ou mais pobres que eles, pelo que a acção do Estado no combate à pobreza através da atribuição de habitação e apoios sociais que beneficia em primeiro lugar os mais pobres, beneficiará portanto prioritariamente os imigrantes. Mesmo os Portugueses em situação de pobreza mais desesperante terão que partilhar com os imigrantes os recursos gastos pelo Estado nesta área. Mas não é tudo, os imigrantes causam também um grave problema de desemprego entre as classes mais desfavorecidas, pois é com eles que competem pela procura de emprego. Os salários por seu turno também descem consideravelmente em virtude de serem nivelados por baixo, como consequência da lei da oferta e da procura.
A classe média é também altamente penalizada pela imigração, pois apesar de não sofrerem uma concorrência directa no que diz respeito a empregos ou a apoios sociais, são eles que vão contribuir com a parte de leão para pagar os custos financeiros da integração dos imigrantes (habitação, saúde, apoios sociais, etc.).
Por fim, alguém beneficia com a imigração: os ricos. O patronato, os empresários e os capitalistas todos eles beneficiam com a existência de mão-de-obra barata e abundante que lhes proporciona chorudos lucros. O resultado está bem à vista: em Portugal, nos anos últimos anos houveram uma quebra acentuada no comércio automóvel e de habitação. No entanto, apesar da crise no consumo e da estagnação económica, a venda de automóveis de luxo e de andares de luxo aumentou extraordinariamente: É a classe média a pagar os custos de integração dos imigrantes e os ricos a passearem-se nos Ferraris que compraram com o dinheiro que pouparam em salários.
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