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domingo, 4 de março de 2007

Carta ao 1º Ministro Artigo de opinião de Diana Karina


Caro Sr. Primeiro-ministro

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao seu esforço de modernizações do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.

Vou explicar: Na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário 20 para o IRS e 11 para a Segurança Social.

Como pode ver, sou um cidadão afortunado.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o Estado, e muito bem, fica com 19% para si (31% + 19% = 50)

Sou obrigada a concordar que é pouco dinheiro para governar fazer tudo aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral.

Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75% daquilo que me paga a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado (50 + 23,75 + 33 = 106,75).

Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.

A minha sugestão, é invertermos a percentagem. A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário.

Funcionário assim: Eu fico com 6,75% limpinhos, sem qualquer ónus mas o Governo fica com as contas de:

  • Despesas Escolares,
  • Seguro de Saúde,
  • Despesas com médicos,
  • Medicamentos,
  • Materiais escolares,
  • Condomínio,
  • Água
  • Luz,
  • Telefone,
  • Energia,
  • Supermercado,
  • Gasolina,
  • Vestuário,
  • Lazer,
  • Portagens,
  • Cultura,
  • Contribuição Autárquica,
  • IVA,
  • IRS,
  • IRC,
  • Imposto de Circulação,
  • Segurança Social,
  • Inspecção Periódica,
  • Taxas do lixo, reciclagem, esgotos e saneamento,
  • É todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.
  • Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivos, Legislação e Judiciário.

Um abraço Sr. Primeiro-ministro e muita boa sorte, do fundo do meu coração!

Ass: Um trabalhador que já não mais sabe o que fazer para conseguir sobreviver com dignidade.

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