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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

CÉREBRO DE PEDÓFILOS MOSTRA DIFERENÇAS


Cérebro de pedófilos mostra diferenças, diz estudo


Cientistas britânicos dizem ter encontrado diferenças nas atividades cerebrais de pedófilos. Uma equipe da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, afirma ter descoberto que a atividade em determinadas partes do cérebro de pedófilos era menor do que nos cérebros de voluntários, quando ambos os grupos eram submetidos a vídeos de pornografia adulta. A revista Biological Psychiatry, que publicou a pesquisa, acredita que esta foi a primeira vez em que se identificaram diferenças nos padrões de pensamento dos pedófilos. O estudo mapeou a atividade cerebral de voluntários pedófilos e não-pedófilos por meio de exames de ressonância magnética, uma técnica que permite que a atividade cerebral seja gravada à medida que o paciente vai pensando. Ao pedirem aos pacientes que olhassem para imagens de pornografia adulta, os pesquisadores observaram que a atividade do hipotálamo, uma parte do cérebro responsável pela produção e liberação dos hormônios, foi menor entre os pedófilos. Neurobiologia No entanto, o médico John Krystal, editor da publicação, disse não saber se os resultados obtidos pelo estudo poderiam ser usados para prever os riscos de certas pessoas desenvolverem pedofilia. "As descobertas fornecem pistas sobre a complexidade desta desordem, e este déficit (da atividade cerebral) pode predispor indivíduos que são vulneráveis à pedofilia a procurar outras fórmulas de estímulo". O autor da pesquisa, Georg Northoff, acredita que os resultados podem ser vistos como o "primeiro passo para estabelecer a neurobiologia da pedofilia, que em último caso poderá contribuir para desenvolver novas terapias para tratar o problema". Há fortes evidências no meio médico de que problemas em certas áreas do cérebro podem contribuir para sentimentos de atração sexual por crianças. Em alguns casos, pacientes com tumor em uma área específica do cérebro desenvolveram tais sentimentos, dos quais se livraram apenas quando o tumor foi removido.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Desaparecimento de Madeleine McCann


Desaparecimento de Madeleine McCann
3 De Maio de 2007

Madeleine desaparece em Praia da Luz
A menina britânica Madeleine McCann é vista pela última vez em apartamento de resort Ocean Club, na Praia da Luz, em Portugal. Os pais Gerry e Kate deixaram a menina de 3 anos apenas com os irmãos gémeos de 2 enquanto iam jantar com amigos em restaurante próximo. A família passava férias no local desde 30 de Abril.

7 De Maio de 2007
Polícia investiga primeiras pistas
A polícia portuguesa investiga a pista de um sequestrador, que pode ser britânico, e amplia as buscas a um perímetro de 10 km em torno do hotel The Ocean Club.
A ausência de um pedido de resgate leva a polícia a seguir a pista de um molestado sexual e de redes internacionais de pedofilia.

Polícia portuguesa procura menina inglesa desaparecida
Cinco dias depois do desaparecimento de uma menina inglesa de 3 anos em um balneário do sul de Portugal, a polícia investiga a pista de um sequestrador, que pode ser britânico, e amplia o perímetro de busca.
As investigações para tentar encontrar a pequena Madeleine McCann foram ampliadas no domingo a um perímetro de 10 km em torno do hotel The Ocean Club, da Praia da Luz, perto da cidade de Lagos, onde a família da menina está hospedada desde 30 de Abril.
A polícia portuguesa conta com o apoio da Europol e da Interpol, além das autoridades espanholas e britânicas. A ausência de um pedido de resgate por parte de um eventual sequestrador levou a polícia a seguir a pista de um molestado sexual e de redes internacionais de pedofilia.
Os investigadores têm um retrato elaborado por um computador do suposto sequestrador, de costas, e procuram um homem que pode ser de nacionalidade britânica, segundo fontes policiais citadas pela imprensa portuguesa.

11 De Maio de 2007
Britânico oferece R$ 4 mi por pistas
O empresário Stephen Winyard, dono do ginásio Stobo Castle, em Peebleshire, na Escócia oferece uma recompensa de 1 milhão de libras (R$ 4 milhões) por informações que possam ajudar a encontrar a menina inglesa Madeleine McCann

Britânico oferece R$ 4 mi por pista de menina desaparecida
Um empresário britânico ofereceu uma recompensa de 1 milhão de libras (R$ 4 milhões) (por informações que possam ajudar a encontrar a menina inglesa Madeleine McCann, desaparecida no dia 3 de Maio, enquanto dormia num hotel de Lagos, no Algarve português.

Informa hoje que Stephen Winyard, dono do ginásio Stobo Castle, em Peebleshire, na Escócia, decidiu oferecer a recompensa após saber do caso na imprensa e observar a angústia dos pais de Madeleine, que amanhã completará 4 anos.
Segundo o jornal, a proposta foi comunicada à família McCann em Portugal. Winyard, 57 anos, vive em Mónaco e é pai de três filhos, de 8 a 15 anos.
"Espero que isto ajude a resgatar a menina e a deter os responsáveis pelo seu desaparecimento", afirmou Winyard. Até o momento não há informação sobre o paradeiro de Madeleine.
Ela desapareceu do quarto onde dormia com seus dois irmãos, de 2 anos, enquanto seus pais jantavam num restaurante próximo, num complexo turístico em Praia da Luz. A polícia portuguesa está analisando imagens das câmaras de circuito fechado de segurança.
Segundo a imprensa britânica, imagens de um posto de gasolina perto de Praia da Luz mostram uma mulher com uma menina. Aparentemente, uma das teorias da Polícia é de que Madeleine tenha sido levada por dois homens e uma mulher.
A imprensa portuguesa levantou a suspeita de que o sequestro de Madeleine esteja relacionado com redes de pedofilia ou de adopção ilegal.

11 De Maio de 2007
Beckham faz apelo por Madeleine
O ex-capitão da selecção inglesa de futebol David Beckham lançou um apelo em favor de Madeleine McCann. “Devemos fazer todo o possível para ajudar a polícia. Se vocês virem esta menina, por favor comuniquem a polícia", disse Beckham em um vídeo.
Beckham faz apelo por menina desaparecida em Portugal:
O ex-capitão da selecção inglesa de futebol David Beckham lançou, nesta sexta-feira, um apelo em favor de Madeleine McCann, a menina britânica de três anos desaparecida há mais de uma semana em Portugal. A informação é da Agência Ansa.
O meio - campo do Real Madrid pediu que os habitantes do país ajudem a procurar Madeleine, que neste sábado completa quatro anos.
"Devemos fazer todo o possível para ajudar a polícia. Se vocês virem esta menina, por favor comuniquem a polícia", disse Beckham em um vídeo gravado em Madrid e veiculado pela rede de televisão Sky.
Nos últimos dias, os jogadores John Terry, capitão do Chelsea, Cristiano Ronaldo, astro português do Manchester United, e Phil Neville, goleiro do Everton, também fizeram apelos similares.
Neste sábado, os jogadores das equipes escocesas Celtic e Aberdeen, que se enfrentam no estádio Celtic Park de Glasgow, vestirão uma faixa amarela em torno do pulso em alusão ao desaparecimento da menina.
Madeleine desapareceu na quinta-feira da semana passada em um albergue da Praia da Luz, balneário no litoral do Algarve, ao sul de Portugal.
Nesta sexta a polícia portuguesa suspendeu as operações de busca da menina. As investigações sobre o caso, no entanto, continuam.
12 De Maio de 2007
Madeleine completa 4 anos
Madeleine completa 4 anos enquanto a polícia investiga pistas que indicam um sequestro. Pais e amigos pedem colaboração e esforço redobrado para encontrar a menina.
Menina britânica desaparecida faz 4 anos hoje
Uma garota britânica sequestrada em Portugal passou seu quarto aniversário, no sábado, ainda desaparecida, o que levou seus pais a pedirem esforços redobrados para encontrá-la.

Madeleine McCann sumiu há nove dias de sua cama em um hotel em Algarve, onde estava de férias com os pais. A polícia disse que todas as evidências apontam para um sequestro.
"Hoje é o quarto aniversário de nossa filha Madeleine", disse Alex Woolfall, representante da companhia de viagens que falou em nome dos pais Gerry e Kate McCann.
"Gostaríamos de marcá-lo (o dia) pedindo que as pessoas redobrem seus esforços para ajudar a achar Madeleine."
Nesta semana, a polícia encerrou buscas pela garota na área próxima ao resort na Praia da Luz, mas centenas de investigadores ainda estão trabalhando no caso.
O jornal português Correio da Manhã disse que a polícia está procurando por dois homens e uma mulher que foram filmados por câmaras de segurança com uma garota em um posto de gasolina não muito longe de onde Madeleine desapareceu.
Jornais e emissoras de TV relataram que o trio poderia estar na mesma praia que os McCanns poucos dias antes do sequestro, tirando fotos da menina.
Na sexta-feira, o jogador de futebol inglês David Beckham fez um apelo televisionado para que se solte a menina, e um milionário britânico ofereceu 1 milhão de libras (US$ 1,98 milhão) para qualquer um que encontre Madeleine.

14 De Maio de 2007
Polícia revista casa de suspeito
Agentes portugueses revistam o chalé em que mora o britânico Robert Murat, localizado próximo ao local onde Madeleine sumiu, na Praia da Luz.
Murat, que vive com a mãe e tem uma filha da mesma idade que Madeleine, foi ouvido pela polícia
Caso Madeleine: Portugal revista casa de britânico
Os agentes que investigam o desaparecimento da pequena Maddie revistaram na noite desta segunda-feira o chalé de um cidadão britânico próximo ao local onde a menina sumiu, no dia 3 de Maio passado, em um complexo turístico no sul de Portugal, informou a agência Lusa.

Segundo a mesma fonte, o proprietário do chalé é divorciado e vive na residência com sua mãe e um menino de três anos.
O homem, Robert Murat, foi ouvido pela polícia, segundo a rede de televisão britânica Sky News, que cita a mãe do suspeito, Jennifer Murat, também britânica, que garante que seu filho não está preso.
"Nenhuma pessoa foi detida até o momento" em relação a este caso, confirmou uma fonte policial à agência Lusa.
O chalé dos Murat, na Praia da Luz, fica a cerca de 100 metros do Ocean Club, o local onde desapareceu Madeleine McCann, uma menina britânica de apenas quatro anos.
Robert Murat, que mora em Portugal há vários anos, tem cerca de 1,70 metro e usa óculos, o que o encaixa no retrato falado do suspeito, segundo a imprensa.
Na casa de Murat, a polícia revistou especialmente um quarto onde havia um colchão, informou a rede de televisão portuguesa Sic.
De acordo com a imprensa portuguesa, a polícia decidiu revistar a casa de Murat após o depoimento de Lori Campbell, uma jornalista britânica do Sunday Mirror.
"Achei estranho o fato de ele falar tanto sobre a menina, sobre o trabalho da polícia e o andamento da investigação. Também foi muito evasivo sobre seu passado", disse a jornalista à imprensa portuguesa.
Murat é divorciado e tem uma filha da mesma idade de Maddie, que vive na Inglaterra com sua ex-mulher.
Além de Murat, a polícia portuguesa interrogou na noite de hoje outras duas pessoas sobre o desaparecimento da menina.
Os investigadores estão cada vez mais inclinados para a hipótese de rapto. "Na medida em que não houve pedido de resgate, o rapto é a hipótese mais plausível, mas não temos nenhuma certeza", disse um policial à agência Lusa.
A pequena Maddie desapareceu na noite do dia 3 de Maio, quando dormia em um quarto do hotel ao lado de seus irmãos gémeos de dois anos. Os pais tinham saído para jantar em um restaurante próximo ao hotel.

15 De Maio de 2007
Suspeito diz ser “bode expiatório”
O britânico Robert Murat, detido pelo desaparecimento de Madeleine, diz ser um "bode expiatório". Ele afirmou que a história "acabou" com sua vida em entrevista à rede de televisão Sky News. A polícia portuguesa confirmou que indiciou o britânico pelo desaparecimento, mas admite que não tem elementos para sua prisão

Suspeito de sequestrar menina inglesa diz ser "bode expiatório"
O britânico detido nesta terça-feira pelo desaparecimento da pequena Madeleine McCann, em Portugal, no início deste mês, disse ser um "bode expiatório", afirmando que a história "acabou" com sua vida, numa entrevista exclusiva à rede de televisão Sky News.

"Me transformaram em um bode expiatório por algo que eu não fiz", declarou Robert Murat, cujas declarações foram citadas por um jornalista do canal, já que ele se recusou a aparecer na televisão. "Isso acabou com minha vida e tornou as coisas muito difíceis para minha família aqui e na Grã-Bretanha", lamentou.
"Minha única chance de sobreviver é que a polícia pegue a pessoa que sequestrou Madeleine", afirmou Murat. Numa entrevista colectiva nesta terça-feira, a polícia portuguesa anunciou ter detido um britânico de 33 anos, sem revelar seu nome, mas disse não dispor de elementos suficientes para prolongar sua detenção.
Citando fontes policiais não identificadas, a agência Lusa informou que o suspeito era Robert Murat, um britânico que mora a 100 metros do apartamento de Praia da Luz onde estava a menina de quatro anos quando desapareceu. Murat havia sido interrogado durante mais de 12 horas segunda-feira, antes de voltar a sua casa.

25 De Maio de 2007
Pais de Madeleine divulgam última foto
Os pais de Madeleine liberam uma foto das últimas horas que tiveram com Madeleine ( à direita, de chapéu branco) antes da menina desaparecer do quarto onde estavam hospedados em resort português

Pais divulgam foto de Madeleine antes de sequestro
Os pais de Madeleine, 4 anos, menina britânica sequestrada no início do mês em um balneário de Portugal, liberaram nesta terça-feira uma foto das últimas horas que tiveram com a criança antes dela desaparecer do quarto onde estavam hospedados.

Madeleine McCann sumiu no dia 4 de Maio de sua cama em um hotel em Algarve, no sul de Portugal, onde estava de férias com os pais. A polícia disse que todas as evidências apontam para um sequestro.
Copyright 2007 Associated Press. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído.

30 De Maio de 2007
Papa Bento XVI recebe pais
O papa Bento XVI cumprimenta e abençoa os pais da menina britânica Madeleine McCann após a audiência pública geral da quarta-feira. Kate e Gerry McCann esperaram sua vez junto a centenas de fiéis, até que conseguiram se aproximar do Papa

Bento XVI conforta pais de Madeleine no Vaticano
O papa Bento XVI cumprimentou e abençoou os pais da menina britânica Madeleine McCann, sequestrada em 3 de Maio em Algarve, Portugal, após a audiência pública de hoje.

Os pais da menina, Kate e Gerry McCann, ambos católicos praticantes, assistiram à audiência geral na Praça São Pedro, sentados nas primeiras filas, e esperaram sua vez junto a centenas de fiéis, até que conseguiram se aproximar do Papa.
Bento XVI ficou com as mãos dadas alguns segundos com os pais de Madeleine e trocou algumas palavras com a mãe, que lhe entregou uma foto da menina para que a abençoasse.
Kate e Gerry McCann tinham explicado aos jornalistas que assistir à audiência seria uma das experiências mais emocionantes de sua vida, mas que não podiam esquecer que agora tinha outro sentido, porque Madeleine não está com eles.
Gerry McCann disse que os dois estão "desesperados" e que, após o seqüestro, tinham caído em um "precipício". Ele acrescentou que ir ao Vaticano lhes ajudou a "recuperar a fé" e lhes deu esperança.
Sobre a saudação do Papa, o pai de Madeleine comentou que Bento XVI "é uma pessoa fantástica que deu muito apoio". "Eu me emocionei quando tocou e benzeu a foto da minha menina", afirmou.
Os pais pediram ao Pontífice que reze por sua filha, e este lhes assegurou que está orando por eles, assim como por Madeleine.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, comentou que a saudação aos pais de Madeleine "foi um gesto de proximidade espiritual, de oração e de atenção a estes casos particulares e a tantos pais de crianças desaparecidos".
A saudação após a audiência, que o Papa dedica toda quarta-feira a centenas de pessoas, foi para Lombardi "um gesto também para os que estão trabalhando na busca e a todos os que lutam contra o fenómeno dos sequestros".
Em entrevista colectiva, o casal explicou que visitará algumas capitais europeias para tentar buscar informação sobre sua filha e fazer um pedido por sua libertação.

28 De Junho de 2007
Italiano que pedia dinheiro é detido
A polícia espanhola detém na Andaluzia um cidadão italiano e sua companheira, uma portuguesa, que tentaram entrar em contacto com a família da menina britânica Madeleine McCann. Eles queriam a recompensa, de 1 milhão de libras, oferecida por pistas que levassem à localização da menina

Italiano detido queria dinheiro por pista de Maddie
A polícia espanhola deteve hoje em Cádiz, na Andaluzia, um cidadão italiano e sua companheira, uma portuguesa, porque tentaram entrar em contacto com a família da menina britânica Madeleine McCann, 4 anos. Eles queriam conseguir a recompensa oferecida, de 1 milhão de libras (cerca de 1,5 milhão de euros), por pistas que levassem à localização da menina.

"Os fatos apontam para o fato de serem estelionatários, embora a investigação policial não esteja encerrada", segundo um comunicado. O detido e a mulher estavam sendo acompanhados pela polícia desde a tentativa de conversar com os pais de Madeleine, sumida desde o dia 3 de Maio.
Segundo a polícia portuguesa, citada pela agência Lusa, o homem, com identidade não divulgada, está fixado por tráfico de obras de arte falsas. Ele também teria cumprido pena de 18 meses de reclusão na França por maus-tratos à filha.
A polícia portuguesa confirmou na semana passada que estava investigando possíveis pistas da menina inglesa desaparecida há 50 dias em Malta, na Itália. Segundo informações da agência Ansa, alguns turistas britânicos afirmaram ter visto a menina na capital Valetta e também na cidade costeira de Sliema.
A polícia também investiga informações repassadas por um jornalista espanhol especialista em redes de pedofilia. Segundo ele, Madeleine teria sido sequestrada por um pedófilo que actua em vários países, conhecido como "o francês", um homem de cerca de 50 anos muito conhecido internacionalmente.
Maddie desapareceu no dia 3 de Maio enquanto dormia em companhia dos irmãos gémeos de 2 anos num quarto do complexo hoteleiro de Praia da Luz, num momento em que os pais jantavam num restaurante a 50 m do local.
O jornal El Pais anunciou na edição online que um italiano havia sido interpelado perto de Algesiras, "por envolvimento no caso".

12 De Julho de 2007
J.K. Rowling oferece ajuda nas buscas
Posters de Madeleine McCann são colocados em livrarias em todo o mundo para coincidir com a publicação do sétimo e último livro da série Harry Potter. A autora J.K. Rowling, "profundamente tocada", pediu para que o poster fosse exibido.

J.K. Rowling ajudará na busca por Madeleine
Posters de Madeleine McCann, a britânica de 4 anos desaparecida desde Maio em Portugal, serão colocados em livrarias em todo o mundo nos próximos dias para coincidir com a publicação do sétimo e último livro da série Harry Potter. A autora J.K. Rowling, "profundamente tocada" pela situação de Madeleine e sua família, pediu para que o poster seja exibido no momento em que milhares de fãs do bruxinho e seus pais são esperados nas livrarias.

O poster vai mostrar uma imagem de Madeleine e o endereço do site da organização internacional de crianças desaparecidas www.icmec.org. Rowling e seus editores decidiram não inserir nos livros marcadores de páginas com a imagem de Madeleine, depois que pais fizeram um apelo para que eles não interferissem na experiência da leitura de seus filhos e por causa do título "Harry Potter e as Relíquias da Morte".
Madeleine desapareceu do quarto de um hotel em Portugal no dia 3 de maio, quando seus pais jantavam fora. Apesar de uma busca internacional e de uma grande campanha de publicidade empreendida por seus pais, não há nenhum sinal de seu paradeiro desde então.
"Espero que os posters exibidos com destaque nas lojas em todo o mundo...ajudem a encontrar Madeleine McCann e ajudem a chamar a atenção para muitas outras crianças desaparecidas em diferentes países", disse Rowling em comunicado.
"As Relíquias da Morte" é um dos livros mais ansiosamente aguardados e começará a ser vendido no primeiro minuto do sábado, dia 21 de Julho. Os primeiros seis livros da série venderam 325 milhões de cópias em todo o mundo.

20 De Julho de 2007
Polícia diz que tem novas pistas
A polícia portuguesa se reúne com os pais da menina Madeleine McCann para informar sobre a descoberta de "novas pistas" na investigação. Os McCann não revelam as novas pistas, mas se mostram esperançosos após a reunião com o chefe das investigações, o detective Guilhermino Encarnação

Polícia diz que tem novas pistas em caso Madeleine
A polícia portuguesa se reuniu hoje com os pais da menina britânica Madeleine McCann, desaparecida em 3 de Maio, para informar sobre a descoberta de "novas pistas" na investigação, segundo a agência Ansa. Devido às leis do serviço secreto de Portugal, os McCann não podem revelar as novas pistas, mas o casal se mostrou esperançoso após a reunião com o chefe das investigações, o detective Guilhermino Encarnação.

O encontro ocorreu no consulado britânico em Portimão, no sul de Portugal, região onde a família passava férias quando Madeleine desapareceu.
Segundo a imprensa britânica, todas as evidências apontam para o único suspeito, o britânico Robert Murat, 33 anos, que voltará a ser interrogado nos próximos dias. Três amigas da família da vítima disseram ter visto Murat rondar as imediações do complexo turístico da Praia da Luz na noite do desaparecimento da menina. Rachael Oldfield, 36 anos, e os médicos Russell O'Brien, 36 anos, e Fiona Payne, 34 anos, estavam de férias com os McCann.
Murat, que vive junto da mãe Jenny em uma casa próxima ao hotel onde estava a família McCann, afirma que se tornou um "bode expiatório" da polícia. O britânico tem uma filha da mesma idade e muito parecida fisicamente com Madeleine, a qual está impedido de ver porque a garota se encontra na Inglaterra com a mãe, da qual ele é divorciado.

31 De Julho de 2007
Detectives britânicos vão a Portugal
Um grupo de detetives britânico especializado em casos criminais viaja a Portugal para auxiliar na investigação do desaparecimento da menina inglesa. Eles revisarão os testemunhos e evidências levantados pelas autoridades portuguesas

Caso Madeleine: detectives britânicos vão a Portugal
Um grupo de detetives britânico especializado em casos criminais viajou esta semana a Portugal para auxiliar na investigação do desaparecimento da menina inglesa de 4 anos Madeleine McCann, sequestrada em 3 de Maio na região do Algarve. As informações são da agência Ansa.
Os detectives revisarão os testemunhos e evidências levantados pelas autoridades portuguesas durante as 12 semanas de investigação, o que ainda não permitiu determinar o paradeiro da criança. A equipe de especialistas prevêem a reconstrução do perfil psicológico do sequestrador para ajudar à polícia de Portugal a encontrar os responsáveis pelo sumiço.
Segundo informou hoje a imprensa britânica, os detectives que viajaram à Praia da Luz são especialistas em determinar o comportamento de pedófilos. Uma fonte policial portuguesa declarou que os especialistas poderiam dar uma solução ao caso.
"Depois de três meses, é necessário analisar todas as evidências. Agora estamos revendo todas as entrevistas e interrogatórios, os detalhes, informações e pistas", destacou o policial.
Até o momento, o único suspeito do caso é o britânico Robert Murat, 33 anos, que foi visto por várias testemunhas rondando o quarto de Madeleine na noite em que a menina desapareceu. Os pais da menor, Kate, 38 anos, e Gerry, 39 anos, serão informados sobre possíveis novas pistas.
Segundo foi divulgado hoje, a polícia portuguesa recebeu mais de 2,5 mil chamados oferecendo informação e interrogou 490 turistas britânicos que estavam na Praia da Luz, cidade turística onde Madeleine foi sequestrada.
A porta-voz dos McCann, Justine McGuinness, declarou que os pais da menor "não podem agradecer suficientemente à polícia britânica. O apoio deles tem sido incrível".
Kate e Gerry McCann, com residência na localidade inglesa de Rothley, estão em Portugal com seus outros dois filhos, os gémeos de dois anos Sean e Amélia. A família informou que, no próximo dia 11 de agosto, os 100 dias do desaparecimento de Madeleine serão lembrados por centenas de gaitas escocesas que tocarão a "Marcha por Madeleine", composta por um amigo dos McCann, Alasdair Gillies, para o Festival de Glasgow.
No povoado de Rothley, milhares de fitas amarelas em tributo à menina foram amarradas em um memorial no centro da cidade, próximo à casa dos MCann. Janet Kennedy, tia-avó da menina, declarou: "Isto não significa que estamos nos dando por vencidos. A esperança de encontrá-la com vida segue firme".

2 De Agosto de 2007
Mulher diz que viu menina na Bélgica
Uma psicóloga informou que viu a menina britânica no terraço de um café na cidade belga de Tongres, acompanhada por dois adultos, um homem de cerca de 40 anos e uma mulher de aproximadamente 25 anos. A promotoria local abriu uma investigação

Psicóloga teria visto menina Madeleine na Bélgica
A promotoria da localidade belga de Tongres abriu uma investigação sobre a suposta presença na Bélgica de Madeleine McCann, a menina inglesa de 4 anos que desapareceu no início de Maio, em Portugal, informou nesta quinta-feira a rede de televisão RTL-TVI. A decisão foi tomada depois que uma psicóloga afirmou ter visto a menina em um café.

A testemunha declarou ter visto a criança na Bélgica neste sábado, afirmou a emissora. Segundo a RTL-TVI, uma psicóloga infantil afirmou ter reconhecido a pequena no terraço de um café, acompanhada por dois adultos, um homem de cerca de 40 anos e uma mulher de aproximadamente 25 anos. O retrato falado do homem, de 1,80 m de altura e cabelo castanho, foi divulgado nesta quarta-feira.
"O retrato falado foi feito com base nas declarações da testemunha. Pedimos a qualquer um que tenha informações que as comunique, ou aos dois adultos que nesse dia estavam no lugar indicado que se apresentem", declarou a fiscal interina de Tongres, Katia Vanderen, à rede de TV. A polícia teria recuperado também a mamadeira que a suposta Madeleine bebeu no terraço e estaria procurando o veículo no qual o casal foi visto.
A menina britânica de 4 anos desapareceu no dia 3 de Maio, enquanto dormia em companhia de seus irmãos gémeos de 2 anos, no quarto de um hotel em Praia da Luz, sul de Portugal. Seus pais jantavam em um restaurante a 50 m de distância. Não é a primeira vez que uma investigação sobre o caso é aberta em um país europeu depois do desaparecimento de Madeleine. No entanto, até agora todas as pistas se mostraram infrutíferas.

3 De Agosto de 2007
Polícia belga divulga retrato falado
Autoridades belgas divulgam o retrato falado do homem que teria sido visto por psicóloga em café em Tongres acompanhado da menina Madeleine McCann.
São aguardados resultados de exame de DNA realizados na garrafa e no copo que teriam sido utilizados no local.
Polícia divulga retrato falado de caso Madeleine
Autoridades belgas divulgaram o retrato falado de um suspeito de envolvimento no desaparecimento da britânica Madeleine McCann e aguardam resultados de exame de DNA realizados na garrafa e no copo que teriam sido utilizados pela menina em um café em Tongres, no leste da Bélgica.

Foi divulgado um retrato falado do homem, de 1,8 m de altura, moreno, queixo proeminente e barba de vários dias e que, segundo uma testemunha, falava com forte sotaque holandês. Uma psicóloga infantil afirmou ter reconhecido Madeleine no terraço de um café em Tongres sábado passado, acompanhada de um homem com idade por volta dos 40 anos e de uma mulher de 25 anos que falava inglês.
A Justiça belga analisa com seriedade as informações dadas pela psicóloga, informou a promotoria da cidade. "Levamos a sério e estamos fazendo tudo o que podemos para investigar", disse Katja Van Doren, auxiliar do promotor. "A polícia local está investigando se era efectivamente a menina desaparecida e estamos em contacto com os agentes holandeses", acrescentou.
"Queremos contribuir para a investigação internacional, mas no momento não há nenhum indício de que o testemunho seja correcto, não há nenhuma informação que leve à menina", disse uma fonte judicial.
Madeleine, 4 anos, desapareceu no dia 3 de Maio quando dormia ao lado da irmã e dos irmãos, gémeos de dois anos, no quarto de um hotel em Praia da Luz, em Portugal, no momento em que os pais jantavam em um restaurante a 50 m de distância.

4 De Agosto de 2007
Polícia revista casa pela 2ª vez
A polícia portuguesa revista novamente a casa do único suspeito oficial do desaparecimento, o britânico Robert Murat. A residência fica a poucos metros do hotel onde Madeleine foi vista pela última vez

Madeleine: polícia portuguesa revista casa de suspeito
A polícia portuguesa revistou novamente a casa do único suspeito oficial do desaparecimento da garota britânica de 4 anos Madeleine McCann, afirmou um porta-voz da polícia neste sábado.

Madeleine desapareceu no dia 3 de Maio do resort Praia da Luz, na região turística do Algarve, a poucos metros de distância da casa do britânico Rober Murat, 33 anos. A propriedade foi revistada pela primeira vez após o desaparecimento de Madeleine. "A revista está sendo realizada", disse um porta-voz da polícia portuguesa.
Ele negou-se a comentar se a polícia está mais perto de encontrar Madeleine, que desapareceu enquanto dormia e seus jantavam próximo ao local. Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, têm feito campanha incessantemente para chamar atenção sobre o desaparecimento.
Magnatas e celebridades britânicos, de J.K. Rowling, autora de Harry Potter, a astros do futebol, contribuíram para a recompensa pelo retorno da garota.

6 De Agosto de 2007
Encontrado sangue em quarto
Cachorros policiais encontraram vestígios de sangue em uma parede, o que poderia indicar que Madeleine foi morta no local

Encontrado sangue em quarto de Madeleine, diz jornal
A polícia encontrou restos de sangue de uma pessoa morta no quarto do qual a menina britânica Madeleine McCann desapareceu, segundo a edição de hoje do diário português Jornal de Notícias. Cachorros policiais encontraram vestígios de sangue em uma parede do quarto ocupado pelos pais da menina, Gerry e Kate McCann, o que poderia indicar que Madeleine pode ter sido morta no local, segundo o jornal.

Os agentes não descartam a possibilidade de morte por acidente, embora aparentemente alguém tenha tentado limpar os restos de sangue, o que induz a pensar que se trata de um homicídio.
Fontes da Polícia Judicial portuguesa explicaram hoje que foram realizadas diligências com cachorros britânicos, mas não quiseram confirmar o resultado desta nova pista.
As mesmas fontes asseguraram que, apesar do fracasso das investigações realizadas durante dois dias na residência do britânico Robert Murat na busca por restos ou vestígios de Madeleine, este continua sendo o único suspeito do desaparecimento da menina.
Os agentes portugueses, apoiados por policiais britânicos e cães adestrados, fizeram perfurações de cerca de meio metro com cabos de aço para liberar o cheiro de qualquer pista ou corpo que poderia estar no subsolo para assim ser detectado pelos cães.
Além do Jornal de Notícias, outros meios de comunicação portugueses também descartam a possibilidade do sequestro e afirmam que há indícios de que havia um cadáver no quarto. Segundo a imprensa, as provas foram descobertas na semana passada graças ao uso dos cachorros, treinados para detectar restos biológicos e distinguir se pertencem a pessoas mortas ou vivas.
As autoridades portuguesas estão convencidas de que o sangue pertence a Madeleine, mas ainda aguardam os resultados das análises de laboratório. Com a aparição desta nova pista, as suspeitas se concentram agora no círculo próximo do casal McCann.
Os pais de Madeleine, que realizaram uma campanha internacional para pedir ajuda no caso, preparam novas acções para a próxima sexta-feira, quando se completam 100 dias do desaparecimento da menina.
No Reino Unido são oferecidos mais de 4 milhões de euros por pistas que ajudem a encontrar Madeleine, e já foram arrecadadas doações de cerca de 1 milhão de libras no site criado pelos advogados dos McCann.
Madeleine desapareceu enquanto dormia no quarto do complexo turístico de Praia da Luz, no sul de Portugal, junto aos irmãos gémeos de 2 anos, enquanto os pais jantavam com amigos no restaurante do estabelecimento.

7 De Agosto de 2007
Jornal diz que polícia sabe de morte
O jornal português Diário de Notícias publica que a Polícia Judiciária portuguesa sabe há um mês que a menina britânica Madeleine McCann morreu na noite em que foi dada por desaparecida e por isso descartou definitivamente a hipótese de sequestro

Jornal diz que polícia sabe que Madeleine morreu
A Polícia Judiciária portuguesa (PJ - equivalente à Polícia Federal brasileira) sabe há um mês que a menina britânica Madeleine McCann morreu na noite em que foi dada por desaparecida e por isso descartou definitivamente a hipótese de sequestro, publica hoje o jornal português Diário de Notícias, citando fontes da investigação.

O jornal diz que as suspeitas iniciais sobre os pais da menina ganharam mais força agora e a certeza da morte de Madeleine abriu um novo caminho de investigação, mais concentrada no casal McCann e seu círculo mais próximo. Segundo o Diário de Notícias, as versões contraditórias de pais, parentes e amigos sobre o fato contribuíram para aumentar as dúvidas sobre a teoria de um sequestro.
A morte teria ocorrido, por homicídio, acidente ou negligência, no quarto em que a família McCann passava as férias em um complexo turístico no balneário da Praia da Luz, no sul de Portugal. Foram esses novos indícios que levaram a Portugal agentes britânicos. Em colaboração com a Polícia portuguesa, eles rastrearam a área com cães adestrados para farejar corpos.
Os cachorros permitiram descobrir restos de sangue no quarto do casal. As amostras estão sendo analisadas e o resultado deverá ser divulgado nos próximos dias.
Enquanto isso, a imprensa portuguesa comenta que a atitude de Gerry e Kate Mccan mudou radicalmente na segunda-feira e eles preferiram se esconder dos jornalistas. Antes, eles procuravam a mídia para dar entrevistas e informações que mantivessem o interesse no caso.
O jornal Público diz que as autoridades vigiam vários amigos dos McCann na Inglaterra e que eles provavelmente serão convocados a depor novamente em Portugal nos próximos dias. A polícia portuguesa informou que segue de perto um homem de nacionalidade britânica. Segundo a imprensa portuguesa, ele foi visto com os pais de Madeleine antes do desaparecimento da menina e depois com o único suspeito do caso, Robert Murat.
Com a virada nas investigações, o advogado de Murat reiterou a possibilidade de que o cliente faça uma denúncia contra o Estado português quando o caso for encerrado e comprovar sua inocência. A PJ inspeccionou ontem vários veículos de parentes e amigos de Murat, assim como o carro utilizado pelos McCann durante a estadia em Portugal.
No Reino Unido são oferecidos mais de 4 milhões de libras por pistas que ajudem a encontrá-la, mas as inúmeras denúncias que chegaram à Polícia a partir de vários países não jogaram nenhuma luz sobre o caso. Madeleine McCann teria desaparecido em 3 de Maio quando dormia junto a seus dois irmãos gémeos de 2 anos enquanto os pais jantavam com amigos em um restaurante próximo, segundo a versão divulgada até agora.

8 De Agosto de 2007
Teste de DNA descarta hipótese
As amostras de DNA recolhidas pela polícia belga de um canudo e uma garrafa que, segundo uma testemunha, teriam sido usado por uma menina parecida com Madeleine McCann em um café, não são da britânica, informa a Procuradoria de Tongres, no leste da Bélgica, em comunicado.

Menina vista em café na Bélgica não era Madeleine
As amostras de DNA recolhidas pela polícia belga de um canudo e uma garrafa que, segundo uma testemunha, teriam sido usado por uma menina parecida com Madeleine McCann, não são da britânica, informou hoje a Procuradoria de Tongres, no leste da Bélgica, em comunicado.

O DNA é de um indivíduo do sexo masculino, afirmou a Procuradoria, que precisou que esta descoberta não significa que a polícia belga tenha abandonado totalmente a possível pista de Madeleine aparecida em um restaurante perto de Tongres.
Os agentes seguem em busca do veículo no qual um homem de cerca de 40 anos e uma mulher, aparentando 25 anos, e a menina parecida com Madeleine chegaram e saíram do restaurante onde a testemunha os viu, em 28 de Julho. O casal estava em um carro preto da marca Volvo com placa belga, que começava com as letras VUV.
As amostras de DNA recolhidas pelos investigadores podem ser do homem que, segundo a testemunha, acompanhava a menina no restaurante onde foram recolhidos a garrafa e o canudo.
A testemunha afirmou que o casal e a menina se comportavam de maneira "suspeita" e que a menina teria cerca de 5 anos, o cabelo loiro e os olhos azul -esverdeados muito chamativos e se parecia com a desaparecida no Algarve português em 3 de Maio.
Não é a primeira vez que investigadores recebem informações de que a menina teria sido vista em diversos pontos da Europa desde seu desaparecimento, que nesta sexta-feira completa 100 dias.
A menina britânica de 4 anos desapareceu no dia 3 de Maio, enquanto dormia em companhia de seus irmãos gémeos de 2 anos, no quarto de um hotel em Praia da Luz, sul de Portugal. Seus pais jantavam em um restaurante a 50 m de distância.

11 De Agosto de 2007
Polícia admite hipótese de morte
No dia em que desaparecimento completa 100 dias, polícia portuguesa admite pela primeira vez que Madeleine McCann pode estar morta. É negada a hipótese de que os pais sejam suspeitos

Polícia admite que Madeleine pode estar morta
A polícia portuguesa admitiu pela primeira vez neste sábado que a menina britânica desaparecida há 100 dias em Praia da Luz, Madeleine McCann, pode estar morta.

Em entrevista à BBC, um dos detectives que lideram as investigações disse que novas evidências reforçaram a possibilidade de que McCann, de quatro anos de idade, tenha sido morta.
O inspector - chefe da Polícia Judiciária (PJ, polícia civil ligada ao Ministério luso da Justiça), Olegário Sousa, afirmou ainda que Kate e Gerry McCann, pais da menina, não são considerados suspeitos no caso, contrariando recentes rumores.
Madeleine desapareceu do apartamento em um resort em Portugal, no dia 3 de Maio. Segundo Sousa, novas buscas por detectives com cães fareja dores britânicos revelaram novas pistas que podem indicar a morte de Madeleine.
Supostos vestígios de sangue encontrados dentro do apartamento onde Madeleine dormia agora estão sendo analisadas por peritos na Grã-Bretanha.
Com a nova pista, cresce a suspeita de que a criança teria sido morta no apartamento em que estava hospedada com os pais, e não sequestrada, como se acreditava até agora. O caso vem ganhando grande destaque na imprensa europeia.

16 De Agosto de 2007
Cão detecta odor de corpo no quarto
Polícia portuguesa informa que um cão fareja dor britânico detectou o odor de um corpo dentro do apartamento onde a garota britânica Madeleine McCann, 4 anos, desapareceu.
O comissário da Polícia Judicial a cargo das investigações, Olegário Sousa, afirma que todos os indícios apontam para a morte da menina
Cão detecta odor de corpo no quarto de Madeleine
Um cão fareja dor britânico detectou o odor de um corpo dentro do apartamento onde a garota britânica Madeleine McCann, 4 anos, desapareceu no último dia 3 de Maio, informou hoje a polícia portuguesa, de acordo com informações da agência de notícias Ansa.

O comissário da Polícia Judicial a cargo das investigações, Olegário Sousa, declarou que todos os indícios apontam para a morte da menina. Os detectives portugueses consideram as teorias de homicídio ou de um acidente fatal, apesar de os resultados preliminares de um laboratório em Birmingham, no centro da Inglaterra, terem indicado que a amostra de sangue encontrada no quarto de hotel não pertence à garota.
No entanto, para a polícia portuguesa, essa "não é uma evidência decisiva" no caso, e a investigação está convencida que Maddie morreu na noite em que desapareceu do complexo hoteleiro de Ocean Club, na Praia da Luz, no sul de Portugal.
Os pais da garota, os médicos britânicos Kate e Gerry McCann, discutiram pela primeira vez a possibilidade de voltar para Inglaterra sem a filha. A polícia disse que os McCann não são suspeitos, mas podem voltar a ser interrogados essa semana.
Hoje completam 105 dias do desaparecimento de Madeleine e do lançamento da campanha internacional para encontrá-la. "Sei que voltaremos (para a Inglaterra) e que algum dia iremos acordar e as coisas estarão bem. Nunca imaginamos que poderíamos voltar sem ela. No entanto, agora sabemos. Temos dois gémeos para cuidar", declarou Gerry em seu blog na Internet. "Não posso imaginar como pode ser que saímos em cinco pessoas e regressaremos apenas em quatro", acrescentou.
Sousa explicou que um cão britânico fareja dor conseguiu identificar os rastros de odor de um corpo morto no quarto de hotel onde Madeleine desapareceu. Os peritos forenses continuam trabalhando dentro do apartamento dos McCann no complexo de Ocean Club, de modo que os resultados finais só estarão disponíveis na próxima semana.

20 De Agosto de 2007
Polícia identifica novo suspeito
Policiais portugueses dizem que identificaram um novo suspeito que estaria vinculado directamente ao sequestro da menina de 4 anos. Se encontrado, ele será detido imediatamente

Polícia identifica novo suspeito no caso Madeleine
A polícia que investiga o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann identificou um novo suspeito que estaria vinculado directamente ao sequestro da garota em um hotel no sul de Portugal, informaram hoje fontes locais, de acordo com a agência Ansa.

A Polícia Judiciária portuguesa recebeu uma autorização da Procuradoria do Algarve para investigar durante 48 horas residências da Praia da Luz, onde Madeleine desapareceu do complexo turístico Ocean Club na noite de 3 de Maio.
Os detectives têm um novo suspeito na mira - um britânico - que, se for encontrado, será detido imediatamente, afirmaram fontes ligadas à investigação. O anúncio muda o rumo da investigação, até agora concentradas no britânico Robert Murat, considerado o principal suspeito do caso, mas sobre quem a polícia retirou qualquer suspeita.
Todos os policiais do Algarve estão, agora, em "chamado de alerta" para capturar o novo suspeito. Os detalhes desta pessoa e das estratégias para encontrá-lo estão sob segredo judicial. O escritório da Procuradoria Pública em Portugal emitiu na sexta-feira dois comunicados, pedindo à Polícia Judiciária de Faro, no sul do país, a ficar "em alerta", além de autorizá-la a fazer as investigações nas residências particulares.

Investigações Madeleine McCann desapareceu há 109 dias enquanto dormia no mesmo quarto que seus irmãos gémeos, as crianças de 2 anos Sean e Amelie. Seus pais jantavam com um grupo de amigos em um restaurante a cerca de 100 m do local. Esta semana a polícia voltará a interrogar os empregados do complexo turístico Ocean Club.
"Vamos interrogar novamente várias testemunhas para esclarecer detalhes que possam ser relevantes à nova linha de investigação devido aos novos dados que encontramos", destacou a fonte policial.
Pamela Fenn, 70 anos, que vive no apartamento superior ao dos McCann, será uma das interrogadas. Fenn disse que, na semana em que Madeleine desapareceu, ela espantou um intruso que rodeava o lugar. A senhora suspeita que o homem não tinha exactamente a intenção de roubar e que ele poderia ser a pessoa que sequestrou "Maddie". Ela será interrogada no Comissariado de Portimão, perto da Praia da Luz, desde onde estão sendo coordenadas as investigações para encontrar Madeleine.
As descrições deste suspeito coincidem com as feitas por uma das amigas de Kate McCann, a mãe da menina, que disse ter visto um homem levando uma menina envolvida em um casaco na noite do desaparecimento. A polícia portuguesa trabalhava com o pressuposto de que a menina de quatro anos havia morrido, mas agora existe uma "nova teoria" de que ela poderia estar viva.
Kate e Gerry McCann ainda não foram informados sobre a nova linha de investigação e sobre o suspeito, apesar de que irão se reunir esta semana com os detectives para conhecer os novos detalhes. Neste fim-de-semana, amigos do casal sugeriram que os McCann permaneçam em Portugal até o fim do verão europeu.
A campanha internacional para encontrar a menor arrecadou mais de US$ 2 milhões, e um vídeo transmitido no portal YouTube sobre a busca de Madeleine já recebeu mais de 500 mil visitas.

29 De Agosto de 2007
Pai de Madeleine abandona entrevista
O pai de Madeleine Gerry McCann levantou-se e foi embora enfurecido durante uma entrevista ao vivo para uma emissora de televisão espanhola. Ele teria se sentido ofendido pelo tipo de perguntas que lhe estavam sendo feitas

Pai de Madeleine abandona entrevista enfurecido
Gerry McCann, pai de Madeleine, a menina britânica desaparecida no último dia 3 de Maio em um hotel no sul de Portugal, levantou-se e foi embora enfurecido durante uma entrevista ao vivo para uma emissora de televisão espanhola. De acordo com a agência Ansa, ele teria se sentido ofendido pelo tipo de perguntas que lhe estavam sendo feitas.

O cardiologista de 39 anos levantou-se durante a entrevista à emissora Telecino, logo após o entrevistador Jordi González lhe questionar sobre os supostos rastros de sangue achados no apartamento onde Maddie desapareceu.
O médico inglês advertiu o apresentador para que não fizesse perguntas que pudessem comprometer a investigação policial e ressaltou que, sob a lei portuguesa, ele não poderia falar sobre determinadas informações. McCann, frustrado pela insistência de Gonzáles, tirou o microfone que trazia preso à roupa e abandonou o estúdio.
A mulher de Gerry, a médica Kate, ficou na sala frente às câmaras e explicou que seu marido não respondeu às perguntas, pois estava cansado de falsas acusações "que o frustram muito". A tensão cresceu ainda mais quando Gonzaléz perguntou ao casal "Vocês foram as últimas pessoas a ver Madeleine com vida, isso é correcto?".
"Isso é parte da investigação e não vamos divulgar nenhuma informação que possa ajudar quem cometeu esse crime a esconder seus passos", afirmou Gerry irritado. O apresentador logo se referiu aos supostos rastros de sangue, achados por cães fareja dores britânicos no quarto de hotel onde Maddie desapareceu, que estão sendo analisados por peritos forenses em um laboratório de Birmingham, na Inglaterra.
Nesse momento, McCann retirou enfurecido o microfone e declarou: "Quer saber? Isto é tudo parte da investigação. Você deve falar com a polícia". Logo parou em frente às câmaras e abandonou rápido o estúdio, voltou poucos minutos depois para pegar uma garrafa de água, e acrescentou enquanto abandonava a sala: "Todas as suas perguntas são em relação à investigação e não podemos fazer comentários sobre a investigação".

30 De Agosto de 2007
Jornal diz que seringa foi encontrada
A polícia portuguesa que investiga o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann encontrou uma seringa no quarto de hotel onde estava hospedada a sua família na Praia da Luz, em Portugal, segundo o jornal português Correio da Manhã.
Estaria sendo investigada a hipótese dos McCann terem dado calmantes aos filhos antes de saírem para jantar em restaurante próximo

Polícia identifica novo suspeito no caso Madeleine
A polícia que investiga o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann identificou um novo suspeito que estaria vinculado directamente ao sequestro da garota em um hotel no sul de Portugal, informaram hoje fontes locais, de acordo com a agência Ansa.

A Polícia Judiciária portuguesa recebeu uma autorização da Procuradoria do Algarve para investigar durante 48 horas residências da Praia da Luz, onde Madeleine desapareceu do complexo turístico Ocean Club na noite de 3 de Maio.
Os detectives têm um novo suspeito na mira - um britânico - que, se for encontrado, será detido imediatamente, afirmaram fontes ligadas à investigação. O anúncio muda o rumo da investigação, até agora concentradas no britânico Robert Murat, considerado o principal suspeito do caso, mas sobre quem a polícia retirou qualquer suspeita.
Todos os policiais do Algarve estão, agora, em "chamado de alerta" para capturar o novo suspeito. Os detalhes desta pessoa e das estratégias para encontrá-lo estão sob segredo judicial. O escritório da Procuradoria Pública em Portugal emitiu na sexta-feira dois comunicados, pedindo à Polícia Judiciária de Faro, no sul do país, a ficar "em alerta", além de autorizá-la a fazer as investigações nas residências particulares.

Investigações Madeleine McCann desapareceu há 109 dias enquanto dormia no mesmo quarto que seus irmãos gémeos, as crianças de 2 anos Sean e Amelie. Seus pais jantavam com um grupo de amigos em um restaurante a cerca de 100 m do local. Esta semana a polícia voltará a interrogar os empregados do complexo turístico Ocean Club.
"Vamos interrogar novamente várias testemunhas para esclarecer detalhes que possam ser relevantes à nova linha de investigação devido aos novos dados que encontramos", destacou a fonte policial.
Pamela Fenn, 70 anos, que vive no apartamento superior ao dos McCann, será uma das interrogadas. Fenn disse que, na semana em que Madeleine desapareceu, ela espantou um intruso que rodeava o lugar. A senhora suspeita que o homem não tinha exactamente a intenção de roubar e que ele poderia ser a pessoa que sequestrou "Maddie". Ela será interrogada no Comissariado de Portimão, perto da Praia da Luz, desde onde estão sendo coordenadas as investigações para encontrar Madeleine.
As descrições deste suspeito coincidem com as feitas por uma das amigas de Kate McCann, a mãe da menina, que disse ter visto um homem levando uma menina envolvida em um casaco na noite do desaparecimento. A polícia portuguesa trabalhava com o pressuposto de que a menina de quatro anos havia morrido, mas agora existe uma "nova teoria" de que ela poderia estar viva.
Kate e Gerry McCann ainda não foram informados sobre a nova linha de investigação e sobre o suspeito, apesar de que irão se reunir esta semana com os detectives para conhecer os novos detalhes. Neste fim-de-semana, amigos do casal sugeriram que os McCann permaneçam em Portugal até o fim do verão europeu.
A campanha internacional para encontrar a menor arrecadou mais de US$ 2 milhões, e um vídeo transmitido no portal YouTube sobre a busca de Madeleine já recebeu mais de 500 mil visitas.

Ordem dos Médicos não quer aborto em Centros de Saúde


Na terça, 28 de Agosto, o presidente da Ordem dos Médicos (Portugal) Pedro Nunes defendeu que centros de saúde não devem realizar abortos, interrupções voluntárias da gravidez (IVG) com medicamentos.
"Estimula as pessoas a considerar banal o que não deve ser banal, impõe uma pressão sobre os médicos de família insustentável, obriga-os a assumir responsabilidade para as quais naturalmente não foram treinados e a proximidade ao doente dificulta-lhes a alegação de objeção de consciência, ao contrário de um médico hospitalar" defende.
Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, a realização de abortos fora dos hospitais é ruim. "Se algum destes médicos se sentir capacitado e o quiser fazer, ninguém o impede, mas sistematicamente não podem ser obrigados a fazer algo para o qual não tiveram treino específico", argumentou Pedro Nunes, considerando que todos estes "mecanismos convergem para uma eventual facilitação da IVG".
O responsável sublinhou ainda que o sistema público não pode dar uma "falsa segurança em algo que pode não ter os níveis de segurança que seriam desejáveis", reportando-se ao fato dos centros de saúde não disporem de equipamentos que resolvam eventuais complicações nas IVG. "A OM defende que o que deveria ser feito era, para cumprir a legislação e a vontade dos portugueses, continuar a definir a IVG como algo negativo e que pode servir para resolver um acidente e não a mensagem de que é algo banal, fácil, acessível, que está ao pé da porta e resolve todos os problemas", considerou o bastonário.
A Ordem dos Médicos anunciou que abrirá processos disciplinares a todos os médicos que apesar de se terem declarado "objetores de consciência" no setor público realizem o procedimento no setor privado.
Diz a lei que em casos que não levantem problemas, as IVG devem ser feitas nos centros de saúde que contam com a complementaridade de serviços hospitalares. Em setembro, além de Viana do Castelo, mais quatro estabelecimentos no norte do país deverão começar a efetuar abortos. Até final do ano, a IVG deverá ser praticada em centros de saúde de outras regiões de Portugal.
ConsciênciaDesde o anúncio da nova lei, diversos médicos portugueses se recusaram a fazer o aborto. Na altura, em julho, a Lusa divulgou que pelo menos nove hospitais públicos iriam encaminhar para outras unidades as mulheres que queiram realiza-los, pelo elevado número de profissionais que se recusam. O elevado número destes médicos inviabiliza a realização de abortos nos hospitais distritais da Guarda e Leiria, por exemplo.No Alentejo, o hospital de Évora se via impedido de realizar o aborto depois de todos os obstetras terem invocado o estatuto de "objetor de consciência", obrigando a unidade a encaminhar as mulheres para as cidades de Beja e Portalegre.
A Madeira é a única região portuguesa onde a lei não será aplicada já, não por falta de médicos disponíveis, mas por decisão do governo regional, que suspendeu a aplicação da legislação enquanto o Tribunal Constitucional (corte suprema portuguesa) não se pronunciar sobre ele. A ausência de médicos para realizar o aborto obriga, de acordo com a lei, a unidade hospitalar a contratar o serviço com outro hospital, mediante pagamento.
OpostoEnquanto isso, o presidente do Colégio da Especialidade Ginecologia/Obstetrícia da Ordem, Luís Graça, defendeu que 90% da IVG química deveria ser feita em centros de saúde por ser um ato médico simples, já que, "tirando os dez ou 12% de casos eventualmente problemáticos", são nesses locais que se encontram os "médicos que melhor conhecem a população".
300 num mêsNo primeiro mês de vigência da nova lei, as portuguesas realizaram mais de 300 abortos segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS) de Portugal. O número é inferior ao esperado.
"A estimativa que existia era de que deveria haver entre 20 e 25 mil interrupções anuais, logo deveriam ter sido notificadas no primeiro mês cerca de 1,6 mil casos", afirmou o diretor da Maternidade Alfredo da Costa, e presidente da Comissão de Saúde Materna, Jorge Branco.
Segundo ele, a maternidade realizou mais de 100 IVG, a maioria pelo metódo por medicamentos. Seis mulheres desistiriam de interromper a gravidez após três dias de reflexão obrigatórios por lei. Aprovada em 15 de julho através de referendo, a lei do aborto diz que pode ser realizado até dez semanas de gestação, a pedido da mulher.

sábado, 1 de setembro de 2007

Ordem dos Médicos não quer aborto em Centros de Saúde


Na terça, 28 de agosto, o presidente da Ordem dos Médicos (Portugal) Pedro Nunes defendeu que centros de saúde não devem realizar abortos, interrupções voluntárias da gravidez (IVG) com medicamentos. "Estimula as pessoas a considerar banal o que não deve ser banal, impõe uma pressão sobre os médicos de família insustentável, obriga-os a assumir responsabilidade para as quais naturalmente não foram treinados e a proximidade ao doente dificulta-lhes a alegação de objeção de consciência, ao contrário de um médico hospitalar" defende.Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, a realização de abortos fora dos hospitais é ruim. "Se algum destes médicos se sentir capacitado e o quiser fazer, ninguém o impede, mas sistematicamente não podem ser obrigados a fazer algo para o qual não tiveram treino específico", argumentou Pedro Nunes, considerando que todos estes "mecanismos convergem para uma eventual facilitação da IVG".O responsável sublinhou ainda que o sistema público não pode dar uma "falsa segurança em algo que pode não ter os níveis de segurança que seriam desejáveis", reportando-se ao fato dos centros de saúde não disporem de equipamentos que resolvam eventuais complicações nas IVG. "A OM defende que o que deveria ser feito era, para cumprir a legislação e a vontade dos portugueses, continuar a definir a IVG como algo negativo e que pode servir para resolver um acidente e não a mensagem de que é algo banal, fácil, acessível, que está ao pé da porta e resolve todos os problemas", considerou o bastonário. A Ordem dos Médicos anunciou que abrirá processos disciplinares a todos os médicos que apesar de se terem declarado "objetores de consciência" no setor público realizem o procedimento no setor privado.Diz a lei que em casos que não levantem problemas, as IVG devem ser feitas nos centros de saúde que contam com a complementaridade de serviços hospitalares. Em setembro, além de Viana do Castelo, mais quatro estabelecimentos no norte do país deverão começar a efetuar abortos. Até final do ano, a IVG deverá ser praticada em centros de saúde de outras regiões de Portugal. ConsciênciaDesde o anúncio da nova lei, diversos médicos portugueses se recusaram a fazer o aborto. Na altura, em julho, a Lusa divulgou que pelo menos nove hospitais públicos iriam encaminhar para outras unidades as mulheres que queiram realiza-los, pelo elevado número de profissionais que se recusam. O elevado número destes médicos inviabiliza a realização de abortos nos hospitais distritais da Guarda e Leiria, por exemplo. No Alentejo, o hospital de Évora se via impedido de realizar o aborto depois de todos os obstetras terem invocado o estatuto de "objetor de consciência", obrigando a unidade a encaminhar as mulheres para as cidades de Beja e Portalegre.A Madeira é a única região portuguesa onde a lei não será aplicada já, não por falta de médicos disponíveis, mas por decisão do governo regional, que suspendeu a aplicação da legislação enquanto o Tribunal Constitucional (corte suprema portuguesa) não se pronunciar sobre ele. A ausência de médicos para realizar o aborto obriga, de acordo com a lei, a unidade hospitalar a contratar o serviço com outro hospital, mediante pagamento.OpostoEnquanto isso, o presidente do Colégio da Especialidade Ginecologia/Obstetrícia da Ordem, Luís Graça, defendeu que 90% da IVG química deveria ser feita em centros de saúde por ser um ato médico simples, já que, "tirando os dez ou 12% de casos eventualmente problemáticos", são nesses locais que se encontram os "médicos que melhor conhecem a população". 300 num mêsNo primeiro mês de vigência da nova lei, as portuguesas realizaram mais de 300 abortos segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS) de Portugal. O número é inferior ao esperado."A estimativa que existia era de que deveria haver entre 20 e 25 mil interrupções anuais, logo deveriam ter sido notificadas no primeiro mês cerca de 1,6 mil casos", afirmou o diretor da Maternidade Alfredo da Costa, e presidente da Comissão de Saúde Materna, Jorge Branco.Segundo ele, a maternidade realizou mais de 100 IVG, a maioria pelo metódo por medicamentos. Seis mulheres desistiriam de interromper a gravidez após três dias de reflexão obrigatórios por lei. Aprovada em 15 de julho através de referendo, a lei do aborto diz que pode ser realizado até dez semanas de gestação, a pedido da mulher.