Os últimos dados sobre a interrupção voluntária da gravidez apontam para que a todas as horas haja pelo menos uma mulher a abortar em Portugal. António Pinheiro Torres, da associação Juntos Pela Vida mostra-se chocado e diz que em Portugal o aborto não é legal.
O Director-Geral de Saúde mostra-se optimista e salienta o facto do aborto entre as adolescentes não ser tão preocupante como se pensava inicialmente.
Quase um ano depois da vitória do «sim» no referendo sobre a despenalização do aborto, a associação reuniu-se esta sexta-feira com a Direcção-Geral de Saúde.
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, António Pinheiro Torres, da associação, declarou que «quando se fez a campanha do referendo o «sim» disse que era para o aborto ser legal, seguro e raro. Nada disto se verifica. O aborto começou a ser praticado em estabelecimentos públicos antes do início da lei e o aborto clandestino continua», pelo que «o aborto não é legal em Portugal».
«A mulher que vai abortar legalmente não é convenientemente informada sobre as consequências para a sua saúde física e psíquica da prática do aborto», disse, acrescentando que o também «não é raro».
«Em termos práticos seis mil abortos significa mil abortos por mês, significa 33 por dia, significa um por hora, significa que em Portugal morrem 12 por cento dos nascimentos», justificou, acrescentando «isto para nós é uma mortandade, é um resultado trágico e é um atentado à dignidade de uma sociedade e à dignididade da mulher».
António Pinheiro Torres afirmou que a associação alertou a DGS para a maternidade. «Neste país o que é difícil é um casal poder ter os seus filhos», disse.
Diminuição da taxa de IVG
Francisco George, director-geral de Saúde, em declarações aos jornalistas, disse haver «um conjunto de dados muito positivos com a diminuição da taxa de interrupções voluntárias da gravidez que são feitas», em relação àquela que tinha sido estimada.
«Pensávamos que podíamos ter cerca de 20 mil interrupções por ano e tudo indica que estamos muito aquém desse número, já que até agora a média mensal é pouco mais de mil interrupções», declarou.
Francisco George afirmou que «é preciso diminuir cada vez mais a necessidade de se fazer uma interrupção voluntária da gravidez», reforçando «os programas de planeamento familiar, em especial no que respeita aos métodos anti-concepcionais».
Mulheres preferem medicamentos
O Director-Geral de Saúde disse haver dados que indicam que a mulher em Portugal «escolhe antes de mais nada a interrupção medicamentosa, em detrimento da chamada raspagem, porque imita muito o chamado aborto espontâneo», acrescentando que «é menos traumatizante».
«Por outro lado, há o reconhecimento que o problema da interrupção em jovens adolescentes é menor do que aquilo que se temeu ao princípio. Tudo indica que estamos perante um problema que não tem a dimensão que poderíamos ter imaginado», concluiu.
O Director-Geral de Saúde mostra-se optimista e salienta o facto do aborto entre as adolescentes não ser tão preocupante como se pensava inicialmente.
Quase um ano depois da vitória do «sim» no referendo sobre a despenalização do aborto, a associação reuniu-se esta sexta-feira com a Direcção-Geral de Saúde.
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, António Pinheiro Torres, da associação, declarou que «quando se fez a campanha do referendo o «sim» disse que era para o aborto ser legal, seguro e raro. Nada disto se verifica. O aborto começou a ser praticado em estabelecimentos públicos antes do início da lei e o aborto clandestino continua», pelo que «o aborto não é legal em Portugal».
«A mulher que vai abortar legalmente não é convenientemente informada sobre as consequências para a sua saúde física e psíquica da prática do aborto», disse, acrescentando que o também «não é raro».
«Em termos práticos seis mil abortos significa mil abortos por mês, significa 33 por dia, significa um por hora, significa que em Portugal morrem 12 por cento dos nascimentos», justificou, acrescentando «isto para nós é uma mortandade, é um resultado trágico e é um atentado à dignidade de uma sociedade e à dignididade da mulher».
António Pinheiro Torres afirmou que a associação alertou a DGS para a maternidade. «Neste país o que é difícil é um casal poder ter os seus filhos», disse.
Diminuição da taxa de IVG
Francisco George, director-geral de Saúde, em declarações aos jornalistas, disse haver «um conjunto de dados muito positivos com a diminuição da taxa de interrupções voluntárias da gravidez que são feitas», em relação àquela que tinha sido estimada.
«Pensávamos que podíamos ter cerca de 20 mil interrupções por ano e tudo indica que estamos muito aquém desse número, já que até agora a média mensal é pouco mais de mil interrupções», declarou.
Francisco George afirmou que «é preciso diminuir cada vez mais a necessidade de se fazer uma interrupção voluntária da gravidez», reforçando «os programas de planeamento familiar, em especial no que respeita aos métodos anti-concepcionais».
Mulheres preferem medicamentos
O Director-Geral de Saúde disse haver dados que indicam que a mulher em Portugal «escolhe antes de mais nada a interrupção medicamentosa, em detrimento da chamada raspagem, porque imita muito o chamado aborto espontâneo», acrescentando que «é menos traumatizante».
«Por outro lado, há o reconhecimento que o problema da interrupção em jovens adolescentes é menor do que aquilo que se temeu ao princípio. Tudo indica que estamos perante um problema que não tem a dimensão que poderíamos ter imaginado», concluiu.