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sábado, 26 de maio de 2007

Mais um escândalo que envergonha os Portugueses O empresário em causa é um dos grandes financiadores do PS no Brasil, tendo alegadamente pago a campa


FURACÃO BRASIL – António Braga afirma não conhecer os detidos

O empresário em causa é um dos grandes financiadores do PS no Brasil, tendo alegadamente pago a campanha eleitoral do candidato Aníbal Araújo (candidato do PS fora da Europa) nas últimas eleições de 2005

"Não conheço nenhum dos protagonistas nem nunca tive nenhuma relação a qualquer nível com as pessoas referidas, por isso não tem nenhum sentido a notícia do Expresso". - Foi nestes termos que o Secretário de Estado das Comunidades, António Braga se demarcou das notícias vindas a público e que de certa forma o relacionam com o caso.

Recorde-se que António Braga há um ano atrás nomeou Cônsul Honorário em Cabo Frio (Brasil) um empresário português agora detido no Rio de Janeiro e que alegadamente pertenceria a uma rede que comprava facilidades judiciais e políticas para investimentos na área do jogo. O referido empresário não chegaria contudo a assumir funções porque a sua nomeação foi travada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português, como esta semana referiu o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.

Portugueses presos no Rio citam ligação com António Braga O secretário de Estado das Comunidades portuguesas membro do governo de José Sócrates

O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, foi citado por um dos empresários portugueses detidos no Rio de Janeiro, no âmbito da ‘Operação Furacão, que desmantelou uma rede de branqueamento de capitais, conforme anunciou o “Expresso on-line”. Fonte da secretaria de Estado disse que António Braga conhecia Licínio Soares Bastos (um dos detidos) de quem tinha as “melhores referências”.

Jaime Garcia Dias, advogado e um dos detidos pela Polícia Federal (PF) brasileira no caso da "máfia das sentenças", foi escutado a conversar com o pai, dizendo a este que o secretário António Braga poderia ser um contacto para desembargar uma obra em Portugal.

Na conversa, que consta do relatório da PF a que o jornal “Expresso” teve acesso, foi feita uma referência a um presidente de câmara socialista da região de Braga. No processo foram detidos dois portugueses: Laurentino Santos e Licínio Soares Bastos, nomeado, em 2006, Cônsul Honorário em Cabo Frio (onde reside um número insignificante de portugueses, não justificando a implementação de serviços diplomáticos).

O Jornal “Público” divulgou em 5 de Maio que o PSD deve exigir esclarecimentos por parte do PS “com urgência”, sobre as ligações dos socialistas aos detidos no Rio. O grupo é acusado de, a partir do Brasil, negociar sentenças judiciais e decisões políticas para beneficiar casas de bingo e de máquinas de jogos de azar.

Segundo as investigações, o português Licínio Soares Bastos, é um dos maiores financiadores do PS no Brasil e suportou grande parte das despesas da campanha do candidato socialista ao círculo fora da Europa nas legislativas de 2005, Aníbal Araújo.

Licínio é também proprietário do imóvel onde está instalada a sede do PS na Barra da Tijuca (RJ). O empresário viria a ser nomeado cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio, um ano depois de José Sócrates chegar ao poder, mas o processo nunca chegou a ser formalizado junto do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

A Polícia Federal (PF) brasileira suspeita que o português fosse o intermediário do grupo nas negociações para abrir casinos em Portugal e no Brasil. Numa das escutas anexadas ao processo, outro detido, o advogado e empresário Jaime Garcia Dias, admitia ao vice-presidente da Associação dos Bingos do Rio de Janeiro, José Renato Granado, que estava em Portugal reunido com deputados e que as despesas da estadia estavam a ser suportadas “pelo presidente da câmara”. Na transcrição da escuta, o empresário brasileiro nunca revelava o nome ou o partido dos deputados e do autarca.

José Cesário, deputado do PSD e antigo secretário de Estado das Comunidades, disse que o PS e o Governo têm de “clarificar esta situação com urgência”, referindo que é o nome de Portugal e das comunidades portuguesas “que está em risco”.

Licínio Soares Bastos é natural de Oliveira de Azeméis, de onde é também oriundo o candidato do PS ao círculo de fora da Europa em 2005, Aníbal Araújo. O primeiro é fundador de alguns dos jornais administrados por Aníbal Araújo. “É um benemérito que muito ajuda a comunidade portuguesa, não há qualquer promiscuidade”, enfatiza Araújo.

Antes das legislativas de 2005, a confusão instalou-se na secção do PS no Rio de Janeiro, sem se saber quem dirigia esta estrutura. Terá sido por essa altura que se tornaram públicas as relações entre Aníbal Araújo e Licínio Bastos - alguns elementos do PS defendem que o empresário brasileiro impôs o nome do futuro candidato. “Foi então que o Sr. Licínio disse que foi contactado pela direcção do PS para ajudar o partido. Aí, criou a sede e pagou a campanha de Aníbal Araújo”, disse ao jornal “PÚBLICO” Eduardo Neves Moreira, ex-deputado do PSD para o círculo fora da Europa e residente no Rio de Janeiro.

A ostentação da campanha motivou uma queixa do PSD à Comissão Nacional de Eleições, apresentada a 20 de Abril de 2005. “Utilizaram aviões, cartazes em autocarros [ônibus], programas de rádio e televisão aqui no Brasil. É óbvio quem suportou tudo isso”, expõe o social-democrata. “Eu desconheço se o Sr. Licínio, de quem sou amigo, financiou ou não a minha campanha”, contrapôs Aníbal Araújo.

O deputado José Lello, antigo secretário de Estado e responsável pela área das Comunidades Portuguesas do PS, também alega desconhecer a origem do financiamento. “Isso é da responsabilidade do candidato. Conheci Licínio Soares Bastos durante essa campanha, foi-me apresentado por Aníbal Araújo. Não sei se foi ele o financiador”, afirmou, argumentando também ignorar que a sede do PS no Rio funciona em instalações do empresário agora detido.

O actual responsável pelo departamento de Relações Internacionais e Comunidades Portuguesas do PS, Luís Pisco, admite e desvaloriza o fato de a sede do PS no Rio de Janeiro estar instalada numa propriedade de Licínio Bastos. “É normal isso acontecer, ele quis ajudar o partido. Posso garantir que as reuniões políticas do partido se realizam noutro lugar”, frisou. Pisco não soube, no entanto, identificar os actuais dirigentes socialistas no Rio de Janeiro.

Colocando a tónica na sede do partido e na “generosidade” do empresário agora detido, o social-democrata Eduardo Moreira recorda conversas antigas. “Eu não sei se há promiscuidade ou não, sei é que o Sr. Licínio dizia que o apoio ao PS lhe renderia contrapartidas comerciais em Portugal”, sublinhou.

Um ano depois de o PS chegar ao poder, Licínio Soares Santos foi nomeado cônsul honorário de Portugal em Cabo Frio, a 150 quilómetros do Rio de Janeiro. A nomeação, despachada pelo secretário de Estado das Comunidades, António Braga, foi publicada no Diário da República dia 16 de Maio de 2006, mas foi suspensa meses depois quando se constatou que Licínio Bastos vinha sendo investigado pelas autoridades brasileiras. A secretaria de Estado justificou a suspensão pela disponibilidade manifestada por Licínio Bastos para suportar todas as despesas do posto consular. “O Estado português não teria qualquer despesa com esse consulado, Licínio Bastos ofereceu-se para suportar todo o investimento para ajudar a comunidade portuguesa, ele é um benemérito e até ser condenado merece a presunção de inocência”, explicou ao “PÚBLICO” Eduardo Saraiva, assessor de imprensa do secretário de Estado das Comunidades, António Braga. Um argumento que não colhe, pelo menos junto de Eduardo Moreira, que também já presidiu o Conselho das Comunidades Portuguesas no Rio de Janeiro. “Em Cabo Frio residem no máximo 20 portugueses, não faz sentido abrir aí um consulado e encerrar o de Santos, onde habitam cerca de 15 mil pessoas [na verdade passam de 30 mil] com ligações a Portugal”, disse.

Na Bahia, a jornalista Eulália Moreno lembrou que o jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro, fez questão de referir que ambos os acusados [Laurentino e Licínio], eram financiadores do Partido Socialista no Brasil, no entanto o secretário nada sabe. “E o ‘Braguinha’ também não sabe que está com a sua presença prestigiando um encontro da dita Imprensa Regional organizado pelo ‘medalhudo’ Aníbal Araújo, de Oliveira de Azeméis, a mesma terra dos detidos? E ele também não sabe que aqui em Salvador os jornalistas idóneos presentes estão cansados de saber que este encontro foi patrocinado pelos manos, hoje detidos?”, interpela a jornalista.

Eulália ainda garantiu que o “Expresso” está vasculhando mais informações e completa: “o José Cesário que não se fique a rir porque a hora dele também está chegando”. “E por onde andará o Eduardo [?], o director do Primeiro de Janeiro que era o que mais se governava com a imprensa dita regional já que nas gráficas de sua propriedade eram impressos milhares de jornalecos folha de couve e paroquiais que se governavam com o ‘porte pago’ forjando tiragens que nunca tiveram? Esse era do PSD, mas transitava por todos os partidos. Até conseguiu um terreno magnífico na Boa Vista, da cidade do Porto, alegando que ali seria construída a sede do Primeiro de Janeiro, o jornaleco que nunca pagou aos seus profissionais da informação”, denuncia Eulália.

Ainda de Salvador, Eulália disse ter-se encontrado com várias “personalidades” e, segundo ela, a maioria delas com ar de “não me comprometa”. A jornalista diz ainda que, “em declarações ao jornalista da Lusa que também está aqui à custa do contribuinte português, o secretário das Comunidades, António Braga, à boa maneira do que se diz no Minho, de onde é originário, ‘fugiu com o rabo à seringa quando foi interpelado acerca do processo da ‘Máfia das Sentenças. Ai, ai, ai que isto ainda vai parar no escândalo do ‘BragaParques’, passando pelos financiadores do Partido Socialista no Brasil, os manos Licínio e Laurentino que se encontram devidamente encarcerados no Rio de Janeiro acusados de envolvimento nos negócios dos bingos”. E encerra seu comentário com ironia: “Abraço, do Congresso Faz de Conta da UNIR, em São Salvador, Bahia, Eulália Moreno”.

A Agência Lusa por sua vez publicou em 4 de Maio que o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, “não conhece” os portugueses supostamente envolvidos no esquema de venda de sentenças judiciais desbaratado pela Polícia Federal na Operação Hurricane. Segundo a Lusa, Braga assegurou não ter “qualquer relação” com as acusações que são feitas pelo semanário português “Expresso”.

“Não conheço nenhum desses protagonistas. Nunca tive nenhuma relação, a qualquer nível, com as referências que são feitas. Portanto, fico deveras admirado”, disse à Agência Lusa António Braga, que se encontra em visita ao Brasil, em Salvador.

O secretário, um dos três vice – ministros das Relações Exteriores de Portugal, ressaltou que a notícia da versão on-line do Expresso “não tem nenhum sentido”, acrescentando que já fez as mesmas declarações ao próprio Expresso. A Operação Hurricane, deflagrada no último dia 13, levou à prisão vários juízes, advogados e empresários, entre os quais os portugueses Licínio Bastos e Laurentino dos Santos, pelos motivos já expostos.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Investigação do desaparecimento da crinaça inglesa pode estar a chegar ao fim Artigo de Opinião de Diana Karina


Por volta das 18H45 os pais que estavam na Policia Judiciária a ser ouvidos sairam juntamente com os avós e um outro casal não identificado. Em declarações públicas a polícia eliminou qualquer suspeita sobre os pais ou qualquer dos casais que estiveram a ser ouvidos esta tarde. Apesar de não terem sido feitas muitas declarações a juduciária sempe afimou que a investigação entrou na sua fase conclusiva.

Entretanto esta tarde surgiu uma nova pista que leva até Espanha e uma informação não confirmada garantia até que uma localidade espanhola entre Sevilha e Huelva estaria inclusivamente cercada pela polícia
- Por volta das 13H30 de hoje os pais da menina foram levados pela judiciária da casa onde se encontravam para Portimão para virem a ser de novo interrogados pela polícia. Fontes não identificadas garantiram entretanto que a polícia já pode estar em posse de um pedido de resgate...
- Mais de 100 pessoas assistiram hoje de manhã, emocionadas, a uma missa anglicana, realizada na igreja católica da Praia da Luz e dita em inglês por três padres, onde se solidarizaram com a família McCann rezando e pedindo a Deus para que se encontre Madeleine, desaparecida há sete dias.
Com a fotografia de Madeleine fixada junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima e uma vela acesa de mais de 50 centímetros de altura, os crentes chorosos pediram luz e entregaram as suas orações à família McCann. A mãe de Madeleine, Kate McCann, esteve sentada na primeira fila da igreja, a assistir à cerimónia religiosa amparada por uma amiga, e foi a primeira a comungar, sempre agarrada ao pequeno peluche cor-de-rosa de Madeleine.
O padre José Pacheco, pároco da igreja católica da Praia da Luz, disse entretanto à agência Lusa que no sábado, dia em que Madeleine faz quatro anos, haverá uma missa católica, em português, e sexta-feira, a partir das 21 horas, decorrerá uma vigília de esperança junto ao templo. Nessa ocasião, o padre pede que os fiéis levem um objecto ou peça de roupa de cor verde, para simbolizar a esperança no regresso de Madeleine.

9 Maio (quarta-feira)

- A dona de um estabelecimento junto ao aldeamento turístico de onde desapareceu a menina inglesa denunciou às autoridades movimentos suspeitos de uma viatura, entre as 22h30 e as 23 horas daquele dia, que já avistara na Marina de Lagos. Fonte próxima das investigações disse à agência Lusa que a mulher avistou "um carro com três ou quatro homens" na zona daquele aldeamento turístico, na Praia da Luz, perto de Lagos, mas só após a notícia do desaparecimento da menina Madeleine McCann contactou as autoridades.

Sexta-feira de manhã, 4 de Maio

, a mulher dirigiu-se ao posto da GNR de Lagos, onde lhe terá sido dito que não havia tempo para a receber, mas mais tarde acabou por ser ouvida pelos investigadores. De acordo com a testemunha, tratava-se do mesmo carro e indivíduos que vira a circular na Marina de Lagos dias antes, numa movimentação que já na altura achou "esquisita". Contactada pela Lusa no estabelecimento comercial, situado a uma centena de metros do quarto de onde Madeleine desapareceu, a mulher confirmou ter sido ouvida pela Polícia, mas não confirmou nem desmentiu os acontecimentos, remetendo-se ao silêncio.
Na zona, o dia de hoje foi agitado pela entrega às autoridades de uma peça de roupa infantil com um bilhete, cujo conteúdo se desconhece. A peça de roupa, entregue pouco antes das 14 horas pelo ocupante de uma carrinha, poderá ser um babete ou uma blusa tipo 'top', de cor verde. O homem parou bruscamente a viatura, junto ao sítio onde estão os jornalistas, e entregou a peça a um militar da GNR, que a transportou para o posto móvel, situado frente ao bloco de apartamentos. Desvalorizando a entrega, fonte da GNR disse à Lusa que aquele tipo de achados tem sido muito frequente nos últimos dias, estando as autoridades a analisar diversos objectos relacionados com crianças.
- Cerca de 150 pessoas retomaram as buscas por Madeleine, disse à Lusa o tenente-coronel Costa Cabral, das Relações Públicas da GNR. As buscas concentraram-se nas zonas já anteriormente batidas. Entre estas pessoas estão 12 homens com cães de busca e salvamento, 12 bombeiros, com dois veículos, nove elementos da Protecção Civil com três veículos, dezenas de militares da GNR, e algumas dezenas de inspectores da Judiciária, revelou o responsável.
Até ao fim da manhã, não tinha sido pedido qualquer helicóptero para auxiliar nas buscas, adiantou ainda à Lusa fonte do Comando Distrital do Operação de Socorros (CDOS).
- A imprensa britânica noticia que dias antes do rapto de Madeleine McCann, foi avistado um homem a vaguear perto do quarto de onde veio a desaparecer. O The Sun afirma que o homem foi avistado a mexer nas persianas do quarto da criança e a agarrar um carrinho de bebé e que terá fugido quando confrontado por uma funcionária do complexo turístico. Esta funcionária descreveu o homem como "esquisito", de meia-idade, pele escura e barba por fazer. O Times online noticia que a policia portuguesa elaborou o retrato de um homem inglês que pretende interrogar e que consiste num homem branco, com 1,70 metros, com idade entre os 35 e os 40 anos, com cabelo curto e preto.
- O presidente do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) insurgiu-se contra as críticas que a imprensa britânica tem feito à actuação das autoridades portuguesas no caso de Madeleine McCann, defendendo que a PJ é das melhores do mundo.
A imprensa inglesa tem vindo a acusar recorrentemente as polícias portuguesas pela forma como estão a conduzir a investigação e pela falta de informação disponibilizada aos jornalistas. São "acusações infundadas", considera o sindicalista, contrapondo que "desaparecem crianças em Inglaterra que nunca mais são encontradas".
"Os polícias portugueses estão a fazer um grande esforço (...). Sei de colegas que se voluntariaram para ir trabalhar em dias de folga" e participar na operação montada para encontrar a pequena turista inglesa, disse Na sua opinião, a atitude crítica dos jornalistas britânicos que estão a acompanhar o caso indica que querem "arranjar um bode expiatório" para o facto de a criança não aparecer. "Nós não somos responsáveis pela situação criada", acentuou Armando Ferreira.

8 Maio (terça-feira)

- A Polícia Judiciária (PJ) revelou que existem linhas de investigação que podem conduzir à determinação do móbil do alegado crime, permitindo a concentração e centralização dos esforços das autoridades policiais.
Em comunicado, a PJ explica que, "dos vastos elementos já recolhidos pela investigação, e que são muitos, é agora possível afirmar que foram despistadas e abandonadas diferentes hipóteses de investigação, uma vez que lhes foi retirada consistência".
No entanto, a PJ enfatiza que "permanecem abertas e em franco desenvolvimento outras hipóteses de investigação, que podem conduzir à determinação do móbil da ocorrência".
"Com base em dados que apontam para o cometimento de um crime grave, a PJ mantém envolvidos na investigação todos os meios necessários e adequados para o esclarecimento do caso", diz a nota. Entre outras hipóteses, a Polícia Judiciária coloca a de rapto.

7 Maio (segunda-feira)

- O criminalista Barra da Costa afirmou ter informações de que o sequestrador da menina britânica Madeleine McCann poderá ser um cidadão inglês.
Em declarações à agência Lusa, o ex-inspector chefe da Polícia Judiciária (PJ) disse ter indicações de que o "retrato falado" aponta para que o sequestrador seja um "homem alto, de cabelo curto", e que provavelmente foi visto, por detrás, naquela zona há alguns dias.
- As autoridades alargaram para 15 quilómetros o raio das buscas em torno do apartamento do qual desapareceu quinta-feira a menina inglesa Madeleine, com 60 efectivos aos quais se juntaram 30 populares.
A procura foi estendida a várias zonas do concelho de Vila do Bispo e à Barragem da Bravura.

Pensafrim, Espinhaço de Cão, Budens e Espiche são algumas das povoações que foram inspeccionadas por militares da GNR, elementos da Protecção Civil e bombeiros.
As zonas rurais de Colinas Verdes e Sargaçal estão a ser percorridas por homens e cães das patrulhas de busca e salvamento da GNR chegadas de Lisboa.
- A mãe da criança inglesa apelou novamente à pessoa "que está ou esteve" com a filha para que não lhe faça mal e para que a deixe voltar para a família.
- A Polícia Judiciária (PJ) anunciou que as investigações sobre o desaparecimento de Madeleine McCann "têm permitido a recolha de dados e informações que podem vir a revestir relevante interesse", mas escusou mais pormenores.
A Judiciária diz que "as autoridades nacionais têm contado com a permanente colaboração das autoridades policiais estrangeiras congéneres e ainda a INTERPOL e da EUROPOL".

6 Maio (domingo)
- O jornal britânico Daily Mail noticia que um amigo da mãe de Madeleine ofereceu uma recompensa de 100.000 libras (cerca de 147.000 euros) para informações acerca do aradeiro da menina.
- Um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) afirmou à Lusa que uma eventual fuga do país é "impossível" de evitar, nomeadamente porque há rios fronteiriços que se atravessam facilmente de barco.
- O presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, disse que as buscas para encontrar a menina estenderam-se às freguesias vizinhas e à Mata de Barão de São João.
- Os pais da pequena Maddie fazem a sua terceira declaração pública desde o desaparecimento da filha, agradecendo o apoio da população da Praia da Luz e pedindo que continuem a rezar pela criança.
- A GNR justificou que a fronteira do Guadiana não tem controlo 24 horas por dia, porque isso "seria contraproducente para o sucesso da eventual captura de um suspeito".
- Mais de 60 horas após a menina britânica Madeleine ter desaparecido as autoridades policiais prosseguem as buscas incessantemente, mas remetendo-se ao silêncio quanto aos resultados da investigação.
- A pacata vila da Praia da Luz, escolha turística de eleição dos britânicos, transformou-se nas últimas 72 horas na capital mediática do Reino Unido, com a chegada de dezenas de repórteres e de um "batalhão" de meios pouco usuais em Portugal.

5 Maio (Sábado)

- As buscas para encontrar Madeleine McCann prosseguiram durante toda a noite ao longo das bermas das estradas, incluindo a que liga a Estrada Nacional 125 (EN 125) à Praia da Luz, Lagos.
- O governador civil de Faro garantiu que as forças de segurança trabalham "em coordenação absoluta" e estão "altamente empenhadas" em encontrar a criança.
- às 12:00 de sábado o director nacional adjunto e responsável pela directoria de Faro da PJ, Guilhermino Encarnação, disse estar em situação de assegurar que a criança terá sido raptada.
Segundo este responsável, todos os caminhos apontam para um crime de rapto da criança e que já existe um "esboço" de um eventual suspeito.
Em conferência de imprensa, o responsável adiantou que a polícia "tem elementos que asseguram o rapto", acrescentando que este tipo de crime não é só para pedido de resgate, mas inclui também a prática sexual.
Esta foi a primeira declaração oficial da Polícia Judiciária desde o desaparecimento de Madeleine.
- O raio de acção da polícia foi alargado, para aproximadamente três quilómetros e a Polícia Judiciaria começa a trabalhar com a Europol, Interpol, Polícia Britânica e outras entidades europeias que dispõem de elementos que podem ajudar a detectar a criança.
- O embaixador britânico em Portugal informou que chegaram ao Algarve três polícias britânicos para participar nas investigações.
- Inúmeros populares, muitos dos quais cidadãos britânicos residentes na zona, colaboram na procura.
- As investigações estendem-se à orla costeira, tendo a polícia marítima disponibilizado uma lancha e cinco homens para patrulhamento das praias e falésias da zona
- Dezenas de agentes da Polícia Judiciária inspeccionam as casas vizinhas do bloco de apartamentos.
Munidos de plantas da zona, os agentes passam "a pente fino" as redondezas do apartamento, na Praia da Luz, "batendo" as ruas, casas e jardins em redor do complexo Ocean Club.
- Nas estradas de acesso à Praia da Luz brigadas da GNR efectuam várias operações "stop".
- Uma lancha salva-vidas, com quatro homens da Polícia Marítima, patrulha a costa.
- A PJ de Faro marcou para as 20:00 uma conferência de imprensa destinada a fazer um novo ponto da situação, mas mais tarde anuncia o cancelamento do encontro com os jornalistas por não haver novos elementos a apresentar publicamente sobre as operações em curso.
- O pai da criança desaparecida voltou a apelar a quem disponha de informações para a localização da sua filha que o comunique às autoridades.

4 de Maio (sexta-feira)

As buscas da GNR tiveram o apoio da PSP de Lagos e Polícia Judiciária de Portimão, por não estar posta de lado a possibilidade de um rapto.
- A Embaixada Britânica entra em contacto com a família da menina desaparecida no Algarve e com as autoridades portuguesas.
- Os pais da menina inglesa suspeitam que a filha foi vítima de um rapto premeditado, devido à forma como os suspeitos terão entrado no apartamento - sem alertar os gémeos de dois anos - e por não terem levado bens materiais.
- Um amigo do casal afirmou que uma das pessoas no jantar terá visto, no decorrer da refeição, uma "pessoa suspeita" a carregar uma criança ao colo, embora na altura não tenha suspeitado de qualquer coisa estranha, uma vez que aquele é um espaço frequentado por várias famílias.
- Durante a tarde de sexta-feira as autoridades portuguesas decidem envolver um helicóptero da Protecção Civil nas buscas, juntando-se assim às dezenas de elementos no terreno, que incluem efectivos da GNR, agentes da Polícia Judiciária, equipas com cães e bombeiros. Também a Polícia Marítima deslocou para o local lanchas salva-vidas e elementos a pé.
- No mesmo dia os pais da menina inglesa, dois médicos, foram ouvidos pela PJ.
- O jornal britânico The Sun oferece uma recompensa de 15.000 euros a quem der informações sobre o paradeiro de Madeleine McCann.
- Os pais da menina inglesa fazem um primeiro apelo a quem a tenha levado que a deixe regressar para junto deles e afirmam que têm recebido todo o apoio das autoridades portuguesas desde que foi comunicado o desaparecimento de Madeleine.

3 Maio (quinta-feira)

- Uma menina britânica de três anos desapareceu de um complexo turístico na praia da Luz em Lagos, Algarve, enquanto dormia - juntamente com dois irmãos gémeos, de dois anos - e os pais jantavam fora com amigos, num restaurante a cerca de 50 metros do apartamento.
O desaparecimento terá ocorrido - segundo os pais - entre as 21:30 e as 22:00 do complexo Ocean Club, na praia da Luz, Lagos, numa das vezes em que os pais foram do restaurante ao apartamento para ver se estava tudo bem.
Os pais dizem ter dado o alerta pouco depois das 22:00 enquanto a GNR referiu ter sido avisada cerca das 23:50. Depois de alertada, a GNR enviou para o local uma equipa cinotécnica (homem/cão) na tentativa de localizar a criança.